é uma coleção de imagines cheia de amor, treta e momentos criados. Cada história te coloca como protagonista, vivendo romances e aventuras com brasileiros
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maratona 05/15
Seu nome
Gravidez, pra algumas pessoas, é um susto. Pra outras, uma surpresa. Pra mim e pro Gustavo, sempre foi um sonho. Um sonho difícil de realizar, mas nunca impossível.
Sete meses. Esse foi o tempo que a gente passou tentando, esperando, torcendo. E, nesses sete meses, foram pelo menos uns vinte testes de gravidez. Todos negativos.
Pra algumas mulheres, ver aquele tracinho único no teste é um alívio, um peso a menos. Mas, pra mim, era sempre um baque. Cada negativo parecia uma pontada no peito, um lembrete de que, por mais que a gente quisesse, por mais que tentasse, ainda não era a nossa vez.
Agora, faz quinze dias que minha menstruação tá atrasada. Pensei em pedir pro Gustavo comprar um teste, mas só de imaginar ele animado, criando expectativa, e depois vendo mais um negativo... Não quis arriscar. Preferi ir sozinha.
Chego em casa e vou direto pro banheiro. Me tranco, coloco o celular pra gravar,um costume que peguei nos últimos meses. Acho que, no fundo, eu queria guardar o momento em que finalmente daria certo.
Faço xixi no copinho, respiro fundo e solto o teste lá dentro. Agora, é só esperar.
Falo algumas coisas pra câmera, tentando aliviar a tensão. Minhas mãos tão geladas, e meu coração bate tão rápido que consigo sentir a pulsação no pescoço.
Os três minutos passam arrastados. Seguro o teste, fecho os olhos por um segundo e, quando abro...
Silêncio.
Minha respiração para, minha visão fica turva.
Dessa vez, não é um negativo.
Ali, na telinha pequena, tá escrito: "Grávida 2-3 semanas".
Um soluço escapa da minha garganta, e as lágrimas vêm com tudo. Mas, pela primeira vez, são de felicidade.
- Eu tô grávida - murmuro, com a voz embargada, mostrando o teste pra câmera.
Faço outro teste, só pra ter certeza. Positivo de novo.
Corro pela casa, o coração disparado. Quando chego na sala, vejo Gustavo largado no sofá, jogando alguma coisa no celular.
Ele levanta a cabeça, me olha e franze a testa.
- Amor? Tá chorando por quê?
Tento falar, mas minha voz falha. Me aproximo, ainda segurando o teste com força.
- A gente conseguiu, vida.
Ele senta no sofá, confuso.
- Conseguimos o quê?
Seguro o teste com as duas mãos e estendo pra ele, que pega sem entender. Assim que lê, vejo os olhos dele se arregalarem.
- Cê tá de brincadeira... - ele murmura, a voz embargando.
- Não tô, amor. A gente conseguiu. Eu tô grávida.
Ele fica ali, parado, olhando o teste como se não acreditasse. Depois, sem aviso, se joga em mim e me abraça tão forte que quase perco o ar.
- Mano... Cê tá zoando? É sério isso?
- É real, amor. É real.
Sinto meu ombro ficando molhado. Gustavo tá chorando. O mesmo cara que sempre segurou tudo, que sempre tentou me animar depois de cada negativo, agora desaba nos meus braços.
- Conseguimos, meu amor - ele diz, me apertando ainda mais. - Cê não tá ligada no tamanho da minha felicidade. Obrigado, sério. Te amo muito.
- Obrigada você, vida. Eu também te amo.
Ele segura meu rosto com as duas mãos, me puxa pra perto e me beija.
Nos próximos nove meses, tudo vai mudar. Nossa casa, nossa rotina, nossas vidas. Mas, agora, nada disso importa. Só importa que a gente conseguiu.
Gustavo ainda tá me abraçando forte, como se tivesse medo de que, se soltasse, tudo fosse um sonho e eu desaparecesse. Eu rio baixinho, passando os dedos pelo cabelo dele, sentindo o coração dele batendo acelerado contra o meu.
Ele finalmente se afasta um pouco, olha de novo pro teste na mão como se estivesse lendo pela primeira vez e dá uma risada emocionada, meio sem acreditar.
- Puta que pariu, amor... Cê tem noção que tem um neném nosso crescendo aqui? - ele passa a mão devagar na minha barriga, ainda sem desgrudar os olhos de mim.
Eu sorrio, cobrindo a mão dele com a minha.
- Tenho. E cê também tem noção que agora a gente vai ter que contar pra todo mundo?
Os olhos dele brilham de animação na hora.
- Vamo agora. Quero ver a cara da minha mãe quando souber.
Eu dou risada, enxugando as lágrimas no rosto.
- Calma, Gustavo. Queria esperar um pouquinho, pelo menos fazer um ultrassom antes...
- Nada disso, amor. Ninguém vai segurar essa língua aqui - ele aponta pra própria boca, rindo. - Mas suave, cê que manda. Só sei que eu já quero sair comprando tudo. Berço, roupinha, carrinho... Cê tem noção que vamo ter que escolher nome, mano?
Minha barriga ainda tá reta, mas ele já olha pra ela como se fosse explodir de bebê a qualquer momento.
- Acho que a gente tem um tempinho pra decidir tudo isso, né?
- Mas não muito, hein. Passa voando!
Ele tá certo. Parece que foi ontem que a gente começou a tentar, e agora... Agora tem um pedacinho nosso crescendo aqui.
Sinto um cansaço gostoso bater. As emoções do dia me pegaram de jeito. Me encosto no peito de Gustavo, e ele me abraça, me protegendo como se já estivesse protegendo nós dois.
- Cê vai ser um pai incrível - murmuro, fechando os olhos.
- E cê vai ser a melhor mãe desse mundo, amor.
Ficamos ali, curtindo aquele momento só nosso. Logo mais, a gente vai contar pra todo mundo, planejar cada detalhe, ver nossa vida mudar completamente.
Mas, agora, só quero ficar aqui, sentindo a felicidade de saber que, depois de tanto tempo esperando, a nossa vez finalmente chegou.