-Para mim é a mesma coisa, você só não pediu a minha permissão. Eu sei que mesmo que eu negasse você faria. A diferença é mínima.- falei puxando a minha mão de volta. Ele pareceu não gostar daquela resposta.
-Que seja. Cadê a sua princesinha?-falou ele frio.
-Ela desapareceu ontem. Eu estava olhando para ela e ela sorriu para mim antes de sumir.-
Ele sorriu para mim olhando para o meu cabelo.
-Então o que é isso pendurado no seu cabelo?-perguntou ele. Eu olhei para uma mecha do meu cabelo e lá estava ela, pendurada e quase caindo.
-Não sei como você chegou aí pequenina mas deixa que eu te ajudo.- Pus o meu dedo embaixo dos pezinhos dela e ela desceu devagar e desastrada. Extremamente fofa.
O Hill ficou olhando e sorrindo. Qual é a graça? O Hill percebeu que eu estava olhando para ele agora e sorriu como se achasse normal.Ele é muito... muito... muito retardado!
-O que foi? Por que está rindo?-perguntei emburrada.
-Nada, nada!- falou se virando para ir embora. Já? Só isso? Não estou reclamando, nem nada, mas ele nem bebeu o meu sangue direito.
-Já vai?-
-Quer que eu fique?-ele perguntou. Eu desviei o olhar e bufei.
-Nem morta!- falei. Ele riu e foi embora mesmo. Como sempre. Olhei para a princesinha.
-Temos que dar um nome para você.-murmurei. -Que tal... Liss? É um nome bonitinho!-
Levantei a minha mão até a cabeça e ela subiu no topo. Ela é bem folgada também. Ok, vamos ao jardim. É o único lugar que eu gosto aqui.
" Você sempre gostou de terra, né filhinha?" a voz do meu pai ecoou na minha cabeça. Já faz um ano e eu ainda estou triste. Ainda lembro dele, na cama com a voz fraca e devagar.
-Florzinha... venha cá...-falou ele com aquela voz fraca. Eu me dirigi até ele e me sentei ao seu lado. -Lembra... quando nós... fomos a aquele... parque...?-
-Lembro...-falei quase chorando. Mesmo eu, sabia que aquela provavelmente seria a sua última conversa comigo.
-Você ria...tanto... e você cantou... naquele pequeno palco e... todos aplaudiram...-ele tossiu. Uma tosse seca. -Cante... para... mim...-
Eu comecei a chorar.
-Ei... se você chorar... sua voz... vai ficar... ruim...-ele sorriu limpando a minha lágrima. -É o meu... último... desejo...-
" Por favor..."
Foram as suas últimas palavras antes de morrer. Por algum motivo, aquela musica que eu cantei era a musica que eu havia criado para ele no dia dos pais quando eu tinha 12 anos. Perdi o meu pai com 16 anos, e perdi a minha liberdade com 17, o que falta eu perder?
Quando cheguei no jardim, peguei o meu avental e comecei a regar as plantas como sempre. Essas flores fazem esse lugar parecer puro e gentil, nem sei se é ou não, mas sei que o lugar não tem culpa de nada. Talvez realmente aqui seja um lugar puro e lindo, mas quem vive nele é o contrario.
-Talvez você devesse cantar para elas...-falou uma voz.
-É... talvez sim...-respondi... QUEM ESTÁ AÍ?! Olhei para o rosto da pessoa e vi que era o Light. -Ah! É você... O que faz aqui?
Ele não respondeu, só sorriu.
-O Hill não está comigo!-falei me abaixando para regar o resto das flores.
-Que pena! Então vou embora.-ele tirou o chapéu e se curvou para mim. -Brincadeirinha. Vim ver a Lady!-
-O quer comigo?-perguntei sem nem olhar para ele.
-Gostaria de tomar um chá com a Lady.- Ele falou. Eu soltei o regador no chão e fui buscar mais terra.
-Não temos chá!-falei carregando o saco de terra até as plantas. Ele pegou o saco para me ajudar e colocou do lado das flores. -E não tenho tempo!-
-Eu tenho chá e posso lhe ceder um pouco de tempo.- ele falou rindo. olhei para ele. Ele não parecia ter alguma intenção ruim por trás daquilo.
-Tudo bem!- suspirei.
-Não se deixe levar Ally!- falou o Hill aparecendo na minha frente.-É um truque que ele usa para roubar as noivas dos vampiros menores.-
O sorriso no rosto do Light desapareceu e o rosto de frustração tomou lugar.
-Você estragou o meu joguinho. Isso me irritou!-
-Sabe o que vai acontecer se tentar ir contra mim.-falou ele num tom sombrio.
-Sei, sei. Como se eu me importasse...-ele se virou para ir embora mas antes olhou para mim de relance. -Eu cuidaria melhor das suas coisas se fosse você. Além de mim existem mais querendo pega-la e eu não vou desistir.-
-Vai logo!-O Light riu de novo.
-O seu rosto está péssimo!-falou antes de ir.
Ele desapareceu e deixou uma carta de coringa no chão.
-Não encoste na carta! É outra armadilha!-murmurou ele. - A partir de agora não confie em ninguém além de mim!-
-Mas...?-
-Entendeu?- gritou ele. Ele nunca havia gritado comigo, o que está havendo? Eu assenti. Ele se virou para mim e a sua cara estava realmente péssima.
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Mrs.sadistic night(LIVRO 1)
VampirNão existe a inocência. Você aí! Você mesmo! Você pode ser algo que nunca esperaria de si mesmo, pode ser algo que amaldiçoa e que, até mesmo, odeie. Ela foi pega. O culpado? O destino. Um vampiro agora diz que ela é sua dor, diz que ela é sua huma...