Poema 5 - Sete Sentidos

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Se me pedires para partir, eu parto...

Mas com lágrimas no coração.

Se quiseres que eu fique, eu fico...

Basta agarrares a minha mão.

Se quiseres que eu telefone, eu telefono...

Nem que seja, por uma simples satisfação.


Mas esquecer não esqueço,

Pois não sou obrigado a tal.

Apenas aceito, o que me é dito

Constantemente pelo meu peito.

E neste momento,

Ele diz-me para te amar!

Mas contrario-o!

Pois desde tempos remotos até ao presente,

Ele não sente!


Mas algo me diz,

Que por mais que seja assim

Ainda sinto algo em mim,

Algo de diferente e sobrenatural.


Não sei o que é,

Nem nunca vou saber!

Mas os meus sentidos guião-me.

Não cinco, não seis,

Mas sim os sete sentidos

Sem os quais não vivo.


O primeiro será o paladar,

Para sentir o gosto de te beijar.

O segundo será o tecto,

Para sentir o teu corpo ao te tocar.

O terceiro será a visão,

Para a tua beleza poder apreciar.

O quarto será o olfacto,

Para o teu perfume poder sentir ao te tocar.

O quinto será a audição,

Para te ouvir chamar.


O sexto e o sétimo, são um mistério de conjugar,

Pois não se dão bem!

E nunca se sabe em qual deles

Se poderá confiar.

O sexto sentido, do pressentimento e da razão

E o sétimo, o coração!


São opostos, por completo.

Mas mesmo assim,

O coração domina a razão,

E fico assim!

Preso a ti,

Louco por ti,

Rendido a ti!

E ajoelhado perante de ti,

Para te dizer,

Que algo assim nunca senti,

Prometendo-te um amor sem fim.

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