Nas Minhas Mãos (KTH, JJK+18) em revisão

Capítulo vinte e sete

Boa leitura 💜

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≈ Samantha and Bárbara ≈

Sam estava sentada na cozinha tomando café da manhã quando Babi adentrou no cômodo, com passos lentos apoiados por uma única muleta. - Oi, até que enfim te achei! - ela exclama quando seus olhos encontram com os da cacheada, e seu corpo vibra em alegria. - Achei que ontem conseguiríamos conversar... - sua voz falha quando Sam levanta-se abruptamente, pega pratos, copo e talheres colocando-os em cima da mesa e servindo o mesmo que comia. - O que está fazendo? - pergunta confusa, sentando-se quando sente seu tornozelo doer. - Samantha? - sua voz sai mais urgente que antes, seu corpo ficando murcho em frustração.

Ela para por um momento, virando-se para Babi, com uma jarra de suco nas mãos. - O que é? Estou te servindo, não está claro? - diz com a voz embargada, sua respiração estava visivelmente alterada, em seus olhos havia cansaço. - Por que está com roupa de empregada? - Babi pergunta fitando seus olhos. - Porque faz parte do castigo imposto pelo Taehyung. - disse seca, dando de ombros ao colocar a jarra em cima da bancada. - Quais outros castigos ele impôs a você? - mesmo que lute para controlar o tremor que sente, ela falha miseravelmente, suas mãos em baixo da mesa cutucam o estofado do assento. - Você tem uma cama no quarto Sam? - acrescenta.

Ela aproximou-se da cadeira vazia, apoiando as mãos na parte superior. - Tenho. - disse simples. - Então no quesito conforto, está ganhando de mim. Eu só tenho um colchão no chão. - Babi disse com um pouco de ânimo, afinal em situações como essas, ambas animavam uma a outra. - Como você conseguiu? - sua pergunta repentina chama a atenção de Sam que dá um sorriso amargo. - Você diz, ficar sem luz elétrica ou até mesmo da lua? Porque até a janela ele cobriu com tábuas, você quer saber como eu consegui dormir no escuro? - pergunta magoada.

Babi pisca rápido repetidas vezes. - Eu sei que isso ainda te assusta, ainda te dói. Mas olha pra você prestes a ter uma crise de novo. - suas mãos passam rápido pelos seus fios escuros, até que ela segura e aperta levemente a parte detrás do próprio pescoço. - Talvez isso funcione...talvez seja como uma terapia de choque. - disse em um tom um pouco mais alto. - Você precisa deixar isso pra trás e se curar, Sam! - ela exclama batendo as mãos na mesa quando a única coisa que recebe é o silêncio.

Sam dá uma risada trêmula. - Me curar? - pergunta cética, levando a mão ao peito tentando controlar sua respiração. - Você está falando de que? - seus olhos ficam semicerrados.

- Você não era essa Sam que pensa demais... você era mais alegre...mais impulsiva... - Babi diz com cautela, batendo os dedos na mesa.

Ela ri tirando a cadeira de sua frente, dando um passo para a mesa onde apoia as mãos, inclinando-se um pouco. - Então você também precisa se curar Bárbara, porque você não era essa mulher explosiva que vive os dias como se cada um deles fosse o último da sua vida. Você sempre foi responsável e gentil. - disse com rispidez, fitando os olhos de Babi que vacilaram por um instante. - Fomos péssimas amigas, péssimas. Por isso a Ellen nunca mais voltou do México. - sua voz começa a ficar embargada e seus olhos estão marejados quando ela bate uma mão na mesa cheia de remorso, voltando a ficar ereta. - Sabe o que é o pior? - pergunta sem esperar uma resposta já que algumas lágrimas rolavam dos olhos de ambas. - Somos duas mulheres fodidas, cheias de traumas e nos envolvemos e talvez até nos apaixonamos... - uma risada nervosa escapa, levando-a a cobrir os lábios enquanto sua outra mão descansa em sua cintura. - Por dois caras que com certeza são tão fodidos quanto nós duas. E agora estamos presas nessa situação, sem poder fazer nada pela Maitê. - seu sorriso se apaga com a mesma rapidez que se ascendeu.