Capítulo 25: A morte dói.

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-É realmente horrível que ninguém desconfie de mim e do que vou fazer. Você não vai ser salva desta vez.-falou ela andando para lá e para cá com a vela.-É realmente horrível...que você não tenha entendido ainda.-

-Do que está falando?-perguntei irritada tentando parecer forte.

-Sabe que vela é está?-perguntou segurando um riso. Ela está realmente adorando tudo isso.-No seu sonho, esta foi a vela que se manteve acesa, bem, até que você apagou ela.-

-Eu não apaguei a..-

- O estúpido Gusty, a pequena Foxy, o idiota do Light e o inofensivo Mon, sério? Esses iriam ser os vampiros "fortes" na qual eu iria casar futuramente? Idiotice!-disse ela rindo irônica.-O Hill até dava para o gasto, mas os outros irmãos não me chamaram atenção em nada. Não lembro de nem metade dos nomes dele. Bem, o Hill era o melhor dos candidatos,sabe? Eu casaria com ele e viraria rainha antes de encontrar a descendente daquela mulher e...bem, mata-la como vou fazer agora mas eu realmente não esperava que você fosse virar a noiva do Hill, virar vampira, ser a rainha oficial do futuro e a ter a marca da tal mulher mais pura além de...-

-Como você tem certeza que sou a descendente? Que provas você tem?-perguntei interrompendo-a.

-Eu tenho que explicar tudo mesmo?-reclamou suspirando e parando de andar.-Primeiro, quando te vi percebi algumas semelhanças com a pintura da maldita mulher, o rosto, os olhos,sim, principalmente os olhos; depois com o seu nome, claro, de Elaistair para Ally não tinha tanta diferença assim; você tinha medo de mim. Eu te assustava como uma coruja assusta uma minhoca. Foi realmente divertido; e por último, foi aquela ilusão que fiz que deixou tudo muito óbvio, você realmente desmanchou quando te toquei, afinal, eu sou mais forte e é isso que acontece quando tem uma diferença muito grande de poder entre as rainhas.-

-Mas... isso é impossível. Na minha família ninguém é... ninguém é...-

-Não é necessário ser vampiro ou ter parentesco com um para ser descendente daquela mulher.-ela riu e me deu uma rasteira. Eu caí com força.

-Por que me derrubou?-

-Porque eu posso fazer isso agora. Nossa. Como eu quero te matar, mas antes, eu preciso apagar esta vela. É tão fácil, né? É só eu apagar a merda da vela.-

-O quê?-gritei.-Não! Você não pode fazer isso!-

-Eu posso sim.-

-Não! Espera! Você já não é princesa de Stroffe?-

-Esse lugar não existe. Eu inventei essa princesa para desviar a atenção dos idiotas.-

-Mas, eu achei que...-

-Esqueça isso! Agora...-ela respirou fundo para soprar a vela.

-Sério, eu não sei porquê mas estou com uma mal pressentimento quanto a isso. Você não pode apagar a vela!-

-Opa, foi mal!-falou ela soprando a vela.-Fácil, né?-

Fiquei esperando algo horrível acontecer mas nada aconteceu, nadinha.

-Bem, agora tenho que manter você nessa janela, com a luz dessa lua e no escuro.-

Ela apagou todas as velas que iluminavam o corredor e sentou em cima do criado-mudo. Eu realmente não sabia o que dizer e tinha aquela sensação de que algo muito ruim estava prestes a acontecer.

-Por que não olha mais para a janela?-ela riu. Eu fiz o que ela pediu, mas não porque ela pediu e sim porque eu realmente queria dar uma olhadinha a mais.

A lua estava enorme. Não sei se era algum tipo de ilusão mas senti realmente como se pudesse tocar a lua, como se pudesse me tornar parte dela.

-O-O que deveria acontecer agora?-perguntei sem desviar o olhar da lua.-Ei?-

Ela não estava mais ali.

De repente me lembrei de que estava no escuro. No escuro assustador e solitário.

