Capitulo 3

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Acordei-me naquela manhã de quarta-feira e para minha sorte não estava mais sentindo dores. Levantei para ver se minha mãe ainda estaria dormindo, mas a cama estava vazia e arrumada. Fui tomar banho e me arrumar para ir pro colégio, infelizmente tinha aquelas provas para fazer e no meu histórico não poderia faltar de jeito nenhum minhas notas finais. Quando cheguei na cozinha para comer alguma coisa antes de ir vi minha mãe terminando de arrumar a mesa para o café. Aparentava estar um pouco melhor, no entanto, por todo o momento em que estive lá não trocou nenhuma palavra comigo. Assim que eu estava preste a sair fui até ela para pedir sua benção, ela me abençoou me deu um beijo na testa e me disse obrigada por ontem. Dei apenas um sorriso e segui meu caminho.

Passei na casa de Agatha como eu sempre fazia, quando cheguei a chamei, contudo quem apareceu foi sua mãe estava aflita e muito nervosa, nisso foi logo me perguntando:

- Onde está Agatha, Carla? - achei estranho pois ontem eu tinha a trazido de volta da escola até sua casa e depois eu tinha ido para minha.

- Quando saímos ontem da escola, eu mesma à trouxe até aqui em frente, disse para ela entrar e tomar um bom banho e se acalmar um pouco. E depois disso eu fui para minha casa. - ela me respondeu com uma resposta que me deixou preocupada.

- Ontem ela não apareceu em casa. A última vez que vi minha filha foi ontem quando eu a deixei no colégio depois que saímos do consultório do doutor Marcelo. Carla a única coisa que eu quero saber agora é onde está minha filha! - tentei deixar dona Isabel mais calma.

- Não se preocupe irei procurar ela. - depois que falei isso sai correndo, pois eu já suspeitava onde Agatha estaria. Sempre quando ela ficava daquele jeito gostava de ficar sozinha em um determinado lugar da escola, ela chamava aquele lugar de 'cantinho do isolamento'. Dito e feito! Esse lugar ficava detrás da quadra de nossa escola, era um lugar muito bonito e calmo, era um belo jardim e ela sempre ficava sentada debaixo de uma árvore que tinha lá. Cheguei perto dela e percebi que estava dormindo, no momento não queria acorda-la mas isso era preciso, comecei a chamar ela e esta foi acordando aos poucos. Aquele não era o momento para interrogatórios, então a levei para o refeitório para comer algo, mas o tempo não ficou do nosso lado. Assim que chegamos no local o sinal tocou para os alunos entrarem nas suas devidas salas. Ela me pediu para eu ir na frente que quando acabasse de comer algo faria o mesmo. Assim quando cheguei à sala o professor  já estava e havia distribuído as provas pedi permissão para entrar, ele deixou, contudo aquela seria a ultima vez que poderia chegar atrasada, eu acenei com a cabeça num movimento de afirmação. Peguei minhas devidas provas e fui para meu lugar para começar a fazer cada uma. Com um passar de vinte minutos Agatha entrou na sala, pegou suas provas e sentou-se em seu lugar. Nem vi as horas passar, tomei até um susto quando o sinal do intervalo tocou, mas por minha sorte já havia terminado minhas provas. Fiquei esperando minha amiga no corredor, não fiquei muito tempo esperando pois ela saiu logo. Disse-me que teve que explicar ao nosso professor o motivo do seu atraso.

- Agora podemos falar com calma? - queria muito saber o porquê que ela não havia dormido em casa na noite anterior.

- Vou lhe contar, mas vamos para um lugar mais calmo. - depois que me falou isso pegou o rumo para o ginásio do colégio, de fato lá era um lugar calmo, mesmo com o barulho que o time de basquete fazia, só que eles estavam fazendo o ultimo treino para o jogo de hoje á noite, pois era a final do campeonato. Assim que chegamos Agatha foi logo começando a falar...

- Carla toda aquela história ainda não posso acreditar, depois que você me deixou ontem em frente a minha casa não tive coragem, nem forças para entrar. Então voltei para o colégio e aqui passei a noite. Foi bom, pensei com calma em tudo que esta acontecendo. Eu sei que eu deixei minha mãe preocupada e que eu não deveria fazer isso com ela, contudo eu precisava de um tempo sozinha, sem ninguém por perto. E a sua noite como foi amiga?

Do rabisco ao suicidioOnde histórias criam vida. Descubra agora