Alguns anos depois...
P. O. V. Harleen Quinzel
Eu estava vivendo a vida perfeita.
Depois do casamento e da lua de mel, eu e Pamela voltamos para a rotina normal, que, por mais cansativa que pudesse ser por conta de nossos trabalhos e das outras correrias do cotidiano, o simples fato saber que estaríamos juntas quando chegássemos em casa fazia tudo ser melhor.
Além de nossa vida como esposas, também estávamos vivenciando as maravilhas — um tanto caóticas — de sermos madrinhas de Helena. A garotinha agora tinha quase três anos de idade, e parecia estar disposta a testar qualquer tipo de limite que lhe fosse imposto, como tentar escalar todos os móveis, andar na beira do sofá ou da cama e se esconder sem que alguém tivesse chance de a ver fazendo isso.
A criaturinha era muito boa em se esconder, e seu tamanho a ajudava nisso. Era como se ela fosse uma mistura de um gato e um morcego: ágil e facilmente se camuflava nos lugares.
Em meio às suas peripécias, eu já havia perdido as contas de quantas vezes achei que tinha perdido a criança em algum lugar, somente para ela aparecer depois de alguns minutos, rindo da minha cara e quase me fazendo ter um ataque cardíaco pelo susto. Em compensação, sua relação com Pam era calma, de modo que era até tranquilizante vê-las interagindo. Eram brincadeiras menos agitadas, tal como Pamela ensinando Helena a conversar com as plantas — porque, segundo ela, isso influenciava no crescimento e desempenho das mesmas — e brincadeiras de chá da tarde.
A mini gatinha adorava estar perto de Pamela, e eu ficava feliz ao ver que Pam havia aprendido a lidar com Helena, e que na verdade, amava estar com ela.
A vida estava fluindo perfeitamente.
Havíamos acordado um pouco tarde, mas ainda de manhã, já que era fim de semana e não precisávamos nos preocupar com a rotina. Pamela estava terminando de preparar algumas panquecas enquanto eu a fazia companhia quando escutamos a campainha tocar. Trocamos olhares confusos, já que não estávamos esperando ninguém, principalmente àquela hora da manhã.
Deixei que minha esposa continuasse a preparar o café da manhã e fui atender a porta, deparando-me com Helena ali.
— Tia Harleen! — a pequena exclamou e abraçou minhas pernas, e retribui ao abraço, mas procurando por algum sinal de seus pais.
— Bom dia, morceguinha. Onde estão seus pais? Eles te deixaram aqui?
— Você pode ficar com ela, ao menos hoje? — Selina surgiu do mais absoluto nada, assustando-me enquanto eu ainda raciocinava sobre a visita inesperada.
Se eu ainda estava sonolenta, aquele susto havia me acordado de vez.
— Não vai nem me dizer "bom dia"? — impliquei com a morena, pegando a criança em meus braços enquanto vi a mãe da mesma revirar os olhos. Sel tinha uma expressão cansada, mas deduzi que fosse devido ao trabalho. — Claro que sim, minha afilhada é sempre bem-vinda aqui!
Abracei a pequena apertado e fiz algumas cócegas em sua barriga, fazendo-a rir.
— Bom, então boa sorte. — a mulher me estendeu uma mochila com as coisas de Helena e logo se despediu.
Selina tinha um jeito engraçado.
— Deixa sua mãe pra lá, ela é uma chata. — coloquei Hel no chão, deixando a mochila da menina em um dos sofás da sala.
— Cadê a titia Pam? — ela perguntou de forma animada, olhando ao redor à procura de qualquer vestígio da outra tia.
— Ela está na cozin...
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Vidas Normais || Harlivy
FanfictionHarley Quinn e Pamela Isley estão juntas há um bom tempo. É um relacionamento comum, poderia ser até mesmo dito como o objetivo de muitos, mas ninguém sabe o que acontece de verdade quando ambas estão sozinhas...