Capitulo 6

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Acordei era umas nove horas da manhã, tomei um banho para despertar e depois disso fui ver como estava minha mãe e quando entrei no quarto dela ela ainda estava dormindo, a deixei como estava, como eu estava com fome me dirigir ate a cozinha para fazer algo para o café. Quando eu já estava quase terminado de tomar café vejo minha mãe adentrando a cozinha ainda meio sonolenta, sentou-se na cadeira e me pediu um copo de suco. Quando já estava mais alimentada e acordada também perguntei a ela:


- O que aconteceu ontem mãe? E não tente me enrolar não, quero saber de tudo! Ela olhou pra mim com uma face tão triste e desse jeito começou a falar:


- Quando já estava escurecendo seu pai chegou embriagado, falando coisas sem sentido, tentei levar ele para um banho, mas quando peguei no braço dele este me jogou no chão e começou a falar coisas comigo, dizendo que eu era uma vadia que não servia pra nada, que ele tinha quer sair sempre de casa para conseguir o que desejava, que eu não o servia mais na hora das necessidades sexuais dele e falando mais outras coisas começou a mim bater. Com isso acabei desmaiando e não lembro mais de nada depois disso. O que você fez quando chegou em casa? Falou-me tudo isso numa voz calma, aquela voz de uma pessoa que não aguenta mais batalhar pelo que esta vivendo. A respondi disse o que fiz para lhe deixar melhor, pena que só no estado físico.


- Quando cheguei em casa ontem, vi que a porta não estava passada a chave e com isso comecei a me preocupar. Chamei por você e a cada palavra que saia da minha boca ontem desaparecia no eco da casa; ninguém me respondia. Comecei a procurar por você por todos os cômodos da casa na primeira vez que fiz isso não lhe encontrei. Parei, respirei, me acalmei e fui procurar por você novamente e nessa segunda procura eu lhe encontrei. Tentava lhe acordar, mas você não reagia com isso fui correndo ate a sala para pegar meu celular e ligar para alguém não sabe se foram ironias do destino, mas acabei ligando para Ricardo e justamente o pai dele é o medico de dona Isabel, os dois vinheram o mais rápido que poderiam. Quando aqui chegaram o doutor Marcelo achou melhor levar você para o consultório dele para poder lhe examinar melhor. Lá ele fez uns exames e lhe deu uma injeção para suas dores aliviarem, mas só que este fazia você dormir mais. Quando fez tudo isso nos trouxe de volta. E me falou que quaisquer coisas poderiam chama-lo. Mãe por que você ainda insisti em ficar aqui? Diga-me por que ainda esta com aquele desgraçado que a qualquer minuto pode tirar sua vida com essas surras que lhe dar?! Assim que ouviu isso de mim ela abaixou a cabeça e me respondeu:


- Não fale assim do seu pai. É só uma crise dele... Nem deixei completar o restante da frase e comecei a falar.


- ELE NÃO É MEU PAI! QUALQUER PAI QUE SE PREZE NÃO FAZ ISSO COM SUA ESPOSA. AQUELE HOMEM É SÓ MAIS UM DESGRAÇADO QUE QUER A QUALQUER HORA ACABAR COM NOSSAS VIDAS. MÃE POR FAVOR ENXEGA QUE ELE SÓ FAZ LHE USAR, LHE HUMILHA TODA HORA, BATE EM VOCE! DESDE CRIANÇA QUE EU VEJO ISSO, DIA APÓS DIA, ANO APÓS ANO. VAMOS EMBORA DAQUI ANTES QUE ISSO TUDO ACABE EM ALGO PIOR! Ela só fez mim ouvir como sempre e começou logo a mudar de assunto. Enato com isso me perguntou:


- Seu baile de formatura não é hoje? Com todas aquelas lembranças ruins que estavam rodando minha mente não me lembrava de jeito nenhum do baile de hoje a noite, não querendo deixa-la sozinha, mas tinha que ir para a casa de Agatha. Fui ate meu quarto arrumei minha mochila com algumas roupas e peguei meu vestido. Antes de sair falei com minha mãe.


- Só volto amanha de manhã, qualquer coisa que acontecer por aqui no momento em que estiver fora ligue pra mim. Ela só acenou com a cabeça dizendo um sim, mas aquilo não me convenceu. Quando cheguei na casa da Agatha que me recebeu na porta foi dona Isabel, dei bom dia a ela e adentrei na casa e esta foi logo me dizendo que Agatha estava no quarto e que já estava se perguntando o porque da minha demora pois tínhamos muitas coisas para fazer, mas eu lembrei que não marquei mais nada com além de passar a noite lá. Quando cheguei ao quarto dela esta foi logo falando:

Do rabisco ao suicidioOnde histórias criam vida. Descubra agora