Alguns capítulos atrás...
A casa da Nona estava silenciosa naquela noite, exceto pelo suave som do vento batendo contra as janelas. O relógio na parede do corredor marcava 2h37 da manhã, e a lua cheia projetava sombras suaves pelo chão. Gar estava acordado, rolando na cama, inquieto, com o olhar fixo no teto escuro. Seu coração batia forte, e sua mente estava cheia de pensamentos sobre Rachel. Ele tentou fechar os olhos, tentou ignorar o turbilhão de pensamentos que invadia sua mente, mas era impossível. Já fazia tempo que ele sentia aquilo por ela, mas agora, tudo parecia mais forte, impossível de ignorar.
Ela ocupava seus pensamentos como uma tempestade, intensa e incontrolável. Ele tentava negar o que sentia, sufocar aquilo que crescia dentro dele sempre que a via sorrir, sempre que ouvia sua voz ou sentia sua presença ao seu lado. Principalmente depois do beijo entre eles. Mas essa noite… essa noite ele não queria mais fugir.
Respirando fundo, ele se levantou, passando as mãos pelos cabelos bagunçados. Saiu do quarto em silêncio, os pés descalços tocando friamente o chão. O corredor parecia maior no escuro, cada passo fazia seu coração acelerar um pouco mais.
Parou diante da porta de Rachel. Por um instante, ficou ali, incerto. E se ela achasse estranho? E se ele estivesse se precipitando? Não, ela também o amava, certo?
Mas antes que a dúvida pudesse fazê-lo desistir, ele ergueu a mão e bateu suavemente.
Houve um leve som de movimento do outro lado, seguido pelo ranger discreto do colchão quando ela se levantou. A porta se abriu devagar, revelando Rachel com uma expressão sonolenta e confusa. Seus cabelos roxos levemente bagunçados caíam soltos sobre os ombros, e ela vestia uma blusa larga e um short, deixando as pernas à mostra.
Os olhos dela se arregalaram de surpresa ao ver Gar parado ali.
— Gar? — A voz dela saiu baixa, ainda rouca pelo sono. — O que foi? Aconteceu alguma coisa?
Ele umedeceu os lábios, sentindo um nervosismo estranho subir pelo peito.
— Posso entrar? Eu queria conversar com você.
Rachel o encarou por um segundo, tentando decifrá-lo. Ela notou o brilho diferente nos olhos dele, o jeito como sua respiração parecia hesitante. Mesmo sem entender completamente, assentiu.
— Claro, entra.
Ela se virou para fechar a porta, mas antes que pudesse fazer isso, sentiu uma mão quente tocar seu pulso. Antes que tivesse tempo de reagir, Gar a puxou delicadamente, fazendo com que se virasse para ele.
Foi rápido.
Os lábios dele tocaram os dela com urgência. Rachel ficou imóvel por um segundo, surpresa. O coração dela bateu forte no peito, e o ar escapou de seus pulmões. Mas então, sem sequer pensar, seus olhos se fecharam e ela o beijou de volta.
O beijo começou intenso, carregado de emoções. As mãos de Gar deslizaram para a cintura dela, puxando-a para mais perto, enquanto Rachel segurava o rosto dele, sentindo a pele quente sob seus dedos.
Quando se afastaram, ainda com as respirações aceleradas, Rachel o encarou com um sorriso leve nos lábios.
— Então é essa a conversa que você quer ter comigo, Garfield?
Ele riu baixinho, olhando para ela com malícia.
— Essa é a única conversa que eu quero ter com você.
Sem dar tempo para que ela dissesse mais alguma coisa, ele a beijou novamente. Dessa vez, foi mais lento, mais profundo. Suas bocas se encaixavam com perfeição, e a forma como ela correspondia apenas tornava tudo ainda mais certo.
O beijo os guiou pelo quarto, os passos vacilantes os levando até a cama. Rachel se sentou primeiro, puxando Gar para perto, os dedos entrelaçados nos fios macios do cabelo dele. Suas pernas se enroscaram levemente quando ele subiu na cama, posicionando-se sobre ela, com as mãos apoiadas ao lado do corpo dela.
A respiração de Rachel estava irregular quando Gar finalmente se afastou o suficiente para encará-la. O rosto dele estava próximo, e seus olhos verdes refletiam um carinho profundo.
— Rachel, eu te amo. Sempre amei. Assim que eu conheci você, já sabia que você seria minha. Pode parecer estranho, mas é a verdade. Eu te amo.
As palavras saíram num sussurro, mas carregavam um peso imensurável. Ele nunca havia dito isso antes. Não dessa forma. Não com esse significado.
Os olhos dela brilharam na escuridão.
— Você é um bobo... — ela disse suavemente, com um pequeno sorriso nos lábios. Então, ergueu a mão e acariciou o rosto dele com delicadeza. — Mas eu também te amo.
O sorriso que surgiu nos lábios de Gar foi o mais sincero que já dera. Seu coração batia tão rápido que ele jurava que Rachel podia ouvir.
Ele não esperou mais. Beijou-a novamente, sentindo cada detalhe daquele momento. Suas mãos deslizaram pelas curvas dela, e os dedos de Rachel tocaram a pele quente dele, enviando arrepios por todo o seu corpo.
Naquela noite, não havia medo, não havia dúvidas. Apenas eles dois, entregues um ao outro, finalmente cruzando a linha que há tanto tempo estava diante deles.
Quando tudo terminou, Rachel repousou a cabeça no peito de Gar, ouvindo os batimentos acelerados dele aos poucos desacelerarem. Ele a envolveu nos braços, segurando-a como se tivesse medo de soltá-la e descobrir que tudo aquilo havia sido apenas um sonho.
— Não vou embora, você sabe disso, né? — ele murmurou contra o cabelo dela.
Rachel sorriu, fechando os olhos.
— Eu sei.
E, juntos, adormeceram pela primeira vez nos braços um do outro.
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Titans
Fanfiction*Sinopse* E se a série titans tivesse tido uma continuação como teria sido, bom a que vocês vão ver como teria sido do meu ponto de vista, espero que vocês gostem... _Depois de mais de dois anos sem se ver os titãs Retornam para São Francisco para...