Redenção - Vol. 1

vinte ✽

(não é o ultimo capitulo ainda, muita calma knsknsk) 

Capitulo Vinte -

Ravenna

O Time 

Meus tios insistiram em me acompanhar até a estação policial. Ambos concordaram que eu ainda não estava totalmente segura após o ataque surpresa. Mas, eu alguma vez já estive realmente segura? 

- Irão me esperar aqui? - Questionei, preparada para exitar o carro.

Da cadeira do motorista e do passageiro, negaram com vozes estridentes.

Observei os dois saírem do carro entusiasmados. Tio John vestia sua jaqueta de couro favorita, a mesma que uma vez fora de meu pai. Já o tio Bobby, desfilava abertamente com sua blusa listrada, muito parecida com os vestimentos antiquados dos prisioneiros. 

Mentalmente grunhi com a cena, minhas bochechas corando ao seguir o par até o pátio policial.

- A vida inteira fugindo e agora estou me aliando a eles.

- É por uma causa nobre. - Tio John racionalizou. 

- Eu achei loucura. - Tio Bobby informou. 

Parei de andar, e nem o som da minha respiração pesada conseguia afogar os meus pensamentos berrantes. Não demorou muito para os dois homens perceberem a minha falta e logo após, expressões preocupadas se estamparam em suas faces.

- O que houve, Enna? 

- Loucura. Isso daqui é loucura. Como eu poderia por a minha vida e de minha família em risco por um garoto que eu mal conheço? Isso daqui não é remotamente problema meu, não devo nada ao Travis.

Meus olhos se alagaram com lágrimas e o meu coração começou a apertar de uma maneira inexplicável. 

Tio Bobby se aproximou, colocou as mãos sob os meus ombros e proferiu, - Faz o que deixaria os seus pais orgulhosos. 

Seus olhos revelaram toda compaixão do mundo, mas as suas palavras me fizeram engolir em seco. 

Apesar de seu "emprego", meu pai era um homem justo, acreditava em segunda chances e era uma pessoa boa em geral. E mesmo com o estilo de vida que o meu pai proporcionava, minha mãe continuava a enxergar a vida por olhos puros. Ela o amava por quem ele era e conseguiu se manter forte em meio de problemas. 

Eram os meus melhores exemplos,  não queria decepciona-los. 

Expirei, estalando os meus dedos.

- Vamos acabar com isso logo.  

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Ao entrar no estabelecimento, a conversação alta e constante, tornou-se sussurros baixos e mal escondidos. Conseguia sentir os olhares julgadores que me fora lançado por muitos, mas foquei os olhos na expressão simpática e relaxada de Judith.

Caminhamos até nos encontrarmos num meio, frente a frente. Estávamos a uma pernada de distância, até ela inesperadamente se aproximar mais, puxando-me para um abraço.

Demorei para reagir, devido à surpresa, mas eventualmente retornei o carinho. Mesmo não sabendo o porquê do afeto. 

Retraímos e notei o alívio em seu rosto.

- Esses são os meus tios. John e Bobby. - Minha voz saiu abafada e restringida. 

Tio John a cumprimentou com um pequeno aceno. Enquanto isso,  tio Bobby a encarava admiravelmente. Não o culpo, Judith realmente parecia estar mais bonita do que a ultima vez em que a vi.