é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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maratona 10/15
Seu nome
— Oi, daily — eu dei tchau pra câmera com um sorriso. — Dá oi, amor.
— Oi, gente... — Gabriel acenou pra câmera, meio sem jeito, como se ainda não tivesse acostumado com isso.
— Hoje a gente resolveu que o Gabriel vai tentar me maquiar — eu disse, segurando o riso, já esperando o desastre.
Ele riu também, mas com aquele ar convencido, como se achasse que ia arrasar.
A única certeza que eu tinha era que isso ia ficar horrível. Gabriel não sabe nem o que é um rímel direito, imagina passar uma base sem parecer que me pintou com tinta guache.
— Vou mostrar meus dons de maquiagem — ele disse, pegando um dos pincéis e girando nos dedos, todo confiante.
Eu encarei ele, cruzando os braços, claramente duvidando.
— Duvida mesmo? — ele riu de canto. — Depois não vem pedir pra eu te maquiar de novo, hein, cê vai ficar como? Chapadona de bonita, fi.
Segurei o riso, já sentindo que ia me arrepender de deixar ele fazer isso.
— Tá bom, então. Só não me culpa se no final eu parecer um palhaço.
— Palhaço nada, parça, vai ser obra de arte, esquece.
Peguei a nécessaire e coloquei na frente dele.
— Vai, mestre da maquiagem, começa.
Ele arregalou os olhos, olhando os produtos como se fossem códigos de outro planeta.
— Eita, tem mó cota de bagulho aqui, mano... Qual que passa primeiro?
Eu ri, pegando um primer e mostrando pra ele.
— Isso aqui. Primer. Passa antes de tudo.
Ele pegou o frasquinho, apertou um tanto exagerado na minha cara e espalhou como se estivesse passando hidratante.
— Cê tá esfoliando minha cara ou maquiando? — reclamei, segurando o riso.
— Relaxa, fi, é técnica diferenciada.
Suspirei, aceitando meu destino. Isso ia ser mais engraçado do que eu imaginava.
Ele terminou de espalhar o primer com uma empolgação que me fez questionar se ele realmente achava que estava fazendo um bom trabalho.
— Pronto, já tá como? Pele preparada, tá ligado?
Olhei pra câmera e fiz uma careta.
— Se eu acordar amanhã sem pele, já sabem o motivo.
Gabriel riu e pegou a base.
— Essa aqui passa com o quê? Pincel ou essa paradinha? — ele mostrou a esponja, apertando como se fosse um brinquedo.
— Esponja. Mas você tem que dar batidinhas, não pode arrastar.
— Suave, confia.
Ele colocou um pingo de base na minha testa e espalhou de qualquer jeito, arrastando a esponja com força.
— Ai, Gabriel! Batidinha, caralho—Eu gritei pra vê se dessa vez ele entendia
— Foi mal, fi, achei que era tipo a cera daquela vez—Ele disse—Até hoje minha perna dói
Eu gargalhei, porque claramente ele não tinha noção do que estava fazendo.
— Se liga, tá tudo manchado! Parece que eu peguei sol com óculos de mergulho!
Ele olhou e deu de ombros.
— Ah, tá suave, depois a gente conserta. Agora esse bagulho aqui, ó... — Ele pegou o corretivo e apertou o tubo como se fosse ketchup.
— Gabriel, pelo amor de Deus, não exagera
— Que isso, parça, vi no TikTok que tem que passar mó cotão.
Ele fez dois riscos gigantes abaixo dos meus olhos e ainda desenhou um coração na minha testa.
— Você tá me zoando, né?
Ele segurou a risada.
— Mano, cê vai ficar chavosa, confia
Passei a mão no rosto, já aceitando que eu sairia dali que nem uma palhaça.
— Meu Deus, onde eu fui me meter…—Perguntei baixinho
— No mundo da beleza, bebê, só vem!
Eu ri, olhando pra câmera negando com a cabeça.
— Gente, alguém salva minha dignidade.
Mas, no fundo, eu tava me divertindo mais do que esperava.
✿
Olho no espelho e vejo com eu estou horrível
— Gabriel... você tem certeza que tentou me maquiar e não me transformar num personagem de filme de terror? — Cruzei os braços, olhando pra ele com descrença.
— Que nada, fi, tá pampa! Tá só um conceito diferente, meio vanguarda, tá ligado? — Ele deu de ombros, segurando o riso.
— Eu tô parecendo um Picasso mal feito! — Apontei pro espelho, completamente indignada.
Eu parecia ter levado duas chineladas no lugar do blush
— Ah, dá nada, parça. Na moral, é só esfumar mais um pouco. — Ele pegou o pincel e começou a mexer no meu rosto de qualquer jeito.
— Esfumar o quê, Gabriel?Aqui não tem jeito não— Bufei, sabendo que não tinha mais salvação
— Suave, vou selar tudo agora, vai ficar zero defeitos. — Ele pegou o pó compacto com a maior confiança do mundo.
— Gabriel, espera — Tentei impedir, mas já era tarde.
Ele pegou o pincel, encheu de pó e deu um tapa na minha cara com ele, soltando uma nuvem branca.
— Mano, eu tô inalando pó facial — Rebati, abanando a fumaça.
— Cê tá reclamando de barriga cheia, fi, só os maquiadores profissionais usam essa técnica. — Ele riu, como se estivesse me convencendo.
— Técnica do quê? De matar o cliente sufocado? — Cruzei os braços, tentando me segurar pra não rir.
Ele me olhava orgulhoso da sua maquiagem e eu só torcia pro demaquilante tirar tudo isso facilmente