Um casamento arranjado, duas pessoas com personalidades opostas. O que poderia dar errado? Absolutamente tudo! Killian Beaumont é um CEO renomado e reservado. Nunca apareceu em reportagens nem deu uma única entrevista em toda sua vida. A timidez ext...
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— Maelle. — Chamo minha cunhada, que segura um tablet enquanto conversa com o decorador.
— Pois não, cunhado? — Ela dispensa o homem e se vira para mim, o olhar ainda preso na tela.
— Como está o andamento da decoração? — Pergunto, observando ao redor e vendo quase nada montado.
— Eles começam a organizar tudo daqui a… — Ela checa o relógio de pulso. — Duas horas.
— Ótimo. Então, até a próxima semana, tudo estará pronto? — Questiono, e ela assente, me entregando uma pasta preta. — O que é isso?
— Um esboço. — Responde enquanto caminhamos em direção à escada — Realista. Pode colocar próximo à vidraça. — Ela pede a um rapaz que sobe os degraus carregando uma caixa de papelão.
— Acha que ela vai gostar? — Pergunto, analisando as imagens. Fecho a pasta e encaro Maelle.
— Claro que vai. — Ela apoia a mão no meu ombro. — Vai pular de felicidade e, provavelmente, passar todos os dias trancada aqui dentro.
— Essa última parte não me agradou muito. — Brinco, e ela ri. — Mas fico feliz em saber que ela vai usar com frequência.
— Eu também. — Dois homens passam por nós, e Maelle os segue, indicando onde colocar as caixas.
O prédio tem uma arquitetura antiga, com traços elegantes e imponentes, como se cada detalhe carregasse histórias de décadas passadas. As paredes de pedra clara, desgastadas pelo tempo, trazem um charme rústico, e os grandes janelões de vidro, com molduras de ferro trabalhado, permitem que a luz natural invada o espaço. O segundo andar, onde estou agora, será o estúdio de pintura da Anahí. O teto alto e as vigas de madeira expostas dão uma sensação de amplitude, enquanto o chão de tábuas largas range levemente sob meus passos.
Ainda não há decoração, apenas caixas espalhadas pelo ambiente, algumas abertas, revelando tintas, pincéis e paletas de cores vibrantes. Em um canto, diversas telas em branco estão apoiadas contra a parede, esperando para serem preenchidas com a criatividade dela. Pequenos móveis de madeira escura, ainda embalados, estão organizados perto das janelas. Lustres antigos e molduras douradas descansam sobre uma mesa comprida, aguardando seu lugar definitivo.
Passo pelo ambiente, absorvendo cada detalhe e imaginando como será quando tudo estiver pronto. O cheiro de madeira recém-polida se mistura ao leve aroma de tinta, mesmo que os potes ainda estejam fechados. O espaço é perfeito para Anahí — amplo, bem iluminado e silencioso.
Caminho em direção à escada de ferro fundido que leva ao primeiro andar. O corrimão frio sob minha mão contrasta com o calor que entra pelas janelas. Os degraus ecoam levemente conforme desço, e logo me vejo no grande salão que poderá ser usado para exposições.
O espaço é magnífico. O pé-direito alto dá uma sensação de imponência, e os arcos nas paredes criam uma harmonia entre o rústico e o sofisticado. O piso de mármore claro reflete a luz que entra pelos janelões, e o som dos meus passos ressoa suavemente. Algumas caixas grandes estão espalhadas por ali, junto com cavaletes desmontados e suportes para quadros.