Mrs.sadistic night(LIVRO 1)

Capítulo 19: Clã flameuno

-Light, pare com isso!-falei.

-Você não sabe do que ele é capaz Queen. Ele quer destruir isso tudo que construimos.-disse o Light avançando um pouco mais em direção ao Gusty e a tal Foxy. Ele pareceu mais seguro perto dela mas continuava com o rosto assustado.-Eu vou mata-lo antes que faça algo muito ruim, e essa praga também.-

-Você não costumava me chamar de praga quando éramos crianças.-disse a tal Foxy desembainhando a espada devagar.

-Calada!-disse irritado. Ele puxou a espada que carregava nos ombros e desembainhou ela. O Hill continuou ignorando a situação e quando tentei me levantar para acabar com aquilo ele me segurou.

-Melhor não.-sussurrou para mim. Ele riu.-Deixe que se resolvam.-

-Mas eles estão tentando se matar.-

-Exatamente. Quando um deles morrer vai estar tudo resolvido.-disse calmo e com um sorriso de canto.

-Eu não quero lutar com você Light.-falou ela ainda hesitante.-Só se afaste do meu príncipe, por favor.-

-Sinceramente, não me importo com seu príncipe mas também não quero lutar com você. Abandone ele!-

-Isso não vai dar certo, vamos ter que lutar mesmo.-disse ela com pesar.

-Ninguém vai ceder? Que pena.-murmurou o light da mesma forma que ela. Os dois se posicionaram e a Foxy fechou os olhos respirando fundo, aquele gesto fez o Light ficar hesitante.

-Vamos embora Foxy.-sussurrou o Gusty. Ela o ignorou e, por algum motivo, o cabelo dela começou a pegar fogo.

O Light foi o primeiro a atacar. Ele tentou dar uma rasteira nela mas ela saltou desviando e sem abrir os olhos. Ela chutou a barriga dele e o pressionou contra o chão pondo a espada no seu pescoço.

-Pronto para desistir?-perguntou ela abrindo os olhos. Ele bufou irritado.

-Sua guarda está aberta!-gritou chutando a cintura dela fazendo com que ela voasse até a parede.

-Foxy!-gritou o Gusty. Tenho certeza que ele iria ajudar ela mas parecia assustado demais para mexer um músculo sequer.

-Light, para com isso!- Ele se virou para mim e sorriu de lado. Ele caminhou até ela e pegou a espada dela.

-Você era melhor na espada quando éramos crianças.- Ele pôs a espada no pescoço dela e se preparou para mata-la. Ele vai fazer mesmo. Consegui ver a expressão de terror no rosto do Gusty.

Eu não posso deixar isso acontecer. O Gusty está tão assustado que me lembra como eu fiquei quando vi meu pai na cama. Eu...Eu posso impedir isso, certo? Eu posso...

-Pare de tentar matar eles!!!-gritei com toda a minha força, bem, quase toda, não se usa força para gritar. Ele soltou as espadas e pôs as mãos no ouvido como se estivesse doendo, caiu de joelhos e continuou com as mãos no ouvido. O Hill e o Gusty também ficaram assim, só a Foxy pareceu normal e se levantou correndo na direção do Gusty.

-Então assim que é a ordem de uma rainha...-murmurou o Light com um sorriso forçado. Ele respirou fundo e se levantou com muito esforço.-Você é mesmo a rainha...-

-Nunca pensei que fosse doer tanto.-murmurou o Hill no mesmo tom que o Light. O Gusty continuou respirando fundo.

-Por que isso aconteceu?-

-Você é a rainha, suas ordem são absolutas, nós não temos o direito de negar.-disse o Light.

- E se negarmos você pode fazer o que você fez agora.-disse  o Hill.- A clemência, esse é o nome. Não sabia que já havia dominado isso.-

-Nem eu. Mas, por que não funcionou nela?-perguntei surpresa com aquela informação.

-Eu não sou uma vampira completa.-disse ela ajudando o Gusty a se levantar.- Eu tenho um pouco de sangue vampiresco mas a outra parte do meu sangue é demoníaco.-

-Demoníaco? Existem demônios?!-

-Atualmente, eles foram banidos da terra mas, sim, existem.-falou ela.- O clã Flameuno é o único clã que tem a mistura de vampiros e demônios hoje em dia. Nós não temos pai nem mãe, nascemos de uma mistura desses dois sangues num corpo humano morto.-

-Isso é...-Acho melhor não terminar essa frase.

-O clã dela nasceu bem próximo aos vampiros da realeza para nos proteger mas parece que os pais desse garoto colocaram uma "coleira" nela que a faz servi-los. Por falar nisso, cadê a sua coleira Foxy?-disse o Light já recuperado.

-O Gusty me libertou.-

-Então por quê ainda protege ele?-

-Porque ele me salvou e eu devo a minha vida a ele.-disse ela irritada.-Não vai mais tentar nos matar?-

-Você ouviu a ordem da Queen, não posso mais.-disse o Light irritado também.

-Ótimo!-falou ela se virando de costas para ele.

-Ótimo!-falou ele fazendo o mesmo.

-Ally, venha comigo.-Disse o Hill me puxando o Gusty ficou me encarando até que eu saí e fechei a porta.-Preciso lhe contar o resto da historia.-

Ele me levou até o quarto dele e pediu que eu me sentasse na cama com ele.

-Tem mais algo sobre o meu pai que você saiba?- perguntei me sentando. Acho que eu já quase confio nele depois de tudo isso.

-Tem muita coisa que sei sobre ele, mas isso poderia fazer você querer vingança e isso não seria muito bom,  não é?-

-Vingança?-

-É... Existem muitas coisas que podem levar você a morte, entre elas a vingança é a mais provável.-

-Você está dizendo que eu posso morrer?! Mas eu achei que vampiros eram imortais.-

-Vampiros não são imortais, só são difíceis de matar. O jeito mais fácil de nos matar é usando a vingança e o descontrole. Se você se descontrolar sua morte é certa.-

-Não estou entendendo.-falei. Eu já quero vingança contra o tio dele há muito tempo.

-Eu vou te contar exatamente o que aconteceu mas você vai ter que me prometer que não vai querer vingança depois, só estou lhe contando isso para a sua segurança já que ele virá atrás de você com certeza.-

-O quê?! Mas eu... não posso prometer isso...-murmurei e ele ficou me encarando. Ele matou o meu pai, por que eu não tentaria fazer o mesmo com ele como vingança? -Tudo bem... eu prometo.-

Nunca pensei que eu fosse mentir. A marca, eu já tinha até esquecido dela, pulsou e cresceu um pouco.

-Tem  certeza?-Perguntou ele e eu concordei. Ele suspirou e me puxou para perto dele pela cintura.-Eu sei que você está mentindo. Isso é errado Ally, você não pode mentir para mim.-

-O que? Eu...-

-Não gosto que mintam para mim, eu leio mentes, eu sei. Agora quero alguma coisa em troca.- Ele me apertou mais e me beijou, mas dessa vez foi com força e demorado. Ele pôs a mão na minha cabeça e ficou mexendo no meu cabelo.

-o que está fazendo?-

-Lhe dando um laço.-disse rindo. Por que ele chama de laço? Eu não entendo, mas esse não é o problema aqui. Ele continuou mexendo no meu cabelo e me beijou de novo.

-Sabe uma coisa que me intriga?-perguntou sorrindo.- A sua boca chega a ser tão macia que às vezes eu esqueço que estou te beijando e me perco um pouco.-