é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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Seu nome
Mordi o canudo de novo, tentando ignorar o olhar do Derik, mas era impossível. Ele tava ali, no mesmo camarote, e parecia fazer questão de chamar minha atenção. Eu queria ser forte, queria fingir que nem tinha notado, mas só de ver ele com aquele sorriso de canto, eu já tava me perguntando o que eu tinha na cabeça de vir pra Vitrinni.
— Derik tá te olhando — Lívia comentou, cutucando meu braço.
Suspirei, fingindo que tava tranquila.
— Que bom, sinal que não tá cego ainda — respondi, tentando soar indiferente.
— Sei não, viu. Esse homem tem algum radar pra te achar. Eu, hein — Lívia falou, mexendo no cabelo enquanto olhava pra ele também. — Certeza que ele vai vir falar com você.
— Ele tá vindo pra cá — Carla avisou, e meu coração deu aquela acelerada que eu odiei sentir.
Era sempre assim com ele. Por mais que eu tentasse, meu corpo reagia antes que minha cabeça.
Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, ele já tava parado na minha frente, com o jeito despreocupado de sempre.
— Achei que não vinha mais aqui, princesa — ele soltou, já chegando perto demais. — Tava sumida.
Revirei os olhos, tentando manter o controle. Só que era difícil, porque ele sabia exatamente como mexer comigo, mesmo sem esforço.
— É, e você me achou. Que sorte a sua — retruquei, cruzando os braços, numa tentativa de parecer firme.
Ele deu aquele sorriso que me irritava e, ao mesmo tempo, fazia meu coração dar um salto. Era um equilíbrio que só ele conseguia ter: ser insuportável e irresistível ao mesmo tempo.
Carla e Lívia deram um jeito de sumir. Óbvio. Eu até queria correr junto com elas, mas fiquei ali, parada, travada, porque parte de mim queria ver onde essa conversa ia parar.
Respirei fundo, tentando não cair no papo dele, mas era como se ele já soubesse que tava ganhando. Ele sempre soube.
— Tá de gracinha pra cima de mim, Derik? — perguntei, arqueando a sobrancelha.
— Gracinha nada, tô falando sério. Não sabia que cê vinha, mas ainda bem que veio. Tava com saudade, tá ligado? — ele disse, colocando as mãos no bolso, mas sem desviar o olhar.
Minha garganta apertou. Por mais que eu quisesse rebater, algo na voz dele me desarmava. Mas eu não podia deixar ele perceber isso.
— Saudade? Depois de tudo que cê fez? Me poupe, Derik. Não tem mais essa de saudade — retruquei, mas minha voz saiu mais baixa do que eu queria.
Ele deu um sorriso pequeno, aquele meio de canto que parecia desafiar minha tentativa de ser fria.
— Ah, para com isso, vai. A gente errou, os dois. Mas cê sabe que ainda tem aquele bagulho entre nós. Não adianta negar — ele disse, dando um passo pra frente.
Ele tava perto demais, invadindo meu espaço, e eu devia ter recuado. Mas, em vez disso, fiquei ali, imóvel, como se meu corpo tivesse travado.
— Cê é muito cara de pau, sabia? — falei, cruzando os braços de novo, tentando manter uma distância que já não existia mais.
Ele deu uma risada baixa, aquela que era minha fraqueza.
— Talvez. Mas é por você. Vem cá, só um papo, de boa — ele disse, encostando a mão de leve no meu braço.
O toque dele era quente, e minha pele reagiu de um jeito que me irritou. Antes que eu pudesse responder, ele já tava me puxando pra um canto mais reservado do camarote.
Minha mente gritava pra eu soltar, pra sair dali, mas minhas pernas não obedeceram. Era como se eu já soubesse o final daquela história, mas ainda assim quisesse assistir até o último segundo.
— Fala logo, Derik, porque eu tô sem paciência — disse, cruzando os braços de novo, como se isso fosse me proteger.
Ele me olhou por uns segundos, como se estivesse escolhendo as palavras. Depois, suspirou e jogou tudo de uma vez.
— Tô falando que ainda gosto de você, porra. É isso. Cê acha que eu ia ficar aqui, olhando pra você e fingindo que não sinto nada? Não dá, tá ligado? — ele disse com a voz saindo baixa.
Aquelas palavras me desmontaram. Derik podia ser um idiota, mas sabia exatamente como falar as coisas pra me atingir no ponto fraco.
— Para de falar merda, Derik. Cê não sabe o que quer. Nunca soube, pra ser sincera — retruquei, mas minha voz não tinha a firmeza que eu queria.
Ele deu mais um passo à frente, invadindo ainda mais meu espaço, até que a testa dele encostou na minha.
— Sei o que eu quero agora. Quero você, princesa. Só você. Não vem dizer que não sente nada, porque cê é péssima mentindo — ele disse, e a proximidade dele me deixou sem chão.
Minhas pernas fraquejaram, minha cabeça dizia pra eu sair dali, mas meu coração gritava pra eu ficar. E, pela primeira vez em muito tempo, eu escolhi o coração.
Sua boca encostou na minha, e eu não consegui me afastar. Era como se o mundo tivesse pausado naquele instante. Levei minha mão até a sua nuca e arranhei de leve, sentindo ele apertar minha bunda com firmeza, mas sem pressa, como se quisesse me provocar.
Com a outra mão, deslizei pela barra da sua camisa e toquei sua pele quente, arranhando de leve a sua barriga, enquanto ele soltava um riso baixo, meio rouco, como se aquilo tivesse acendido algo dentro dele.
— Pô, cê é maldade pura, mano. — Ele murmurou contra os meus lábios, antes de me puxar ainda mais pra perto.