é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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Seu nome
Eu fingia que não tava com medo enquanto ele pilotava a moto daquele jeito. Ele acelerava sem dó, o vento batendo no meu rosto, mas eu me recusava a demonstrar qualquer coisa.
Meu coração tava disparado, mas o orgulho falava mais alto. Quando ele colocou a mão na minha coxa, foi automático: tirei na hora, sem nem olhar pra ele. Gustavo não falou nada, mas eu senti que ele percebeu.
Quando finalmente chegamos em casa, desci da moto sem falar nada, abri o portão e entrei direto, deixando ele lá pra guardar a moto. Não fiz questão de olhar pra trás.
Joguei minha bolsa no sofá de qualquer jeito e fui direto pro banheiro. O silêncio da casa só deixava meus pensamentos mais barulhentos. Assim que a água quente começou a cair no meu corpo, eu não consegui segurar.
Algumas lágrimas escaparam, e por mais que eu quisesse ser forte, naquele momento foi impossível. Era raiva, mágoa e cansaço tudo misturado. Por que ele tinha que ser assim?
Saí do banho, vestindo o pijama mais confortável que encontrei. Ao voltar pro quarto, lá estava Gustavo, deitado na cama, mexendo no celular como se nada tivesse acontecido. A paciência que eu não tinha mais foi pro ralo. Fui direto pegar o travesseiro e a coberta dele.
— Tá levando pra onde, amor? — ele perguntou, a voz cheia de uma tranquilidade que me deixou ainda mais irritada.
— Sofá — respondi seca, sem olhar pra ele, já saindo do quarto.
Ouvi ele suspirar atrás de mim, mas não me importei. Desci as escadas, joguei a coberta e o travesseiro no sofá e me joguei na poltrona por um instante, respirando fundo. Minha cabeça tava a mil, mas eu sabia que não ia conseguir resolver nada com ele ali, agindo como se nada tivesse acontecido.
Levantei no meio da madrugada porque a sede tava me matando. Fui até a cozinha pra pegar água, mas no caminho vi Gustavo no sofá, jogado de qualquer jeito. Ele tinha virado pra um lado e a coberta tava mais no chão do que nele.Dei uma risada fraca e me aproximei dele
Peguei a coberta e cobri ele. Quando tava saindo da sala, ouvi a voz dele:
— Cê ainda tá brava comigo?
Parei no corredor, sem me virar, e cruzei os braços.
— Tô, Gustavo. Tô puta, na real.
Ele deu um suspiro alto, como se já soubesse que eu ia responder isso.
— Amor, eu juro que não quis te magoar. Eu só pensei que você ia ficar de boa com isso...
Me virei, agora olhando direto pra ele.
— De boa? Gustavo, você mentiu pra mim. Não é sobre onde você foi, é sobre como você agiu. Achei que a gente tinha combinado de ser sincero um com o outro, mas parece que esse só foi um combinado meu.
Ele sentou no sofá, passou a mão no rosto e ficou encarando o chão por alguns segundos antes de falar
— Cê tem razão. Vacilei. Não devia ter feito isso. Foi mal, de verdade. Só que eu não queria te deixar bolada, só queria um rolê com os caras...
— E acha que esconder é o jeito certo de fazer isso? - rebati.
Ele olhou pra mim, com um daqueles olhares que pareciam pedir desculpa sem palavras.
— Eu tô tentando aprender, tá? Eu sou cheio de erro, mas não quero perder você. Se eu soubesse que ia dar esse rolo, nem tinha ido, juro.
Revirei os olhos, cansada.
— Não é sobre o que você fez ontem, Gustavo. É sobre você ser transparente comigo. Isso cansa, sabe? Ficar toda hora tendo que lidar com mentira boba.
— E você acha que eu não fico mal quando cê fica bolada comigo? - ele retrucou, com o tom de voz mais baixo, quase um sussurro. — Eu sinto que eu nunca faço nada certo pra você.
Soltei um suspiro longo, me sentindo esgotada.
— Eu não quero que você faça tudo certo, Gustavo. Só quero que você seja honesto comigo. Será que isso é tão difícil assim?
Ele ficou em silêncio, como se as palavras estivessem pesando. Não sabia se ele ia responder ou se o assunto tinha acabado ali.
— Vem cá - ele pediu, estendendo a mão pra mim.
Olhei pra ele, hesitei por um segundo, mas acabei me aproximando.
— Eu sou um otário às vezes, mas juro que vou tentar melhorar. Só não desiste de mim, tá?
Sentei ao lado dele e encostei a cabeça no encosto do sofá, sem responder de imediato.
— Tenta mesmo, Gustavo. Porque uma hora a paciência acaba.
Ele assentiu, me olhando com aquela cara de arrependido. Antes que ele tentasse qualquer outra coisa, me levantei e voltei pro quarto.