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Kwon
┗◛◛◛◛◛◛◛◛◛◛◛◛┛Já era madrugada, e eu estava na sala, assistindo Friends e tomando um chá de ervas naturais. Tudo parecia normal. A rua estava muito calma, e eu me sentia tranquilo, sem preocupações. Tudo parecia ótimo.
Levantei-me do sofá e fui até a geladeira buscar uma cerveja artesanal. Enquanto passava pela janela, vi uma sombra na porta. Parecia um homem, deitado no chão. Pensei que estava vendo coisas, então esfreguei os olhos, mas a sombra continuava ali.
Aproximei-me da janela, abrindo-a apenas um pouco, quando percebi que o homem jogado no chão era muito parecido com Vee. Meu coração disparou. Corri até a porta e a abri rapidamente, tentando levantar o corpo do homem caído. Mas, para minha surpresa, não era Vee. Era Kai. O meu pesadelo em carne e osso.
Ele estava todo machucado. Não tinha cheiro de álcool nem sinais de drogas, mas parecia ter sido espancado. Eu o levei para dentro enquanto ele reclamava de dor. Coloquei-o no sofá e busquei minha caixinha com ervas e alguns remédios naturais.
— Você está todo machucado. Onde você se meteu? — perguntei, enquanto preparava os remédios.
Kai sorriu, aquele sorriso sádico de sempre, enquanto tentava arrumar os cabelos bagunçados.
— Só disse para um cara que a mamãe dele era uma tremenda vadia, e ele ficou irritado — respondeu, como se fosse uma piada.
Pinguei o remédio natural em um de seus machucados, e ele imediatamente fez uma careta de dor.
— Ai, calma, hippie! Isso dói!
Cruzei os braços, irritado.
— Você merece sentir dor. Fala besteira, apanha e ainda corre para a minha casa? Não tem vergonha na cara?
Ele me olhou com o olho roxo, meio inchado, tentando disfarçar o desconforto com um sorriso sarcástico.
— Acha mesmo que eu consegui correr? — perguntou, com a voz rouca. — Eu vim me rastejando até aqui... Ai, isso arde tanto! Que inferno!
Revirei os olhos e, sem paciência, pressionei o algodão embebido no remédio com mais força contra seu machucado. Ele gritou alto, reclamando.
— Se está na minha casa, não diga essa palavra! — rebati, firme, encarando-o com seriedade.
— Eu estava perto daqui, não conseguia ir até minha casa e tive que vir para a sua. Mas entendo se quiser deixar um homem ferido sozinho na rua — ele disse, fazendo um bico exagerado, apesar dos lábios cortados. — Você não sabe as maldades que podem querer fazer comigo.
— Você é o próprio mal, Kai.
Continuei limpando seus machucados enquanto ele reclamava de dor, soltando gemidos que pareciam uma melodia irritante. Assim que terminei, me levantei e fui até a cozinha buscar um copo de água. Voltei e o entreguei, mas ele nem sequer levantou os braços, fazendo uma cara de sofrimento teatral.
— Sério? — perguntei, entortando a boca.
Ele continuou me encarando com um olhar pidão, e eu entendi o que queria. Sem acreditar que estava fazendo aquilo, segurei o copo e o ajudei a beber, aproximando-o da boca dele.
— Assim é ruim de beber — ele murmurou, com um sorriso provocativo. — Coloque na sua boca e passe para a minha.
Sem pensar duas vezes, dei um leve tapa em sua testa.
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The Scent of Love
RomanceEm meio ao aroma de café e ao som suave de xícaras tilintando, Match leva uma vida pacata e discreta trabalhando como barista em uma charmosa cafeteria no centro da cidade. Ele é apaixonado pelo ambiente aconchegante e pelo cuidado com que prepara c...