Acordei com dor de cabeça naquela manhã, já passava das oito da manhã quando me levantei. O enterro de dona Isabel estava marcado para as dez. Passei bem meia hora debaixo do chuveiro para que aquela dor de cabeça passasse, aliviou, mas não passou. Tomei um comprimido e fui tomar café. Quando chego à cozinha minha mãe pergunta pela Agatha.
- Conseguiu encontrar ela ontem? Já me sentando-se a mesa responde-lhe:
- Não, não a encontrei, mas ela deixou um dizendo que não era preciso se preocupar com ela. E que nos encontraria na hora do enterro. Fiquei esperando minha mãe terminar de fazer algumas coisas para irmos juntas, mas dentro desse tempo ficamos conversando e me perguntou:
- Foi para onde com Ricardo ontem? Quando ouvi isso dela comecei a lembrar dos melhores momentos que passei com ele ontem e com um grande sorriso estampado no meu rosto e com os olhos brilhando de felicidade eu comecei a conta o que tinha acontecido ontem comigo e com ele.
- Haa mãe, aconteceu entre a gente ontem, foi tão perfeito, a luz de velas, tudo estava em tão perfeita sintonia. Ele me fez sentir-me desejada como nunca fui amada, me proporcionou muitas sensações marcantes. Minha mãe vendo a minha tamanha felicidade me fala:
- Fico muito feliz por você minha garota. Só espero que sua primeira vez tenha acontecido com o garoto realmente certo. Dou um sorriso para ela e a espero terminar o que esta fazendo. Não demorou muito e dai fomos ao enterro. Já tinha muitas pessoas, mas Agatha ainda não se encontrava no meio daquelas pessoas. Quando o padre tinha terminado de realizar a missa e já estávamos em direção ao tumulo onde dona Isabel iria ser enterrada Agatha aparece caminhando ao meu lado, tomei um susto, pois não percebi que ela estava ali do meu lado. Perguntei como ela estava, mas ainda continuava a não me responder só fez um sinal com a cabeça afirmando minha pergunta. Ela vestia uma blusa de mangas compridas que ia até eu pulso, calça comprida também preta e All Star também preto. Achei estranho o jeito que ela estava vestida, pois ela não gostava de preto e muito menos de vestir calça comprida. Peguei seu braço e levantei a manga até a altura do cotovelo e vi o que já esperava ver! Vários cortes feito com gilete ela só fez pegar minha mão e tirar do seu braço e abaixar a manga da blusa. Quando acabou o enterro fomos nós três para casa, ela, minha mãe e eu. Chegamos já de tarde e para minha raiva aquele homem que minha mãe chamava de marido estava lá e assim que nos viu entrando foi logo falando grosseria com minha mãe e levantando o braço para bater nela, nessa hora eu empurro minha mãe e que acaba recebendo aquele tapa fui eu. Como ele tinha força eu caio no chão com o rosto doendo muito e saído um pouco de sangue pela minha boca. Ele ficou rindo enquanto ia em direção min há mãe, eu estava com o olhar para o chão e depois de alguns segundos só ouço o barulho de algo quebrando, aquele barulho de vidro caindo no chão. Levanto meu rosto rapidamente, pois fiquei muito assustada e preocupada com o que ouvi para minha surpresa quem estava no chão desmaiado era aquele homem, perguntei o que aconteceu e nessa hora Agatha fala:
- Taquei o vaso na cabeça dele, esse homem merece muito mais do que isso. O odeio e sempre o odiei, desde quando nos conhecemos você fala que ele fica humilhando e batendo na sua mãe. Vamos para minha casa, aqui não podemos ficar. Enquanto ele está desmaiado vão pegar algumas roupas para levar. Assim fizemos e em pouco tempo não estávamos mais naquela casa. Quando chegamos à casa de Agatha a residência ainda estava toda bagunçada por conta das coisas que ela quebrou quando o doutor Marcelo lhe disse que sua mãe havia morrido. Nós três arrumamos a casa toda, ao chegarmos ao quarto de dona Isabel Agatha começa a chorar resolvo então tirara ela de lá e levar para outro cômodo da casa. Terminamos já era de noite e como nós três estávamos muito cansadas para ir fazer algo para comer resolvemos comprar comida já feita, Agatha liga para um restaurante e pede sushi. Não demorou muito para chegar e rapidamente comemos a fome estava grande. Depois disso não ficamos muito tempo acordadas e minha mãe é a primeira que pergunta onde iria dormir, Agatha ouvindo a pergunta responde:
- Pode dormi no quarto de minha mãe dona Luana. Minha mãe retruca.