Preciso sair daqui, rápido. Não conseguia mover as minhas pernas e eu queria muito voltar a encarar a lua mas... e se algo assustador saísse desse escuro para tentar me pegar? Não, não, não. Isso é o que a arquilliana quer que eu pense, eu não posso ficar com medo e também não posso mais olhar para a lua. Só esperar até que alguém apareça ou tentar ir embora daqui.

-Fique aqui comigo...-sussurrou a mesma voz do meu sonho e, novamente, não senti necessidade de olhar para o lugar de onde vinha.- Eu vou te proteger de tudo. Venha, a criança malcriada não vai conseguir mata-la se me aceitares.-

Não, não, não. Se eu ficar aqui mais tempo vai acontecer como a Arquilliana quer, mas...e se ela estiver enganada e, na verdade, eu ser a mais forte? Quem sabe, se eu virar rainha posso acabar sendo mais forte que ela, vou poder finalmente parar ela.

-Isso mesmo... Podes! Com o meu poder tu serás indescritívelmente forte, ninguém será capaz de machuca-la.-

-Você é a Elaistair?-perguntei. Me sentia de uma forma familiar com a voz dela.

-Sim e não.-respondeu.-Uma parte de mim é, de fato, pertencente ao espirito Elaistair mas a outra parte é você. Sou feita por uma metade sua e outra metade a qual você também é pertence. Eu sou você e você sou eu.-

-Isso não é muito convincente.-respondi sorrindo um pouco. O que é isso? Me sinto nostálgica. Me sinto... em casa.

-Olhe para mim. Veja-me.-a voz dela se afastou do meu ouvido. Eu virei meu rosto para o lugar onde deveria estar a minha sombra, devido a luz da lua mas o que eu vi não era a minha sombra.- Você é parte de mim, e eu te aceito. Me aceitas?-

-O que acontece se eu...?-

-Tu irás se tornar uma vampira completa. Terás a necessidade de sangue, não apenas matará humanos como também beberá de seu sangue.-disse com os olhos semi-abertos. Ela tinha o rosto bem bonito. Seus olhos me lembravam um pouco os meus, lembravam a correnteza de um rio. Ela vestia um vestido branco com um capuz e não escondia as marcas vermelhas do corpo, iguais as minhas. Assim como a Arquilliana descreveu na história.

-Eu...eu não sei se quero...-

-Alguns humanos gostam de morrer-disse ela calma.

-Mas eu não quero morrer, nunca quis morrer, nem quando era humana.-

-Nunca fosses completamente humana.-disse ela abrindo os braços.-Me aceite. Ao matar humanos estará lhes dando liberdade e poderá ajuda-los a encontrar a paz.-

-Mas, não dói? -

-Tu odeias humanos. Lembre-se do que viu e sentiu, eles merecem essa pequena dor.-

-Mas...eu...-

-Só precisas lembrar.-sussurrou ela aparecendo de repente ao meu lado e falando no meu ouvido. Ela tem razão. Se ela sou eu, então eu estarei aceitando a mim mesma, qual é o problema disso?

-Exatamente.-murmurou ela me abraçando enquanto fazia carinho no meu rosto.-Venha, me abrace, retribua, minha pequena.-

Eu a abracei de volta e realmente me senti muito bem comigo mesma fazendo isso.

-Agora repita o que eu disser.-

-S-Sim.-

-Eu te...-

-Não, Ally! Pare com isso!-gritou uma voz.

Oiee, pessoal!
Quanto tempo,né?

Espera aí! 5K de visualizaçoes? ! Isso é... Isso é... ISSO É INCRÍVEL!

Muito obrigada, sério. Eu juro que achei que não ia passar de 3K, mas olha só, fui surpreendida:P. Quando eu vi 5K eu, literalmente saí esfregando na cara do meu pai, da minha mãe, da minha avó, minhas irmãs (todas elas), minhas amigas e pro resto do mundo.

Obrigada por me proporcionar essa alegria de saber que eu sei fazer algo. Hehe XD

Mrs.sadistic night(LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora