Não Quer Acreditar

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Minha boca se mexe enquanto conto a história para Luce, e Hadria confirma com acenos de cabeça. E os outros contam detalhes importantes que não podem ser deixados de lado.

À cada palavra, Luce fica mais aterrorizada. Ela me olha de um geito estranho; seu rosto já branco se tornou mais pálido ainda.

Bem... Também me sentiria desse jeito ao descobrir que existe uma fada macabra que quer pegar um amigo meu. E também solucionamos, que os alunos mortos na Ford devem ter sido à mando dela, para ver se algum pode me substituir no plano. Bem, acho que não pode, mas também acho que ela teve a ideia de mata-los para conseguir força. Cada detalhe era essencial contar de ser colocado em questão.

No final de toda a história Luce me olha, com um sorriso sarcástico.

- Está zoando com minha cara, Holt? - ela pergunta.

Me sinto atingido com o que ela fala. Como eu poderia brincar com algo assim?

- Não, Luce, não estou - digo indgnado.

- Não - Hadria se manifesta. - Não poderiamos brincar com isso. Tem pessoas morrendo nisso tudo.

- Escuta, tá pensando que eu vou acreditar nessa baboseira toda? - Luce faz um sinal de desprezo com as mãos. - Fada? Uma coisa assim está perseguindo você, Holt? Olha, se não quisessem que eu soubesse, poderiam ter inventado uma desculpa melhor.

- Não estamos inventando nada, é essa a verdade - insisto.

- Está sendo fictício, Holt. Por que isso seria a verdade? - ela pergunta.

- Luce... Não julgue ainda, vamos prestar atenção. - diz Liam, sua voz meio falhada. Pela primeira vez eu sou grato por ele ter falado alguma coisa. Mas é estranho ele estar disposto a ouvir tudo isso.

- Não - Luce diz. - Vou julgar, sim. Escuta, vocês são meus amigos e não querem me contar a verdade do por que se afastaram? Isso é psicótico, um problema que deve ser tratado.

- Mas eles estão falando a verdade - diz Ana, impaciente.

- Quem me garante que eles te acharam em uma mansão? - Luce pergunta a Ana. - Quem me garante que vocês já não eram amigos deles e estão fazendo isso apenas para não revelar nada pra ninguém, seja o que for que vocês estejam tramando?

- Luce... - suspira Liam.

- Pr que essa é a verdade - diz Cara, interrompendo Liam.

- Não me conveceu - diz Luce.

- Escuta, pouco importa se conveceu ou não - James se manifesta no assunto. - Está é a verdade; se não quer acreditar não podemos fazer nada.

- Tá então. Se vocês estão fugindo tentando descobrir coisas sobre essa tal fada, por que Harry não está com vocês? - pergunta Luce.

Me impressiono. Esquecemos de contar o que havia acontecido com Harry.

- Ele... Ele está com a fada - diz Hadria. Sua voz falha ao se lembrar de Harry.

- Há tá... Por que ele estaria com ela, se ela é perigosa? - O tom de Luce transmite deboche. - Quem me garante que ele não está com Taylor porque ela era o rostinho que todo mundo amava na Ford?

- Por que ela quer o Holt - Hadria fala. - Ela precisa de alguém cujo o nome tenha H. Ela está com Harry, mas ela não vai mata-lo, pois ele não é eficiente como Holt é.

- Se ela é uma fada que está matando todo mundo, por que Holt não foi atraído para a teia dela? - Luce pergunta. - Vocês estão tentando me enganar.

Meu Deus! As perguntas de Luce nunca acabariam?

- Não estamos, Não - diz Trevor entre dentes. - Já falamos, tem uma caracteristica que protege o Holt, e ela é o fato eu ser gay, que foi algo diferente na vida dele, que serviu como uma espécie de escudo ou sei lá.

- Colocaram nessa história sem pé e nem cabeça até o fato de você gostar de homens? - diz Luce, com uma risada sarcástica. - Sério, precisam melhorar a história.

- Não estamos apelando para nada. Se nãoquer acreditar, dê o fora daqui! - diz Kaya irritada.

- Hadria, vi você tirando coisas da mochila de Taylor. O que era? - pergunta Luce.

- Era um caderno de anotações da Taylor, e um broche cheio de pó que pode matar pessoas - Hadria responde.

Luce sorri novamente.

- Há, quer saber, já chega - diz Cara.

Ela leva a mão até o bolso e pega o broche dentro de um bolso e tenta encontrar algum bicho no chão para poder mata-lo usando o pó da morte mas antes de podermos identificar algum, um homem de terno e olhos verdes aparece à alguns metros de nós.

Cara para de procurar algum bicho, e então olha para o homem, calmamente, uma fúria silenciosa em seus olhos.

Luce, no entanto parece assustada com a figura.

- Bem, acho que agora vai conseguir acreditar - digo, olhando para ela. Seus olhos exibem pavor.

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