Poema 24 - Dedicatória do Viajante

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Viajo por estradas

Por horas infinitas

Continuo sem saber

Tudo aquilo que tu sintas


E em becos e ruas escuras

Contendo à própria dor

Nascem emoções alegres

Que me fazem lembrar amor


E tu no pensamento

De quem para longe foi

Continuas sem saber

O quanto a alma dói


Mas agora te garanto

Que por mais injusta que sejas

Essa tua imperfeição

Realça a beleza que emanas


Já corri o país

De lés-a-lés, sul, centro e norte

Pois assim sou feliz

Ao encontrar a minha própria sorte


Vejo assim na perspectiva

Da vida e de meus amores

Que embora tivesse muitos

Mais que tu não houve maiores


Ando assim perdido então

Vendo assim a vida minha

Ando para cima e para baixo

Subindo e descendo colinas


Estou longe, rasguei ventos

Muito longe, que tormentos

E se longe vivo assim

Assim te pergunto aqui:

Como vou viver sem ti?


Eu não sei a tua resposta

Nem a vejo em teus olhos

Mas só espero que sejas longamente

A dona de meus sonhos


Viajo contigo em sonhos

Pensando em ti me vou

Por tanto te amar

Já não sei onde estou


Já vivi a teu lado

Uma história normal

Mas para mim todo o momento

Contigo é especial


Que vontade de gritar

E dizer ao mundo o que sinto

Soltar um rugido de amor

Para veres que não minto


Se pudesse ao mundo

Dizer o quanto te amo

Podes crer que até gritaria

Nem que fosse passagem de ano


Mas o facto é que não posso

E assim te escrevo então

Dizendo-te mais uma vez

Que é teu o meu coração


E portanto sendo eu

Um amante platónico

Para além de sonhador

Digo-te nos olhos

Que é teu o meu amor


Estas são as palavras

Que nunca te disse então

São apenas marcas

Cicatrizes de um coração


E terminando assim

O que acabo de contar

Digo-te que para mim

És mais do que possas imaginar




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