Com o coração apertado e literalmente com as malas na mão, era como eu estava no lugar de pendura do carro do meu pai em frente a um portão de uma casa que embora não fosse uma mansão se assemelhava um pouco. A casa era rodeada por um gradeamento que permitia observar um jardim extenso e bem cuidado, repleto com diferentes tipos de flores e plantas. Tinha um pequeno caminho ladrilhado com pequenas pedras para a porta de entrada.
- Vai ser nesta casa que vamos ficar? - Questiono o meu pai ainda sem acreditar, não que a casa onde morávamos antes fosse péssima mas comparada com esta dava vinte a zero.
- Vai, querida. - O pai responde sorrindo de orelha a orelha.
- Eu já te disse que não gosto que me chames assim. - resmungo um tanto irritada.
- Tudo bem... - O meu pai suspira mas ainda assim um sorriso permanece em seu rosto.
Eu vou explicar o que se está a passar para quem não está a perceber, após dois meses do meu nascimento a minha mãe que já estava com um cancro em fase terminal decidiu que seria menos doloroso para ela e também para o meu pai se ela passasse os últimos dias dela longe de nós. Claro que o meu pai ficou extremamente mal, não acho que ele tenha de alguma forma apoiado a decisão da mesma.
O meu pai nunca esteve com mais ninguém romanticamente depois disso, talvez por respeito à memória dela. Agora, como eu já me encontro quase com idade adulta ele achou que estava mais que na hora de refazer a vida dele. E é exatamente por isso que estamos aqui.
O meu pai conheceu uma mulher chamada Anne, segundo a pouca informação que ele me facultou ela é divorciada e aparentemente a mulher ideal para que ele passe o resto da vida dele.
Este vai ser o primeiro contacto que vou ter com a mesma, nunca a conheci possivelmente porque não existiu ocasião ou eu mesma não me mostrei muito receptiva para tal. Parte de mim queria que ele fosse feliz mas outra provavelmente não queria ter que dividi-lo com outra pessoa.
Passado o que pareceu pouco menos de um minuto, o portão abriu e eu consegui ver o caminho ladrilhado exatamente da mesma forma como o que dava para a entrada da casa, este dava acesso a garagem.
Acho por bem dizer-vos algo sobre mim, o meu nome é Blayane, mas os meus amigos chamam-me Blay. Tenho o cabelo pintado de lilás mas a cor natural dele é castanho escuro praticamente preto tal como os meus olhos. Sou baixinha e magra. Como disse antes estou quase a atingir a maior idade, estou com 17 anos. Vou começar o meu primeiro ano na universidade, talvez por insistência do meu pai e vou estar a tirar o curso de representação. A minha melhor amiga é a Demilyn mas eu chamo-a de Demi. Tenho bastante dificuldade em demonstrar sentimentos e por mais que os sinta acabo sempre por ser rude e magoar as pessoas. Sou um pouco teimosa, orgulhosa e muito sarcástica.
- Blay. - O meu pai chama-me.
- Sim. - Respondo de imediato olhando o mesmo.
- Eu sei que não te disse antes, não sabia como irias reagir. - Ele começa sorrindo para mim. - Então a Anne tem dois filhos, acabas de ganhar dois meios irmãos.
Esperem... O quê ? Assim do nada, sem um copo de água antes ?
Mas era só mesmo esta que me faltava, como se não fosse suficiente esta mudança repentina na minha vida ainda vou ter de agregar dois pirralhos irritantes a perturbarem-me a beleza que já não é muita.
- Mas é que só pode ser uma brincadeira, uma brincadeira de muito mau gosto. - Afirmo num resmungo olhando o meu pai enquanto cruzava os braços.
- O nome deles é Gemma e Harry. - Ele afirma ignorando completamente o que eu tinha dito.
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Stepbrother/ Harry Styles fanfic
FanfictionBlayane achava que estava melhor sem ninguém, que poderia se virar sozinha e ser feliz dessa forma. Harry por outro lado, escondendo bem, só queria viver um amor. #203 lugar em fanfic -> 3/03/2017 #117 lugar em fanfic -> 4/03/2017