Lugar errado Hora errada!

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Chegamos novamente na cidade, Ber estava estacionando o carro, subi as escadas para entrar no prédio, senti uma mão sob meu ombro, me virei para olhar, é Lucas, ele agarrou uma mão em meus cabelos e a outra pressionou forte nas minhas costas, tentei me soltar me jogando para trás, ele mordeu minha boca e cortou, meu deus é muito sangue, será que está muito grande o corte? Ele me soltou e eu cai e bati a cabeça. Acordei em um tipo de fábrica, olhei para minha mão que estava presa em correntes, estava tentando me soltar quando ouvi uma voz,

- Tentar se soltar é inútil meu amor - Olhei para o canto, Lucas estava sentado me olhando.

- O que você quer comigo? - Perguntei gritando.

- Eu vi a aliança no seu dedo - olhei para minha mão.

- Cadê ela?? - Gritei de novo.

- Sabe o que eu quero de você meu amor?

- Não me chame assim!

- Você não vai se casar com esse cara, ele não te merece, eu mereço você, e se você não for minha não vai ser de ninguém mais!

- Você está bêbado? - Ele chegou se levantou e veio até meu ouvido.

- Você é minha agora, não vai sair daqui nunca, e se sair, eu te mato, e mato seu noivo também, adoraria matar ele... - Ele falou enquanto apertava minha bochecha. Chegou mais perto de mim e mordeu meu queixo - Isso é uma prova que você é minha, vou deixar muitas provas em você!

- Você é nojento! SOCORROOOO! - Gritei o mais alto que pude.

- Querida, você acha que eu sou estupido de deixar alguém te ouvir?

- Acho sim!

Ele me bateu, com força suficiente para me apagar por algum tempo.

- Alô? É da policia?

- Sim! Qual é sua ocorrência?

- Eu moro perto de uma fábrica abandonada, estou ouvindo muitos gritos la de dentro, não costuma fazer nenhum barulho por lá!

- Certo senhor, qual é o endereço?

- Rastreie minha ligação...

- Estamos mandando os carros!

- Obrigado!

Acordei meio tonta, tentei focar a visão, olhei para os lados e não vi ele, era uma boa oportunidade de tentar me soltar. Comecei a bater as correntes contra uma parede.

- Já disse que não vai conseguir se soltar - ele apareceu saindo uma sala.

- Eu nunca vou desistir de fugir daqui!

- Seu príncipe acha que você fugiu dele, não está atrás de você, não procurou a policia e nada, não vai ser ele a te salvar se você tem esperanças disso!

Era exatamente o que eu estava pensando. Lucas veio para perto de mim, eu estava usando uma camiseta, ele começou a desbotoar, comecei a me esquivar e tentar chutar ele, senti uma dor absurda no pé, ele parou quando ouviu um barulho muito alto, eram muitas viaturas, quando ouvi aquilo me aliviei, estou salva, Lucas tentou fugir, mais foi impedido por cinco policiais armados. Minha cabeça estava pesando muito, encostei ela no chão, um policial veio até mim e estourou a corrente com tiros, me pegou no colo e me levou para a viatura. Quando chegamos a delegacia pedi para me emprestarem um telefone, quando liguei para minha casa Bruno atendeu.

- Alô?

- Oi Bruno.

- Bianca??É você?? - ouvi um barulho lá, logo ouvi a voz de Ber na chamada, eu estava muito nervosa, fiquei tremula.

- Oi meu amor! Porque você foi embora? Eu te fiz algo?? - Ele estava com uma voz preocupada.

- Eu estou na delegacia, - Comecei a chorar - vem pra cá por favor.

A mulher que estava interrogando Lucas saiu da sala e veio até mim,

- Bianca não é?

- Sim...

- Pode me chamar de delegada Mendes. Você e Lucas Pettrrusky são conhecidos?

- Sim, namorei com ele minha vida toda...

- Sinto por isso, ele está sob efeito de drogas pesadas, sem contar o alto nível de álcool que o bafômetro registrou...

- Ele está chapado??

- Sim

- Pode ter alguma chance do que ele fez ter sido por causa das drogas?

- Sinceramente eu acho que não, ele está seguro de que era exatamente o que ele queria...

- E o que ele queria?

- Você.

- Claro... Ele me disse isso, falou que se eu não fosse dele não seria de mais ninguém!

- O típico ciúme, é a mais normal causa de assassinato... Bom, vou voltar para lá tenho que terminar o interrogatório.

- Claro.

Ela foi se afastando e entrou novamente na sala.Queria ver o que tinha acontecido com o meu pé, tentei olhar, tinham dois enormes cortes nas solas, ele deve ter feito isso para que eu não pudesse escapar... Senti vontade de ir ao banheiro e pedi ajuda para uma policial, quando chegamos lá me olhei no espelho, eu estou toda suja de sangue, cheia de machucados no rosto,não acredito nisso... Pedi para ela me ajudar a sentar novamente, ela é uma boa pessoa, me deu um cobertor, eu estava tremendo de frio, de medo, de raiva, enfim eu estava muito mal. Olhei para a porta e vi Ber lá, ele ainda estava me procurando com o olhar, para entrar na delegacia ele tinha que preencher um documento com seus dados. Ele me viu, colocou as mãos sobre a boca, eu estou toda machucada, nada mais normal de ele fazer... Ele pulou a portinha de entrada e veio correndo em minha direção, alguns policiais tentaram pega-lo a delegada Mendes os parou, Ber me deu um abraço muito forte, tentou me levantar, eu disse que não muito alto.

- Ela está com os pés cortados em baixo! - Disse a policial que me ajudou a ir ao banheiro.

- Te bateram meu amor? - Ele perguntou passando a mão em meus lábios.

- Não... ele tentou me beijar a a força, quando tentei fugir ele mordeu meu lábio e puxou.

- Quem fez isso? Quem teria coragem de fazer algo com você?

Exitei em responder, ele me olhou e perguntou de novo. - O Lucas. - Quando eu vi, ele estava fervendo de raiva, levantou e saiu andando para a sala de interrogatório, abriu a porta e foi em direção a Lucas, só consegui ouvir o barulho do soco, mais deve ter feito um grande estrago. Dois policiais tiraram Ber da sala, queriam o prender, a delegada disse que não e o mandou sentar comigo. Ele realmente me ama, eu estou com muita dor, ele me fez encostar a cabeça em seu ombro. Eu dormi. A delegada Mendes me acordou, estava ouvindo o que ela tem a dizer.

- Você sabe alguma coisa sobre a infância de Lucas? - Ela me perguntou.

- Não... Não sei nada.

- Eu comparei as digitais dele com o banco de dados da policia, ele não é um cidadão brasileiro. É russo!

- Como assim? Os pais dele moram em São Paulo.

- Os pais dele foram mortos em um confronto de máfias dois meses após seu nascimento.

- Ele foi viajar para São Paulo, na época que ele me traiu pela primeira vez, para ver os pais.

- Foi mentira dele. - Bernardo me disse.

- Vamos extradita-lo para Rússia, ele será preso lá, talvez lá seja condenado a pena de morte.

- Ele merece isso.

Bernardo me levou para um hospital para limparem meus ferimentos e fazerem curativos, quando acabaram ele me colocou no carro e fomos para casa. Deitamos juntos na cama e ele me abraçou, dormi rápido estava acabada.

Atrás do pedido perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora