Collecting Fears

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"Vcs são umas lindas, só isso que falo, espero que gostem desse capítulo, ta grandinho e leiam com atenção pq tem mt coisa importante...  Outra coisa, tudo que está escrito aqui foi postado no Nyah ano passado no começo do ano, por isso perdoem meu português e meus errinhos daquela época!! Beijos gelados!"

***

Entrei correndo pela casa e não me dei o luxo de dizer oi.

Meu coração doía, dizendo que o que aconteceu era errado.

Vivendo de cicatrizes, eu vou coletando medos enquanto adentro o quarto branco de Jack, fechando a porta logo em seguida.

Pareço uma criança de novo, me escondendo do mundo como se isso fosse fazer algum efeito.

Eu quero esconder a verdade, eu quero proteger, mas isso já não é possível. A única protegida de mim é a Anna, e é assim que quero que continue.

Que bagunça Jack fez.

Que bagunça ele fez em mim.

Pego no sono deitada na cama do qual o beijo ainda formigava em minha boca fria.

Não me deixei chorar, não choraria por isso.

Eu pensava que não, pelo menos, mas lágrimas e dor eram algo inevitável, e eu não entendo o por quê.

Adormeço apenas até ser acordada por uma batida na porta.

–Será que eu posso entrar? - a voz acolhedora e ansiosa da Anna ecoava do outro lado da porta.

Olho ao meu redor, enquanto eu dormia o quarto inteiro foi tomado pela minha neve.

–Anna, acho melhor eu ficar sozinha.

–Olha - ela parece calcular as palavras - todo mundo perde algo, todo mundo quer sair do mundo as vezes, eu sei pelo o que está passando. Apenas... Me deixe entrar.

Não adianta. Já fechei portas demais para a Anna.

Destranco a porta e a deixo entrar, fechando-a logo em seguida.

–Tudo vai ficar bem. - ela diz simplesmente, enterrando sua cabeça em meu pescoço gelado, me abraçando com braços e palavras.

–Eu não queria...

Ela solta-se de mim e me olha irônica.

–Ah, claro que não queria, até porque ele é do tipo que força a garota a colocar sua boca na dele - ela ri - ele não precisa forçar ninguém a beijá-lo, garanto. - ri de novo.

A encaro sem expressão, mas seu riso me deixa sem saída, seu riso me faz sorrir.

–Pensei que você estava aqui para conversar seriamente comigo, e não fazer piadinha.

–Mas se eu não fizesse "piadinha" - ela simboliza aspas nos dedos - como que você ia rir?

Rimos, mas rapidamente meu mundo cai de novo.

Meu sorriso se desfaz, como sempre.

Me sento na beirada da cama e olho para lua na janela.

Anna senta-se ao meu lado.

–Linda né? - pergunta observando-a também.

Desvio o olhar, depois olho de novo.

–Sim.

–Tão grande, mas ao mesmo tempo tão pequena. - ela faz um gesto com a mão cobrindo a lua e depois como se a estivesse pegando. - e tão longe de conseguir ser alcançada.

Not so different, After all (Jelsa)Onde histórias criam vida. Descubra agora