Mrs.sadistic night(LIVRO 1)

Capítulo 2: Ao contrario

" Meu vinho dos deuses, sopro do amanhã,
Dizes que me queres, diz o que tens.
Me diga então, Por que me deténs? 
Se eu sou uma flor, se sou o amor quem guia-me para ser quem serei amanhã?
Diga-me flor, diga-me flor."

Eu cantarolava isso enquanto colhia, agachada, umas flores no jardim.

-Hum... Então você canta...- disse ele ao meu lado, aparecendo repentinamente como sempre.- E que bela voz você tem, pena que ninguém além de mim pode escuta-la agora.-

Me levantei e  comecei a andar para longe dele, ele segurou o meu braço mas eu me soltei.

-Ora ora, por que está agindo dessa forma hoje?- ele sorriu. -Será que você está pensando na proposta que lhe fiz?-

Eu parei. Claro que não! Me virei para ele e o encarei com todo meu ódio.

-Que pena!- ele disse quando eu me virei para ir embora.- Estava pensando em dar uma saída hoje com você.-    

-Não, não! Eu sinto muito! Não foi por querer!- comecei a me desculpar com ele. Eu quero muito sair daqui. 

-Você entende bem as coisas, não é?- ele se virou.-Vamos logo! Vá trocar de roupa! Coloque aquele vestido que lhe dei!-

Ele desapareceu.

Que vestido? Fui correndo até o meu quarto e vi qua havia um vestido lendo em cima da cama. Ele tinha um decote bem curto e era preto, aberto nas costas e longo. Ele realmente gosta dessas coisas... Fazer o que? É tão lindo. Não posso não usar ele. Assim que eu vesti ele me senti livre de novo, mesmo tendo sido ele quem me deu. 

-Você está linda!- ele disse deitado na minha cama.-Me dá vontade de deixar você ir embora, mas o seu cheiro me impede de fazer isso. Você é o meu belo pássaro preso em minha gaiola.-    

Aquilo me deu vontade de tirar o vestido e devolver, mas se fizesse isso não iria conseguir sair daqui.

- Sabe o que eu pensei ontem a noite?-ele perguntou agora sério. -Que você poderia virar a minha mulher se você quisesse.- 

-O quê? Por que está me dizendo isso agora?- 

-Não sei! Só estou comentando!- naquela hora ele pareceu a pessoa mais solitária do mundo e mesmo eu odiando ele senti vontade de abraça-lo. -Mas, claro que você teria que me dar seu sangue constantemente, afinal não iria conseguir me segurar.- 

Agora perdeu todo o encanto. Ele era um idiota mesmo. Pelo menos poderia tentar ser romântico.  

-Eu não sou romântico porque eu não preciso disso!- 

-Até porque você só vê mulheres como alimento!- ele fez uma cara azeda e sorriu.

-Você tem razão, mas por algum motivo não te vejo só como alimento.- ele apareceu na minha frente e me puxou para ele. -Você está linda nesse vestido, quase não consigo me conter!-

Ele cheirou o meu pescoço e eu empurrei ele. Ele só ficou me olhando com um sorriso idiota no rosto.

- A gente vai ou não?-perguntei de costas para ele.-Que horas são?-

-Meia noite!-  

-O que vamos fazer à essa hora da noite?-perguntei espantada. 

-Tenho que me encontrar com os meus irmãos e não pretendo ir sozinho!- 

-Mas, por que você tem que ir?-  

-Porque se não eles vêm aqui!- ele começou à ir em direção da porta.- E não quero eles na minha casa!- 

-Por quê?- ele se virou para mim e sorriu.

-Quer saber, acho que eu estou com um pouco de sede!-  Ele me abraçou. -O que acha de eu me saciar antes de ir?-  

-Tudo bem! Afinal, quem se importa?- ele sorriu mais.

-Ué?! Não vai negar e tentar escapar?-Eu desviei o olhar dele.

-De que adiantaria? Ninguém vai me escutar e sei que você gosta!-  

-Ora ora, você é a primeira que aceitou seu destino, só falta virar uma vampira e me dar seu sangue para sempre!-  

-Nunca! Isso nunca vai acontecer!- falei firme. Ele sorriu e lambeu meu pescoço.

-As coisas podem mudar, minha querida!- Ele me mordeu mais uma vez, só que não usou tanta força, eu diria que foi até macio para uma mordida. Acho que estou enlouquecendo para estar pensando nessas coisas. Ele parou e me olhou um pouco, então senti algo como um beliscão no meu pescoço.

-Só estou marcando meu território, não quero meus irmãos atrás do seu sangue!-   

Me senti um pouco zonza por causa do sangue tirado de mim, mas ainda consegui me sentir quente com ele dizendo isso. Então ele não quer que os irmãos fiquem olhando para mim... Ele sorriu e me soltou.  

-Vamos! Agora estou cheio de energia!- ele segurou na minha mão. -Esta vai ser uma noite inesquecível para você!-

Fomos numa limusine preta. Eu nunca descobri quem é que dirige essa limusine. É um mistério, quer dizer, mais outro. E ele mesmo morando numa mansão, odeia lugares grandes demais. Então quando viu a mansão de seu irmão ficou irritado. Ela era três vezes maiores que a dele. Quem abriu a porta foi aparentemente um dos irmãos dele. Ele era lindo mas tinha o mesmo olhar sádico que o irmão.  

- Vejo que trouxe uma convidada, irá dividi-la conosco hoje?- perguntou o irmão que abriu.

( A imagem acima é a Ally!)