Primeiro livro da duologia de All The Violets In The World (CONCLUÍDO)
Segundo livro (CONCLUÍDO): All The Trust
Aqui você verá a história de duas pessoas que se apaixonam mesmo quando as circunstâncias são as piores, as lembranças machucam, o medo c...
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AS PESSOAS ERAM HORRÍVEIS. Violet sabia disso. Cruéis, especialmente os ricos, que se alimentavam de sua própria amargura, preenchendo o vazio com roupas caras e artes sem sentido. Era uma necessidade doentia de se sentirem superiores.
Estabelecer limites, julgar o valor de cada um apenas por posses e sobrenome, rotular pessoas. Rótulos. Só de ouvir essa palavra, Violet sentia ânsia. Sempre a julgaram por sua roupa, por suas escolhas, mas principalmente por sua família.
Sua mãe, Rose, era tudo o que tinha. E o que significava ter uma família, afinal? Violet sabia que a mãe sempre quis o melhor para ela, mas a vida não foi generosa. Rose passou por tantas dificuldades por causa da filha.
Primeiro, foi enganada pelo pai de Violet, que prometeu uma vida a dois em uma pequena cidade, mas tudo o que fez foi engravidá-la e desaparecer. Nunca mais houve notícias dele, e Rose nunca contou o pouco que sabia.
A única certeza de Violet era que sua mãe havia sido prometida a uma vida digna, mas até mesmo esse sonho lhe foi roubado. Por isso, Violet prometeu a si mesma nunca baixar a guarda. As pessoas faziam coisas ruins, mas talvez a dor fosse menor se ela mantivesse sua armadura sempre firme. Ela seria o soldado mais forte.
Depois que o pai foi embora, Rose se mudou para aquele pequeno vilarejo na Virgínia. Em qualquer lugar, seriam tratadas da mesma forma ou até pior, mas isso não tornava a crueldade menos insuportável.
Foi surpreendente para todos ver uma mulher grávida solteira chegando àquela cidade, e mesmo sem saber sua história, a julgavam. E mais tarde, a filha também.
Consideradas "sujas",mãe e filha aprenderam a sobreviver. Rose se tornou costureira, criando vestidos para as garotas de famílias ricas, que mal podiam esperar para encontrar um marido herdeiro.
Agora, com 20 anos, Violet amava desenhar. Seus desenhos eram lindos e profundos, mesmo que ela relutasse em admiti-lo. Mas isso não era uma maneira de ganhar dinheiro. Para ajudar a mãe, aprendeu a cantar e tocar alguns instrumentos, como piano e harpa.
Tocava em festas e bailes, sempre guardando o dinheiro para um dia levar Rose para bem longe dali. Longe daqueles olhares julgadores. Longe dos rótulos.
Naquela noite, Violet recebeu um convite para tocar na festa dos fundadores. Recusar não era uma opção, mas a ideia a aterrorizava. Todos aqueles olhares reunidos na casa de Giuseppe Salvatore, e o peso de ser ela mesma.
Ela olhou para o vestido verde escuro com detalhes pretos que escolheu, seus longos cabelos loiros caindo sobre os ombros e a leve maquiagem que destacava seus olhos verdes claros.