Anahí.
Eu fiquei ali parada, sem me mover acho que por muito tempo não sei.
Eu o observava, estava tão melancólico com tudo que havia dito que simplesmente não pude resistir o abracei.
O abracei tão forte que não queria soltar mais, chorávamos um no ombro do outro, por tudo que ele havia me dito, por tudo que havíamos passado, por todos esses anos longe um do outro e por nosso amor que ainda resistia dentro de nós.
Eu o soltei lentamente e vi aqueles olhos verdes oliva me encarando, eu não podia dar a resposta que ele queria naquele momento e ele sabia disso. E então eu falei calmamente o que minha cabeça mandava dizer.
Por que se eu falasse com meu coração ali eu me entregaria para ele naquele instante, mas eu pensava pensar eu precisava colocar as coisas no lugar e resolver minha vida.
- Eu não sei o que te dizer na verdade, eu não esperava que você fosse falar tão abertamente assim, não imaginei que você fosse abrir seu coração como fez.
- Não nego Poncho, que quando você voltou eu fiquei confusa demais, meus sentimentos por você voltaram com força. Na verdade acho que nunca foram embora e sim eu também te amo muito e você sabe disso não vou negar e nem fugir desse sentimento, sabe que nunca amei outro como amei e amo você.
Mas só de amor o relacionamento não sobrevive, e no passado por mais que eu tenha quase todas as lembranças maravilhosas que compartilhamos juntos a única ruim ainda me assombra. E eu tenho medo sim, eu fiquei tão mal depois daquilo que não consigo ter confiança mais 100% em você. E depois de tantos anos Poncho peço que tenha paciência.
- E tem o Henry também, eu sou casada com ele e ele é uma pessoa tão boa, ele me ama tanto que eu chego a me odiar por estar aqui com você. Eu sei que você não tem culpa por eu estar casada nada disso, mas eu quero que você entenda o meu lado também.
- Eu preciso pensar Poncho, de verdade eu não posso te dar uma resposta agora para você . Eu preciso de tempo. – disse pegando na mão dele e o olhando com ternura.
Alfonso suspirou sabia que ela não largaria tudo por causa daquela noite, sim sabia que ela precisava de tempo e ele daria. Mas não iria deixa-la em paz.
- Eu vou dar o tempo que for necessário pra você Any, mas saiba que eu não vou desistir. Eu vou continuar aqui tentando te convencer que o melhor pra nós é estarmos juntos.
Aproximou dela e lhe deu um beijo apaixonado intenso, ficaram por minutos ali sentindo o toque e os lábios um do outro. Poncho estacionou o carro em frente a casa de Any, daria o tempo dela iria pra casa de sua mãe e ali ficaria até o final de semana passar.
Anahí sabia que precisava pensar mas vendo ele parando o carro e indo embora , sentiu um aperto em seu coração que fazia tempos que não sentia. E no momento de sensatez decidiu.
- Sei que tem que ir embora, que tem sua mãe e precisa vê-la, e eu preciso de tempo também. Mas não quero que vá fique comigo o final de semana todo? – disse com voz embargada.
Poncho olhou pra ela com os olhos em lagrimas, a abraçou e a beijou. Dando vários selinhos.
-Eu não vou, se você quiser eu não vou nunca mais, mas eu realmente preciso passar na minha mãe, mas eu volto daqui a pouco – disse todo sorridente.
-Esta bem eu estou te esperando – beijou e saiu do carro.
Alfonso saiu com carro, pensando no que ela havia proposto e não deixaria essa oportunidade passar. Teria mais uma chance de provar a ela que podia confiar nele e no amor que ele sentia. Passou rapidamente em seu apartamento pegou algumas roupas e foi ate a casa de sua mãe.
Havia alguns familiares na casa de Ruth e isso fez com que ele demorasse um pouco mais do que gostaria, muitos de seus tios e tias não o viam há alguns anos. Não queria ficar mais um minuto ali mas não faria aquela desfeita com sua mãe.
Resolveu mandar uma mensagem a Any.
Pon: Estou aqui ainda, tem algumas tias minhas me prendendo =(
Any : kkk tudo bem, eu estou esperando não vou dormir rs.
Pon: Acho bom mesmo por que se não vou ter que te acordar, logo estarei ai linda. Beijo.
Any: ok te esperando Beijo :)
Ruth observava seu filho mexendo no celular, estava com uma carinha boa sabia que tinha acontecido algo bom em relação a Anahí. Se aproximou dele com cuidado e disse.
- Pode ir onde você esta ansioso para ir meu filho, eu seguro todos aqui - disse segurando sua mão.
- Tá tão na cara assim que não quero ficar aqui? Me desculpe mãe – a abraçou.
- Não me importo vá, que eu cuido de todos aqui.
- Ok Te Amo tchau. – disse indo correndo até a porta da sala.
Anahí estava jogada em seu sofá, pensando em tudo que tinha acontecido nesses últimos dois dias que ela e Alfonso haviam passado. Sabia que estava cometendo uma loucura, passar o final de semana todo com Alfonso só deixaria as coisas ainda mais complicadas em relação a ela e a Henry.
Mas ela se via presa a ela de uma forma que não tinha como escapar, daria o final de semana pra ela e pra Poncho se curtirem. Queria isso mais do que tudo . Resolveu tomar uma ducha rápida e colocou apenas um robe, não demorou dez minutos tocava sua campainha.
Desceu correndo parecendo uma colegial, quase tropeçando em suas coisas no meio do caminho. Abriu a porta e sorriu ao vê-lo
Estava segurando uma caixa vermelha, flores e vinho. Sorria que nem um tolo, dei um pulo em seu colo que fez todas as coisas caírem no chão.
Prontamente ele me segurou e nos beijamos apaixonadamente, fechou a porta com o pé e foi me segurando até meu quarto. Eu estava a deriva, loucamente e apaixonadamente perdida por aquele homem.
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Um Amor pra vida toda | Tema: AYA
RomansaÉ como dizem um amor duradouro precisa ultrapassar as barreiras do tempo. Anahi e Alfonso se conhecem a vida inteira, namoraram durante a adolescência, noivaram mas antes de subirem ao altar uma "traição" abala o relacionamento e decidem se separar...