Claridade (Em Reforma)

Uma Certa Palavra

Passo pelo banheiro. Hadria esta vomitando de novo.

Que estranho... parece que está tendo uma entoxicação alimentar. Estranho isso ter comecado hoje. E entao a tarde comeca a cair.

A manhã passou tão rápido. É nem tive tempo de aproveitar me concentrando naquele maldito anagrama.

Abro a porta.

Hadria esta agachados, vomitando na privada.

Bato na porta.

Toc toc.

Ela continua colando o vômito para fora e então depois da descarga e me olha.

- tem certeza de que está bem? - pergunto

Ela está enjoada um pouco
.
- estou bem... não tenho dor de cabeça ou corporal... só estou enjoada. Isso que é estranho. Eu estava muito bem ontem. - diz ela

- Deve ser algo inesperado. Talvez tenha algo aqui que não está te fazendo bem. Quando sairmos daqui temos que te levar ao médico. - digo

- apenas se seu estiver ruim ainda. Acho que é algo passageiro. É também não temos o luxo de nos preocuparmos com isso, com tudo isso nas nossas costas. - diz ela

Balanço a cabeça positivamente.

- ok. Quer que eu chame o Harry? - pergunto

- não precisa. Acho que vou tomar um banho e então começar a preparar o jantar com a Ana e a Kaya. - diz ela

- vou ver Cara. - digo e saio da porta do banheiro.

É incrível como não guardo ressentimento dela, por ter partido e arrancado meu coração e depois ainda ter pisado em cima com salto alto de bico fino.

E também nem lembro mais que gostava muito dela e da relação que tivemos.

Isso foi uma página que já foi virada. É a hora de escrever uma nova.

Me encaminho direto até o quarto.
Faz um tempo já que Cara está dormindo. Parece que ela caiu em um sono profundo e finalmente conseguiu descansar. O fino cobertor cobre os seus ombros claros.

  Sua respiração é lenta e seu peito sobe e desce a cada minuto de respiração.

Ela está tão linda. Até parece que não existe nenhum perigo em sua vida.
Me sento na beirada da cama e consigo ver a respiração lenta recomeçar novamente e os fios claros de seu cabelo caírem sobre o seu rosto quando ela meche o corpo para o lado.

Me curvo sobre ela é beijo sua testa.
E esse ato me acalma de certo modo, ao ver que ela está aqui, deitada em minha frente e segura.

E então decido deixar ela dormir um pouco.

Me levanto e meus passos chegam até a porta.

E então vejo o corpo dela levantando.
Com um bocejo ela espicha os braços e solta um bocejo.

- que horas são? - ela pergunta.

- já é tarde. - digo

Ela levanta as sobrancelhas e se levanta.

- fofo de sua parte me beijar. - diz ela

- Beijar não é algo que os namorados fazem? - pergunto

Ela sorri.

- sim. É. - ela diz

Então vai até a mesinha e verifica sua aparência.

Ela apenas arruma seu cabelo.

- alguma novidade no tal anagrama? - ela pergunta

- não. Eu e Trevor quebramos muito a nossa mente naquilo. Nas aulas pareciam ser fáceis. E agora parece a coisa mais difícil do mundo. - digo

Ouço um raio caindo e então o barulho de gotas de agua caindo no telhado da casa chique.

- parece que começou a chover. - digo

- pois é. - ela revira os olhos - parece que vamos ter que ficar mais de uma dia aqui. É uma boa casa... Mas isso não é vida e isso não é um lar. Temos que ir de volta para o nosso lugar. A nossa dimensão. - ela amarra o cabelo com um xuxinha.

- eu sei... também não gosto daqui, mesmo com todo esse luxo. Quero voltar. Provavelmente meus pais já inventaram mais loucuras para tentar me achar. - digo e me sento de volta na cama.

- pois é. E acho que existe apenas uma única possibilidade de sair daqui. - diz Cara.

!!!!!!

Não sei por que...

Realmente não sei...

Mas ao ouvir essas palavras de Cara me veio uma ideo na cabeça. Uma ideia que veio não sei de onde.

Uma unica possibilidade...

O mundo cai...

Única...

Mundo...

U... c...  n... i... a...

Forma Única.

Se encaixa...

Isso se encaixaria no anagrama???

Não sei por que pensei isso... Mas... se encaixa.

- repeti isso de novo. - digo

- o que? - Cara pergunta

- a última frase que você disse. - digo

- E acho que existe apenas uma única possibilidade de sair daqui. - ela diz

- isso... Única... - digo

- Holt? O que ouve? - ela pergunta.

- tive uma ideia para o anagrama... vem... - digo correndo e saindo do quarto