A Chegada Do Vulto

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Os meus pés deixam marcas pelo chão coberto de poeira.

Estou de novo dentro do hospital, junto com os meus amigos menos Kaya, que está com Nick e a inconsciente Isabela.

Luce e Liam estão conosco também, investigando o local. Agora acreditam realmente em tudo.

Acho que no tempo em que conversei com Nick foi explicado para eles o porque Isabela estava em coma, quem eles eram e... Mais coisas sobre a fada e etc. Tudo sobre o que estamos fazendo.

Eles pareciam assustados, mas ''abriram'' os braços para aceitar esse novo mundo.

Estamos de novo na sala de papéis e registros, verificando se tem mais coisas que nos ajudem.

Até agora achamos apenas registros de outros pacientes que não são Taylor.

Acho isso um grande desperdício. Tem mais andares e outros lugares para ivestigarmos e tentar achar algo, mas ao invés disso estamos aqui, verificando pilhas de papéis.

Já verifiquei o de um cara que morreu atropelado por uma carruagem; achei isso tão estranho, morrer atropelado por uma carruagem. Tem também o de uma mulher que foi atacada por lobos... Mas isso tudo é lixo. Não nos ajuda em nada.

- Acho que vou verificar um andar acima - suspiro.

- Espera só um pouco, amor, vamos só verificar mais algumas coisas aqui, e então subimos com você. Não vamos deixar que suba sozinho, é perigoso - diz Cara.

- Bem... Ok então - suspiro, embora não goste de ter que esperar os outros terminarem os afazeres.

Minha perna está dormente, deve ser pelo grande tempo em que fiquei sentado de apenas um modo, sem me mover.

Me levanto.

- Vou pegar um ar - digo, embora ninguém preste atenção.

Saio da sala onde todos estão se empenhando em achar algo. Até Luce e Liam, que mal acabaram de chegar e de conhecer toda a história misteriosa que envolve minha vida.

Atravesso o portal quase todo destruído e me encaminho para o saguão de entrada.

Empoeirados e com estruturas horríveis ali perto, existem quadros.

Muito antigos, posso dizer.

Tem o de uma mulher sentada em uma cadeira vermelha, com as mãos uma sobre a outra, estilo Mona Lisa.

Cabelos caracolados caem sobre os ombros; ela tem um sorriso odioso. É Horrorosa. Tem cara de barata.

Ao lado existem outros quadros, de homens, crianças, adolescentes, garotas animais... Bem, enfim, todos são feios, mostrando muito bem que poderiam ser uma família com raiva.

Não entendo.

Por que estariam ali? Qual o propósito?

O antigo dono do hospital que escolhera? Ou eram apenas para decoração? Se fosse, servia apenas para assustar os pacientes.

Mas...

Meus pensamentos atordoados param.

Ao longe da porta do quarto, onde todos estão verificando pilhas de papeis, eu vejo um garoto.

Sim, um garoto. Adolescente, cabelos, claros, olhos negros, pele branca...

Mas...

Ele... Ele parece não ser real. Não, não parece mesmo.

Ele... ele é como se fosse um daqueles fantasmas que vemos em um filme de terror.

Vejo coisas através dele, mas mesmo assim ele é visível, com uma luz prateada e azul que é seu corpo. Bem, se é que é um corpo, já que o enxergo perfeitamente.

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