é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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maratona 2/5
Seu nome
Aqui estava eu no show do Gusttavo Lima, depois da Malu implorar pra eu vir. Eu não tava nem um pouco afim, mas a Malu sabe como me convencer, né? Acabei vindo. Dei um gole no refrigerante e comecei a balançar meu quadril no ritmo da música.
A pista tava cheia, e eu, meio perdida, tentava me concentrar nas músicas, mas a verdade é que minha mente não saía do lugar. Eu queria estar em outro lugar, mas como sempre, a Malu tinha razão em me arrastar. Eu me permiti aproveitar o momento, pelo menos por um tempo.
De repente, senti uma mão na minha cintura e alguém roçar em mim. Virei já puta, pronta pra mandar tomar no cu, mas quando vi quem era, me acalmei.
— Caralho, Lennon — suspirei aliviada quando vi ele. — Filho da puta, me assustou!
— Calma, gata — pediu ele com um sorriso torto. — Vira aí.
Eu não queria muito me virar, mas já era tarde demais. Senti ele me abraçar por trás, e suas mãos se encontraram na minha cintura, me puxando mais pra perto dele. Eu olhei pra Malu, que estava rindo da cena, e dei um olhar desconfiado.
— O que cê tá fazendo aqui? — perguntei, ainda com a cara fechada. — Cê nem gosta de sertanejo.
— Vim ver minha mulher — respondeu ele, com um tom de quem tava me desafiando. — Não pode mais não.
— Qual das sete? — perguntei, brincando, e ele riu negando, mas foi só pra tentar disfarçar o nervosismo.
Eu e o Lennon somos assim, ex, mas aquele ex com recaídas. Cada vez que a gente se encontrava, era um jogo de provocação, risada e briga. E a verdade é que a gente nunca sabia se queria terminar ou recomeçar.
— Como sabia que eu ia estar no camarote? — indaguei. — Tá me vigiando, é?
— Esqueceu que a sua amiga Malu é boca aberta? — falou ele, rindo. — Nem precisei perguntar duas vezes que ela já disse.
Eu dei uma entortada no corpo, ficando com a boca perto da orelha dele, e senti meu coração bater mais forte, mas eu tentava não demonstrar.
— Cadê o João? — perguntei, tentando mudar de assunto e desviar da tensão que eu tava sentindo. — Malu quer ficar com ele.
— Vou mandar mensagem pra ele — disse, pegando o celular e se afastando ligeiramente.
✿
Lennon foi buscar bebida e eu continuei ali, encostada na grade, esperando o próximo cantor ser anunciado. O show tava no pico, todo mundo dançando e cantando, e eu tava ali, no meu canto, perdida em pensamentos.
Malu foi pegar uma jaqueta no carro, e eu fiquei sozinha. A noite tava boa, mas eu não conseguia me concentrar. Senti alguém se aproximando do meu lado, um loirinho. Ele não era feio, mas eu não tava a fim de ficar com ninguém essa noite. E sem contar que o Lennon ia ficar no meu pé o mês todo, não valia a pena.
— E aí? — falou o homem, sorrindo.
— E aí — respondi, tentando ser educada, mas já dando a entender que não tava afim de papo.
— Tá acompanhada? — perguntou ele, dando uma olhada rápida no meu redor.
— Tô sim, ele foi pegar bebida — respondi, tentando ser direta.
— Ahh, desculpa aí então — sorriu amigável, como se fosse um perdão oficial.
— De boa — devolvi o sorriso, mas já voltando minha atenção pro palco.
O loirinho foi embora, e eu vi o Lennon voltando. Ele apareceu na minha frente com a cara mais amarrada do mundo, como se o show fosse o menor dos problemas. Ele não tava nem aí pra música, só queria saber de mim.
— Que cara feia é essa? — perguntei
— A única que eu tenho — respondeu ele, grosso e sem vontade de disfarçar.
Eu olhei feio pra ele, e ele fingiu que não viu, como se estivesse ignorando meu olhar. A Malu apareceu do meu lado, e logo a gente engatou uma conversa sobre o show. Enquanto isso, o João chegou me abraçando.
Malu e João começaram a conversar rapidamente, sem disfarçar a química entre eles.
Eu não conseguia parar de olhar pro palco. Henrique e Juliano estavam arrasando. Que homens, senhor. Que homens.
Senti Lennon colocar a mão na minha cintura e apertar, mas, sem saco, tirei a mão dele de volta.
— Deixa minha mão aqui— pediu ele, com aquele jeitinho de quem acha que manda em tudo.
— Me trata mal e agora vem como se nada tivesse acontecido — respondi, sem paciência. — Na boa, Lennon, deixa minha boca quieta.
Ele se calou por um momento, e eu percebi que ele tava quieto demais. Ele me abraçou por trás, como se fosse uma forma de me domar. Eu não tentei sair. Eu sabia que ele nunca ia deixar de tentar.
— Volta pra mim? — perguntou depois de um tempo, com a voz mais suave, mas ainda cheia de expectativa.
Eu olhei pra ele e percebi que, por mais que eu quisesse resistir, não tinha como negar o quanto ele ainda mexia comigo.