Poema 31 - Dilemas

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Que dilema tão dúbio

Aquele em que vivo

Com sensações mútuas

De calor e de frio


Que dilema tão estranho

Aquele que em ti vivo

E que perante meus olhos

É quase etéreo


Que dilema este, deveras complicado

Que me obriga a pensar

Que escolha hei-de tomar

Se ficar sem ti, ou ao teu lado


Que dilema maldito

Não me deixa ouvir o coração

Nem posso acreditar

Na minha decisão


Que dilema este, que me tortura

Vivendo assim sem ti

Sofrendo de algo que não conheço

E que para mais não tem cura


Que dilema este

Um dilema de amor

Entre um sim e um não

Permanece um talvez que causa dor


Estes dias, quentes para mim

São tão frios assim

Vivendo entre duvidas

Que não sei se terão fim


Dilemas e duvidas

Que surgem nas entrelinhas

Só tu é que não ouves

As preces que são minhas


Dilema de amor

Que aviva e destrói

Um coração cheio de dor

E que mesmo alegre ainda dói


Dilemas e filosofias

De uma vida e um amor sem fim

Dilemas que quero esquecer

Mas que me lembro, pensando em ti


Dilemas de amor

Coisas que nunca vi

Que causam tristeza

E dão vontade de ficar ao pé de ti


Dilemas que não esqueço

Mas que na conclusão

Confundem o meu coração

Desde o começo


Dilemas que acabo

Por fim de contar

Não sei o que dói mais

Se ficar sem ti, se te amar


Dilemas que num momento

Parecem inexistentes

Em certas e determinadas horas

Se tornam permanentes


Dilemas, dialectos e até filosofias

De um pobre coração

Que entre certas utopias

Ficam por fim na tua mão


Dilema que instiga

Como um pequeno lampejo

Dilema que me indica

Que é a ti que desejo


Dilema de uma vida

Sofrida e só

Onde tudo o que te diga

É que de mim tenhas dó


Dilema intrigante

Que acabo definitivamente

Dilema provocante

Cujo o fim não tem certamente


O dilema de uma vida

Que atenua o meu coração

Dilema esse que agora

Por fim, chegou à conclusão




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