Na Alemanha

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(Visão de Caio)
   Estamos na Alemanha, Tábata não para de falar de como esse lugar é bonito e de quantas vezes ela já quis conhecê-lo, foi nossa caminhada toda dela falando da História do lugar entre outras coisas, nunca vi ninguém mais viciada do que ela na Alemanha, mas deixei ela falar, às vezes não ouvia muita coisa mas só concordava.
   Depois de muito tempo andando pela Alemanha, nos lugares possíveis que nos deram que eles poderiam estar não encontramos nada. Eles são de uma base espiã especializada em camuflagem, sua base é muito escondida e não estamos conseguindo encontrar, está bem complicado achar esses dois irmãos mas acho que ter dois espiões na equipe pode ser algo bom, nossas investidas sempre eram descobertas o que atrapalhava muito, ter integrantes que já saibam dessas coisas vai facilitar muito nosso trabalho.
   De madruga ainda continuavamos na batalha da busca pela base secreta bem secreta super secreta, mas eu já estava desistindo:

Caio (andava pelo beco junto de Tábata, com suas mãos pegando fogo para iluminar o caminho): Tábata, eu já tô de saco cheio dessa merda, amanhã continuamos!
Tábata (andava atrás dele, queria convencê-lo de continuar): Calma, vamos tentar só mais um pouco, eu acho que podemos estar perto!
Caio (virou de frente para ela): Tábata, chega, vamos voltar para o quarto na base é voltamos amanhã!
(Quando Tábata ia retrucar viu um volto passando atrás de Caio)
Caio (percebeu o susto que ela havia tido e ficou meio preocupado): O que houve?
Tábata (olhou para ele preocupada e meio sem reação): Tem alguém atrás de nós!
Caio (ele levantou as mãos mais alto e aumentou o fogo para tentar ver melhor o tal beco que eles estavam e viu duas pessoas correndo ao redor deles): Não é só uma pessoa não!

(Visão da escritora)
   Eles ficaram de costas um para o outro e, quando fizeram isso, Caio levou um chute na sua costela do lado direito caindo no chão. Quando Tábata se virou para ver o que tinha acontecido algo acertou seu rosto de baixo para cima fazendo ela cair de costas no chão ao lado de Caio, ela olhou para ele meio assustada.
   Caio se levantou mas, antes que pudesse se posicionar, levou outro chute nas costas caindo no chão de cara. Tábata ficou meio surpresa e assustada, logo ela se levantou e fechou os olhos tentando se concentrar nos sons do local, suas aulas de meditação que apuraram seus sentidos ajudavam nessas coisas, já que seus olhos poderiam enganar preferiu confiar na audição, logo começou a aliviar passos em sua direção, parecia ser um homem pela largura entra às passadas, quando sentiu ele chegar mais perto abriu os olhos e, com seu braço direito defendeu o bastão que ele usava, desarmou o mesmo puxando o bastão para si com força, girou e bateu com o bastão no pescoço dele fazendo a respiração ficar falha e mais difícil, ele teve que parar para voltar a sua respiração normal:
–Caio, fogo, agora!
   Disse Tábata para Caio, ele obedeceu e fez uma grande bola de fogo para iluminar o local, quando ela viu as pernas da pessoa que lhe atacará abaixou e girou com as pernas esticadas par derruba-lo no chão, quando ele estava caído no chão ela tentou subir por cima dele mas ele girou para o lado.
   Caio fazia a bola de fogo ficar num lugar fixo e se levantava, mas antes que pudesse levantar levou um soco forte no rosto do lado esquerdo, mas ele não deixou passar barato, agarrou o braço que tinha lhe acertado e puxou para perto segurando com a outra mão o pescoço e percebeu que era uma menina, por não querer machuca-la continuou segurando o braço dela mas a virou de costas para ele e colocou o braço dela totalmente para trás deixando ela imobilizada, logo a encostou no chão de barriga para cima e segurava as pernas dela para que ela não pudesse usar a força delas para sair da imobilização.
   Tábata olhou para ele saindo girando e tentou agarrar ele pela blusa mas não deu, se levantou o mais rápido que deu, ele recuperou sua arma e voltou a querer ataca-la, mas Tábata foi mais rápida em seu ataque, chutou a arma dele para longe, como ele não estava segurando ainda de uma forma boa que não teria como alguém tirar de suas mãos ela voou longe, seu bastão de madeira rígida. Quando ela viu que ele tinha se distraído pela sua arma ter voado aproveitou para acertar ele no rosto com um soco forte e certeiro, aonde ela tinha concentrado toda sua força. Ele caiu no chão meio sonso, ela tentou imobilizar ele mas, com suas pernas juntas, em um movimento rápido e forte, mirava o chute em sua barriga. Ele acertou, como planejado ela caiu com tudo no chão, quando ele se levantou pronto para concluir seu ataque ouviusse uma voz alta e profunda:
–Basta!
   O rapaz imediatamente se virou para trás, que era de onde a voz vinha, e fez a reverência de abaixar seu tronco e ficou assim, a luz da bola de fogo feita por Caio a algum tempo atrás iluminava: um homem todo de preto, que cobria seu rosto com um chapéu:

Tábata (ia andando até ao lado do rapaz que a atacou): Quem é você? Tá maluco? Se queria atacar a nós atacasse você mesmo!
(O Rapaz e a menina olhavam para Tábata como se ela estivesse ficado louca)
Caio (se levantou e ajudou a menina a se levantar): Me desculpe por pegar pesado Mia, não sabia que era você!
Tábata (olhou para trás ficando confusa): O que?
Homem (ele chegou mais perto com duas malas): Esses são Mia e Charles, os dois espiões que decidiram ir para a A.P.T., queria só testa-los e que eles soubessem do que vocês eram capazes, mas sei que pegaram leve, você Tábata nem usou seus poderes.
Tábata (olhou para Charles e voltou a olhar o Homem a sua frente, deu de ombros): Não vi necessidade...
Homem (ia andando de costas, voltando a sombra): Cuide bem deles e ensine a eles o quê e realmente ser um herói...
(Tábata olhou para Caio sem entender nada e os dois mais novos pararam de fazer reverência)
Caio (levantou os braços em forma de rendição): Não me pergunte, não sei de nada!
Charles (tirava sua máscara e a poeira de sua roupa): Você não achou necessidade de usar seus poderes? (Tábata se virou pra ele) Eu sou tão ruim assim?
Tábata (se sentiu culpada por ter falado aquilo): Não, não... Não é que você seja ruim, eu só tenho mais experiência... Mas eu cheguei a cogitar usar, você é bom eu admito, mas eu queria saber melhor suas capacidades!
(Charles olhou para ela e ficou mais animada pelo que ela disse)
Caio (com as mãos nos ombros de Mia, conduzia ela para frente): Vamos logo pra base, eu quero dormir!

(Visão da escritora)
   Tábata se sentiu bem culpada de ter falado aquilo, mas era a verdade, ela era boa em luta corpo a corpo e achou que, para alguém tão jovem ele estava muito bem. Mia não tinha falado muito durante o caminho, talvez também estivesse bolada pelo que tinha acontecido.
   Eles retornaram a base para descansarem o restante da noite que daria.

Os Agentes da A.P.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora