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-Sobre o que?
-É bem mais perigoso do que eu imaginava.
Eu não consegui dizer nada e algumas lagrimas rolaram dos meus olhos. Eu percebi que os olhos de Harry também marejavam.
-Quanto tempo nós temos? -perguntei decidida.
-Nah...-Harry hesitou.
-Quanto tempo? -perguntei novamente, dessa vez com a voz fraca.
-Algumas horas, talvez meio dia.
Assenti. Harry pediu para voltarmos e pegarmos as malas, deixadas no meio do aeroporto. Eu neguei, não precisaríamos mais delas.
Peguei em meu celular e comecei a tentar pesquisar alguns lugares bonitos. Se iriamos morrer, poderia ser em algum lugar bonito ao menos. Harry estava imóvel, ele provavelmente estava muito assustado. Achei que talvez, tudo que ele precisasse era um banho, ele parecia mesmo cansado. Pedi que ele entrasse num taxi e fomos até um hotel, um hotel jeitoso e bonito. Parecia mais uma casinha de boneca, tão perfeitinha. Enquanto Harry estava petrificado na porta do hotel, eu tentava falar com a dona, uma gentil moça.
-Por favor, só um banho. Nós não vamos demorar. -tentei convencê la.
-Tá, só uma hora e meia... No máximo. -ela finalmente cedeu.
-Muito obrigada. - agradeci em meio a pulinhos de felicidade. Nós entramos no quarto, e eu o tranquei. Harry ficava parado, ainda estava em choque.
-Está tudo bem? -perguntei me aproximando.
-Sim, eu t-tô bem -ele disse selando nossos lábios.
-Você está com medo? -tentei descobrir o porque de ele estar tão triste. -Não. -disse encarando o chão.
-Por que não me olha nos olhos? -deixei escapar, eu estava sentindo saudades dos olhos cor de esmeralda que me encaravam sempre com o maior carinho possível. Ele enfim me encarou. Seus olhos estavam num tom escuro de verde, transmitindo certa dor que partia meu coração. Eu não resisti ao desejo de beijá lo. Harry é meu pecado. Ele correspondeu ao beijo, que, de doce e calmo foi ficando mais selvagem.
Senti suas mãos na minha cintura a apertando e soltei um suspiro. Eu brincava com as mãos em seus cabelos até dece las até as costas.
Ele deitou me na cama e beijou me no pescoço. Eu sentia um arrepio a cada toque seu. Ele tirou sua camiseta dando me a visão de seu corpo tatuado, e no ombro, a tatuagem mais bonita, a nossa tatuagem.
Sorri ao ver que ele me encarava com um olhar tao inocente e tao pervertido ao mesmo tempo. Como é que ele consegue?
Ele pediu pra tirar minha blusa e eu assenti em meio aos seus beijos.
Ele estava em cima de mim, até que eu reverti o jogo. Fui para cima dele ferozmente, eu ansiava por mais dele, mais do gosto dele em minha boca, mais dr seu toque a me arrepiar. Eu o beijava até perder completamente o fôlego até que deixei que ele conduzisse, novamente a situação.
E como ele sabe conduzir bem as coisas. A cada momento me senti tão amada, tão completa. Ele beijava meu pescoço e sentia meus arrepios como se estivessemos conectados. Nossos corações batiam em um ritmo próprio, assim como nossa respiração.
Eu a ouvia, eu ouvia sua respiração ofegante, e quando ele bufava ventos quentes vindos de sua boca, perto do meu ouvido eu sentia meu corpo estremecer.

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