Primeiro livro da duologia de All The Violets In The World (CONCLUÍDO)
Segundo livro (CONCLUÍDO): All The Trust
Aqui você verá a história de duas pessoas que se apaixonam mesmo quando as circunstâncias são as piores, as lembranças machucam, o medo c...
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Violet saiu da casa com passos firmes, mas sua visão estava embaçada pelas lágrimas que ameaçavam cair. O ar frio da noite cortava sua pele, mas ela mal sentia. Sua garganta ardia pela gritaria, os músculos de seu corpo tremiam, não apenas pela intensidade da discussão, mas pelo ódio que fervia em si.
Sem pensar muito, seguiu instintivamente para um lugar que sempre foi seu refúgio nos momentos difíceis. O lago. O mesmo lago onde ela e Damon costumavam se encontrar em segredo entre 1860 e 1864, longe dos olhos julgadores e das responsabilidades sufocantes. Os anos haviam passado, e o lugar parecia diferente, mais desgastado pelo tempo, mas ainda assim, era como se ele guardasse um pedaço de quem eles eram naquela época.
Ela sentia falta de quem eram. Olhando para trás agora, eles pareciam tão... inocentes. Tão ingênuos.
O lago estava rodeado por árvores altas e densas, os galhos balançando suavemente com a brisa, e a água permanecia tão cristalina quanto ela se lembrava. Violet tirou os sapatos e sentou-se na beira, puxando as pernas até o peito e envolvendo os joelhos com os braços. O toque frio da água em seus pés descalços a fez estremecer, mas também trouxe uma sensação estranha de conforto.
Ela inclinou a cabeça para trás, fechando os olhos enquanto tentava respirar fundo e acalmar o turbilhão de pensamentos. Cada palavra dita por Stefan voltava à sua mente como um eco ensurdecedor. Não conseguia, muito meos queria raciocinar tudo aquilo. A raiva voltava em ondas, misturada com a tristeza, e ela sentiu uma lágrima quente escorrer pelo rosto antes de poder contê-la.
- Maldito Stefan... - ela murmurou, a voz trêmula.
Ela odiava o quão vulnerável aquilo a fazia sentir, o quão profundamente aquelas palavras haviam a ferido. Porque, no fundo, tinha medo de que talvez houvesse um grão de verdade em tudo aquilo. Ela odiava admitir que as dúvidas plantadas por ele estavam germinando, tentando invadir seus pensamentos, mas ela lutava contra elas. Damon não poderia ter feito aquilo.
Ele não faria isso. Ele não faria isso. Ele não faria isso. Ele não faria isso...
Ou faria?
O olhar de Violet focou no reflexo do sol, que começava a se pôr, na superfície do lago enquanto a pergunta ecoava em sua mente. O brilho prateado da água dançava, e por um instante, ela se lembrou das noites que passavam ali, rindo, planejando fugas impossíveis para uma vida longe de todo aquele caos. Não importava o quanto a realidade os tivesse destruído desde então, o lago ainda parecia guardar aquele sentimento de liberdade que ela nunca mais sentiu em lugar algum.
Mas agora talvez até aquela sensação fosse destruída pela dor que ela sentia agora.
- Idiota... - Ela não soube bem dizer se aquilo era pra ela mesma ou para Damon. Talvez para os dois.
Ela respirou fundo e fechou os olhos novamente, tentando deixar que a calma do lugar a envolvesse, mas não conseguiu. As palavras de Stefan ainda queimavam. Violet apoiou a cabeça nos braços que rodeavam os joelhos, não conseguindo mais conter as lágrimas quentes.