é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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maratona 04/15
Seu nome
Olhei de novo pra merda daquele clipe da música "Bebeto e Romário", e a cada segundo que passava, minha vontade de socar o João Vitor aumentava. O tanto de mulher que tinha nesse clipe tinha que ser o tanto de tapa que eu devia dar na cara dele.
Mulher dançando seminua, mulher arranhando ele, mulher jogando o cabelo na cara dele… Eu queria arrancar meu próprio olho por ter que assistir isso.
— Amor — ele me gritou da cozinha.
Ignorei. Continuei olhando pra tela, tentando manter a calma, mas sentindo meu sangue ferver.
— Amor, tô te chamando — ele disse entrando na sala
Nem mexi a cabeça. Continuei encarando o clipe.
— Passa direto pra eu não te mandar pra puta que pariu — soltei, já sem paciência.
— Ah, que fita, mano.Vai ficar de ideia errada por causa de trampo? — ele reclamou, jogando o corpo no sofá.
Me virei devagar, olhando pra ele com um ódio tão grande que eu sentia vontade de matar ele.
— Ideia errada? Cê acha que é "ideia errada" eu não gostar de ver um monte de mulher esfregando a mão em você?
Ele bufou, passando a mão no rosto e ajeitando o boné.
— Na moral, cê tá brisando. É só um clipe, um trabalho, tá ligado? Nem tem nada demais ali.
Ri sem humor.
— Então, já que é só um clipe, eu vou gravar um também,acho que com o Paiva.
O nome bateu nele como uma tijolada. Ele me olhou na hora, a cara fechando como se eu tivesse acertado no ponto fraco dele.
— Cê tá tirando, né?
Cruzei os braços e lavantei do sofá
— Não. Vou gravar um clipe com o Paiva. Arranjo um figurino,passo a mão nele, danço no colo, e você nem pode falar nada, né?
— Pô, não viaja… — ele começou
— Quem tá viajando aqui é você, João Vitor. E agora eu vou pro meu quarto antes que eu te faça engolir esse celular.
E saí, deixando ele lá, com cara de quem sabia que tinha feito merda, mas sem coragem de admitir.
Ouvi ele bufar lá na sala, mas continuei andando pro quarto. Já tava segurando muita coisa, se eu ficasse ali mais um minuto, ia voar algo na cabeça dele.
— Tá de palhaçada, né? — ele veio atrás, a voz mais alta. — Com o Paiva? Justo com aquele otário?
Me virei na porta do quarto, encarei ele com a sobrancelha arqueada.
— Ah, agora dói, né? Agora incomoda? Mas quando é você com um monte de mulher esfregando a bunda na sua cara, aí é “só um clipe”, né?
— Mano, cê sabe que é diferente!— ele já tava com a cara fechada, passando a mão na cabeça.
— Diferente? — dei uma risada seca. — É diferente porque agora é eu que tô falando que vou fazer, né?
— Não viaja— ele apontou o dedo pra mim. — O bagulho é trampo, caralho! Eu não tenho culpa se as mina tavam ali, eu só fiz o que mandaram!
Dei um passo pra frente, sem desviar o olhar.
— E eu também não vou ter culpa se tiver que sentar no colo do Paiva. É trampo, João Vitor. Só vou fazer o que mandarem.
A mandíbula dele travou na hora, o maxilar marcando.
— Cê quer me tirar do sério, né?—Ele perguntou— Cê tá de brincadeira, mano! Cê sabe que eu odeio aquele cara, e ainda vem falar que vai gravar um clipe com ele? Cê quer me fazer de trouxa?
— E eu sou o quê, João Vitor? Eu sou o quê vendo você cheio de mulher no clipe? Porque não foi uma, não foi duas, foi um harém inteiro esfregando a mão em você
— Eu não fiz nada com ninguém!
— E eu também não vou fazer nada com o Paiva. Mas já que “não tem nada demais”, então você não devia se importar, né?
Ele travou. Quis rebater, mas ficou sem resposta.
— Ah, na moral, cê quer treta. Cê quer que eu perca a paciência.
— Você já perdeu, João Vitor. Agora, sai da minha frente antes que eu perca também.
Parei na frente dele, olhando direto nos olhos. Ele respirou fundo, com a mão na cintura, tentando se acalmar, mas eu via o ódio fervendo ali.
Empurrei ele de leve e entrei no quarto, batendo a porta na cara dele.