- Tem certeza? Minha amiga com convicção responde.
- Sim, você dorme lá e Carla dorme no quarto de hospede, esta bem Carla? Nessa hora falo.
- Não tem problemas. E assim cada uma foi para seus respectivos quartos. Deito na cama e começo a pensar como Agatha tinha mudado, desde as roupas até o humor. Mas nada eu podia fazer, só podia fazer uma coisa: não sair do lado dela. Pensando acabei adormecendo e dormindo. Mas não demorou muito acabei acordando ouvindo passadas e aquele barulho que uma latinha de cerveja faz quando se choca com uma, abri devagar a porta do quarto onde eu estava e vi Augusto entrando no quarto da Agatha fiquei ouvindo o que os dois estavam conversando percebi que Augusto já estava dando sinais de embriaguez e começou a falar uma coisa que destruiu meu mundo, o ouvi falando a seguinte coisa " Sabe o real motivo que Ricardo esta com a idiota de sua amiguinha? No dia da final do jogo de basquete eu e ele fizemos uma aposta que se ele ficasse com ela por um mês eu faria o que ele quisesse caso ele não conseguisse ele faria o que eu quisesse! Esta sendo tão divertido, ele enganando ela e a bobinha acreditando" 5555Me segurei nessa hora para não entrar naquele quarto e ir para cima de Augusto então resolvi ir para o quarto onde eu estava, mas quando eu já estava quase indo ouvi um barulho estranho, sem fazer movimento brusco abri um pouquinho da porta do quarto de Agatha e não acreditei no que eu vi, no que eu estava vendo. Vi Agatha em cima de Augusto suas mãos estavam sujas de sangue e segurava uma faca que também estava suja, não sei como mais ela falou:
- Pode entrar agora Carla eu sei que já esta a um bom tempo. Fiquei com medo de entrar, mas mesmo dessa forma eu entrei. E quando fiz isso ela continuou a falar.
- Como todos os homens são iguais, mas este não vai mais fazer nada em sua miserável vida. E também ele não tem o direito de fazer isso com você e menos de lhe chamar de idiota por isso eu o matei. Não acreditava no que ela tinha feita, mas ela fez, matou Augusto com uma facada no pescoço. Eu com meus pensamentos totalmente confusos lhe disse:
- Não estou acreditando que Ricardo fingiu esse tempo todo, disse que me amava ontem me deitou em sua cama, mas se ele quer brincar de me iludir eu vou brincar com ele também. Ele pensa ate agora que esta me iludindo vou continuar também que eu estou acreditando. Brincadeira por brincadeira daqui por diante. Mas Agatha o que vamos fazer com o corpo de Augusto? Ela com um sorriso sacana me responde.
- Ora mais, vamos enterrar e já sei muito bem onde vai ser! Tem aquela árvore aqui no quintal de casa, vai ser ali embaixo que vamos enterra-lo. Mas temos que agir com muita cautela. E assim fizemos. Colocamos o corpo dele dentro de um saco grande e cavamos um buraco fundo debaixo da árvore e lá colocamos o corpo, tentamos deixar a terra como estava. Logo após isso cada uma foi tomar um banho, pois tínhamos nos sujado de sangue e o lençol esse lavamos, quando estávamos estendendo esse Agatha me fala:
- O que aconteceu agora fique só entre a gente que ninguém fique sabendo disso! Estamos entendidas Carla? Respondi com uma raiva dentro de mim:
- Totalmente só entre nós, só quero ver aonde Ricardo vai com tudo isso agora, mas ele me paga! Agatha vendo o jeito como eu falava de Ricardo agora me diz:
- Não se preocupa com ele, pois ele vai ter o que merece! E então depois disso fomos dormir. Deitei-me novamente na cama e disse pra mim mesma "ajudei no assassinato de um garoto" o que o destino reserva pra mim daqui por diante! Só sei que Ricardo vai ter o que merece, ele vai. Todo o amor que eu sentia por ele naquele momento desapareceu e se transformou em ódio e raiva, tudo que eu sentia de bom por ele se transformou em mal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Do rabisco ao suicidio
Mystery / ThrillerNem tudo que pensamos pode acontecer, o tempo muda tudo de uma hora pra outra se quiser. Carla é uma garota timida que tinha medo, porém de uma hora pra outra ver-se sua vida mudar. E agora ver que se transformou numa assassina que matou seu pai por...