O Hospital De Antes

22 1 0
                                    

- Vai la tudo bem? - uma enfermeira pergunta.

O Sonterern Miluarde não parece nenhum pouco com o Sonterern Miluarde.

Esta...  belíssimo.

Um verdadeiro hospital.

Ele é cheio de cor e vida...  quer dizer...  Não é muito adequado usar a palavra vida...  pois está cheio de pacientes que precisam ser curados...  Mas ele está bem. Não é a ruína de hospital que achamos.

- vou visitar o paciente do quarto 30. - diz uma mulher idosa de cabelos pretos e rosto enrugado para um médico.

-  por aqui. -  o médico responde.
Uma moça correndo passa pelo meu corpo,  mostrando mais uma vez que não sou Real nessa visão que estou tendo...  bem melhor dizendo: é apenas uma visão.  Sou Real, ela nao.
Esta acontecendo na frente de meus olhos.

- tem uma paciente está em estado grave. Seu cavalo tombou e ele bateu a cabeça em uma árvore. Esta desacordado, temos de agir.-  diz um médico de aparência jovem. Ele corre com uma pessoa em cima de uma maçã vermelha.

- temos de agir logo para ver se ele possue algum dano cerebral. - uma enfermeira falou.

Me afasto dali.

Várias pessoas atravessam meu corpo como se eu fosse puro vento.

Estou no terceiro andar. Reconheci pelas portas e janelas.

Começo a andar pelos quartos,  Mas não me julgo a avançar em todos em alguns outros estão acontecendo cirurgias, o que acho estranho para o ano em que isso está acontecendo,  Mas não consigo pensar nesse balanço de tempo.

Vejo os nomes em alguns do formulários de uma enfermeira.

Paciente: Bettie
Causa da presença: acidente de carro.
Capotamento.
Precisará de cirurgia urgente.
...

E existe mais detalhes da paciente.
Não entendo.

Por que aqueles fantasmas decidiram se tornar amigáveis agora?

E por que estariam me mostrando isso?

Qual o propósito?

Desço correndo o andar de baixo.

Segundo andar.

Esta muito corrido.
Pessoas atrás de pessoas.
Enfermeiros, pacientes, médicos, parentes...

E mesmo não podendo ser notado,  acho melhor não ficar nessa área agora.

Desço para o primeiro andar.
A recepção.

Chego lá e simplesmente não reconheço o local.

Existe um chão brilhante e reluzente.
Cadeiras vermelhas acolchoadas. Uma recepção bastante alerta a tudo e muito corrido.

Não existe nem se quer indícios de poeira.

A aparência talvez fosse um dos motivos por que esse hospital era muito movimentado e cheio de pessoas a procura.

Uma moça loira grisalha atende na recepção.  Ela está mexendo em várias espécies de formulários e papelada. Cada minuto vem pessoas a pergunta de alguma coisa.

Os parentes,  médicos,  Enfermeiros...
Essa moça devia ter uma vida muito agitada.

E então...

Então...

Então...

Não acredito

Simplesmente não posso acreditar.
Uma garota entrou na recepção.
Uma garota loira e de pele clara. Deitada em uma maca desajeitada.
Se um dia seus olhos possuísse cor, não teriam mais.

É...

É...

É Taylor.
Taylor.
É ela.

Ali, Deitada naquela maca.
Ela está provavelmente desacordado.

Um enfermeiro está conduzindo ela.

- precisamos levar ela rapidamente para o segundo andar. - o enfermeiro diz

- o que ela possue? -  a recepcionista pergunta

- foi transferida de hospital.  Esta com gripe espanhola. O outro hospital não conseguiu dar um jeito na doença. Foi mandada para cá. - o enfermeiro diz

- então rápido...  levem ela la pra cima. - a recepcionista diz.

Eles a levam para cima.
Vejo a ficha que a recepcionista esta analisando.

Taylor Alison Swift.
Paciente com gripe espanhola.
Transferência de hospital.
Doença em estágio grave.
Tratamento...

Não consigo visualizar mais alguma coisa pois a enfermeira fechou o formulário e se encaminhou para o segundo andar.

Tento pegar a ficha de Taylor,  Mas minha mão atravessa ela.

Não consigo toca-la.

Então sigo correndo o enfermeiro que leva a maca de Taylor.

Eles a colocam em uma sala no segundo andar. Sei que foi uma sala que nao entrei.

Ela está lá.

Deitada em uma cama.
Desacorda. Totalmente pálida e horrível.

Chego a colocar a mão em minha boca, pois essa Taylor está muito diferente da Taylor que conheci.
O enfermeiro já foi embora.

Agora são dois médicos que ficam conversando sobre ela,  ali desacordada.

- ela não vai sobreviver.  Gripe espanhola é muita grave. - diz um dos médicos.

- ela pode ser útil antes da morte. Se ela for morrer, seria bom que quando ainda viva, fosse usada para alguma causa. - diz o segundo médico
Os dois se olham.

- acha que ela pode servir para nosso uso? - pergunta o primeiro médico.

- se for feito rápido sim. - diz o segundo

- então vamos usa-la? - pergunta o primeiro

- sim. - responde o segundo

- mas para qual função? - pergunta o primeiro.

- bem...  Ela é jovem.  A de rejuvenescimento lhe cairia bem. E seria útil. - responde o segundo.

Os dois se olham

- bem, teremos de usa-la em um dos rituais. - diz o segundo.

Claridade (Em Reforma)Onde histórias criam vida. Descubra agora