Os Agentes da A.P.T.

Na Austrália

(Visão do Jason)
   Após deixarmos todos nos devidos países, o que demorou para cacete, fomos para a Austrália parando numa base que temos lá, eles já sabiam do esquema todo: quem procurariamos e até já tinham falado com os pais do rapaz e eles permitiram, não sei se o muleque está sabendo, mas espero que sim, faço a mínima ideia de como explicar e o André não gosta de falar muito então né!
   Saímos da base com o endereço do rapaz, nome, tudo bonitinho num papel, André ficou com o mesmo e saímos para a faculdade que ele estudava. Ele tinha um quarto lá, nem sei como vamos entrar lá mas André da seu jeito.
   Chegamos lá e, como planejado, André deu um jeito nisso usando sua persuasão fez todas as pessoas que trabalhavam lá deixarem a gente passar. O número do quarto dele era o 56D, lá na puta que pariu, que ruim, o nome dele é Henry, falaram que ele é muito observador e muito, mas muito inteligente, vai ser um saco ver uma conversa dele com o André... Será que ele vai ser o substituto do André?
   Passamos por todo aquele lugar gigante e chegamos na porta dele, pelas informações ele estava no quarto mesmo, bati uma vez na porta e ele não atendeu, bati de novo e ele não atendeu, odeio quando fazem isso velho, puta merda:

Jason (batia na porta freneticamente): Henry cacete, abre isso que nós sabemos que você está aí!
Henry (de dentro do quarto falou alto para que eles escutassem): Não quero abrir.
André (ele afastou Jason da porta que não ouvia pois estava batendo com força na porta): Henry, somos da associação, você deve estar sabendo já sobre isso!
Henry (ele não tinha ouvido, tinha ouvido uns murmúrios): Não estou afim.
Jason (impaciente como sempre): Usa a persuasão com ele, já demoramos meio século para chegar até aqui, não quero demorar outro século para voltarmos para casa só porque esse muleque mimado não quer sair dessa porra desse quarto nem pra falar com a gente!
Henry: Eu não sou mimado.
Jason (olhou para a porta furioso): Isso você escuta né?
André (olhava para a porta, cogitando a possibilidade de usar a persuasão): Não acho bom usar meu poder, ele tem que ir por livre e espontânea vontade...
Jason (andava de um lado para o outro): Cara, eu também sei ser persuasivo usando meus poderes, tenta convencer ele, se você não convencer eu vou entrar a força, porque tivemos que vir pra cá? Pensei que todos eles já haviam concordado!
André (deu de ombros olhando para a porta): Talvez nos mandaram aqui para você parar de querer ter as coisas de imediato...
Jason (revirou os olhos e parou ao lado de André): Ok, ok, vai, tente e boa sorte!
André (confirmou com a cabeça como alguém que diria "boa sorte"): Henry, estamos aqui pela A.P.T, você deve ter recebido nossa carta.
Henry (ele começava a ficar mais interessado): E o que que tem?
André (Jason Observava atento para ver o que o garoto faria): Então, queremos conversar, seus pais já estão sabendo eu suponho e nós queremos sua ajuda, o escolhemos pois você foi o mais inteligente que conseguimos encontrar e precisamos de sua ajuda para nossa associação pois pessoas como você nasce uma em um milhão, você é um prodígio e não queremos que seu talento seja disperdisado com empregos comuns, queremos que você venha conosco para proteger esse planeta e o universo...
(Tudo ficou silencioso por um tempo, Jason ficou imprecionado com as coisas que André falou, com a forma que ele usou para convencer o muleque a sair daquele quarto)
Henry (chegando mais perto da porta): Sei de onde vocês estão é que estão aqui para que eu ajude vocês, mas eu não sei se serve pra mim!
(Jason ia começar a falar mas foi interrompido por um tapa em sua boca dado por André)
André (cruzou os braços ainda olhando para porta): Sei que parece assustador, para nós também foi, perdemos nossa vida, nossa vida comum, com coisas comuns, decidimos trocar para uma vida mais agitada, com responsabilidades gigantescas mas... Não nos arrependemos dessa escolha...
(Ele olhou para Jason, olhou indicou com a cabeça que era para ele falar algo)
Jason (ele entendeu o recado e começou): A sim, sim, eu perdi uma vida muito boa, minha família era rica, bem rica, troquei festas por batalhas, troquei minha casa confortável por um quarto mas não me arrependo, nunca me arrependi, se você soubesse das coisas que eu sei, das coisas que eu fiz, dos títulos que recebi pelos meus feitos pelo universo a fora, das pessoas que eu protegi, só de lembrar das pessoas sorrindo após terem sido salvas e ficarem seguras, te revigora!
(Henry pensou durante um tempo, tentando considerar essa possibilidade, mas achou que não seria uma boa)
Henry (se afastando da porta): Não... Não acho que seja uma vida pra mim!
Jason (já puto com aquele comportamento daquele muleque): Quer saber? Chega!
André (olhou Jason ficando infurecido): Jason, calma, violência não vai ajudar!
Jason (arregaçando as mangas do casaco que ele usava): Não vou usar violência, vai ser persuasão!
(Jason encostou na porta com as duas mãos e a desintegrou, Henry estava perto da porta e ficou assustado com o que Jason fez, André fez um sinal de negativo com a cabeça observando o que Jason fazia)
Jason (olhou para Henry e sorriu de lado, se divertindo com a reação dele): Viu o que fiz com a porta? É o que eu faço com meus inimigos quando estou muito puto com eles, você não quer acabar como essa porta né? Bom, eu também não quero te fazer ficar como essa porta, então vamos evitar esse tipo de opção, e sabe como evitaremos? Você parando de ser um muleque mimado e chato e vindo com a gente!
(Henry olhava e observa as coisas que ele falava, ficando um pouco intimidado, após ele terminar continuou parado)
Jason (abaixou as mãos, ainda com o mesmo olhar e sorriso): Então, virá conosco?
(Henry concordou com a cabeça e se virou começando a arrumar suas coisas para sair, Jason virou de costas para o quarto e olhou para André vitorioso esperando que o mesmo falasse alguma coisa)
André (revirou os olhos com as mãos no bolso na calça, olhando o menino arrumar suas coisas): Tá, parabéns, você conseguiu...
Jason (sorriu orgulhoso e colocou as mãos atrás da cabeça): Obrigada!

(Visão da escritora)
   Não demorou para Henry se arrumar e sair com eles para fora do campus é, logo depois, sair do seu país. Henry não falava muito e observava os dois que foram falar com ele, tinha um pouco de medo deles mas pensava sobre as coisas que eles falaram, das pessoas que ele poderia salvar entre outras coisas que eles disseram...