Ela o ama desde os seus dez anos.
Ele sempre se sentiu perdido quando ela estava por perto.
Ela é apaixonada pelo melhor amigo do seu irmão.
Ele é apaixonado pela irmã mais nova do seu melhor amigo, mas preferiu se manter longe para não afetar a sua...
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" Vai para o seu dormitório e eu te mando mensagem quando puder "
Essas foram as últimas palavras dela antes de me dar as costas, de novo, e como eu sou um cachorrinho que só falta latir, fiz o que ela pediu. Na verdade mandou, mas não vou admitir que estou recebendo seus comandos dessa forma.
É humilhante.
Ando de um lado para o outro enquanto encaro o meu celular que está em cima da minha cama, com a tela para cima esperando apenas uma notificação para que eu o pegue, mas não aparece nada.
Nem mensagem e muito menos alguma ligação.
Talvez ela esteja ocupada.
Também pode estar explicando para a sua colega de quarto o que aconteceu.
Ou, realmente está me enrolando.
A última opção é a mais válida.
Pego o celular e desbloqueio a tela, em busca de alguma notificação que por ódio do destino poderia passar despercebida, mas está exatamente como eu desconfiava, sem nada.
Mas que porra.
Me sento na cama e suspiro, passando a mão pelo meu rosto. O que ela deve estar fazendo de tão importante para não me mandar uma mísera mensagem?
— Por que eu sou tão burro? - murmuro balançando a cabeça e deixo o celular na cama, do meu lado.
Eu desconfiava que ela poderia fazer isso, mas realmente fazer me deixou sem palavras. A filha da mãe é pura maldade, como que pode deixar um homem desse jeito e deita a cabeça no travesseiro com tranquilidade?
Estou ficando maluco, e a culpa é inteiramente de Blair Harper.
Enquanto eu mal prego os olhos, parecendo um bobo esperando uma simples mensagem. Sou o que se pode chamar de otário.
Otário é muito pouco para mim, muito mesmo.
Me deito na cama e cubro o meu rosto com as minhas mãos. O meu peito está pesado e a minha mente tão bagunçada, que mal consigo pensar no primeiro jogo da temporada ou na reunião que terei com meu pai amanhã, tudo está girando em torno dela. Me sinto como um louco obcecado.
Nunca passei por isso, ficar a mercê da decisão de outra pessoa nunca fez o meu feitio, mas agora... Tudo mudou, e eu não sei bem se foi para melhor ou pior.
Droga, eu estou fora dos padrões que costumo seguir para que as coisas continuem a fluir bem.
Encaro o teto branco tentando me conformar que foi esquecido, e quando as minhas esperanças começam a sumir, o barulho de notificação nova ecoa do meu celular. Pego ele tão rápido que quase o derrubo.
"Se quiser podemos nos encontrar, mas fora do campus"
Respiro fundo sentindo o meu coração palpitar e as minhas mãos ficarem encharcadas com o meu nervosismo.