Chefe Cretino

Bônus - Arthur Medeiros

Quatro anos detido! Malditos quatro anos sem a porra da liberdade, trancado numa cela. Eu estou no inferno literalmente.

Nesse tempo só pensei em minha amada e querida esposa, minha doce Alexia Alvarenga Medeiros. Meu beija-flor. Como sinto falta do seu cheiro, do seu gosto, de seu olhar doce para comigo. Espero que ela nunca tenha se esquecido de mim senão minha garotinha pagará muito caro por isso.

Me lembro como se fosse hoje o dia que conheci minha esposa, o dia que descobri o que é estar apaixonado pela morena...

Estava na porta de uma das minhas boates esperando meu irmão, minha cunhada e minha esposa. A noite estava fria e eu estava congelando, pensando em como meu casamento estava uma merda e que eu precisa urgentemente, me separar da minha esposa. Ela é uma vaca interesseira dos infernos e uma vadia sem coração.

De repente ouço a voz de uma moça que está na fila da casa noturna, discutindo com o segurança e querendo entrar. Quando paro para ver a dona aquela voz linda... Puta que pariu! Ela era uma negra alta, com os cabelos castanhos até a altura da cintura, corpo violão, pernas perfeitas para colocar em meus ombros e fuder duro, traseiro arrebitado. Ela estava de costas pra mim e estava vestida com uma porra de vestido justo, casaco e botas de saltos "me foda com força".

Quando essa morena, sentindo meu olhar sobre ela, virou-se e olhou pra mim... Agora eu estada perdido mesmo. Caralho! Ela tinha os olhos verdes esmeralda. Então, ela olha para o segurança e continua a discussão. Quando chego perto dessa deusa, ouço o assunto...

- Por favor cara, me libera aí. Quero me divertir hoje - fala minha morena.

Minha?

- Sinto muito morena, mas não poderá entrar porque a sua identidade é falsa e você é mebor de idade - retruca o segurança irritado pois a menina está barrando a entrada de outras pessoas na casa.

- Ai que saco! Você é um estraga-prazer! - diz a menina bufando alto - Está bem! Você venceu! Estou saindo - diz saindo da fila e andando rápido. Preciso fazer alguma coisa.

Quando dou por mim, me vejo correndo atrás da menina, que está andando rápido nesse frio cortante.

- Moça! Espere! - gritando para ela me escutar, porém cada vez que chamava, mais rápido ela andava. Que merda!

- Espera por favor, eu quero falar com você morena - Digo quase a alcançando.

- Sua mãe nunca te ensinou que não se deve falar com estranhos? - Pergunta a morena toda ríspida.

- Não porque ela morreu quando eu nasci - Ela para de andar no exato momento em que digo essas palavras.

A morena se vira e me olha com seus olhos grandes e vivos - Então compartilhamos do mesmo problema pois a minha morreu há dois anos atrás - diz com uma frieza que me assusta.

- Sinto muito por iss...

- Não sinta! Faço de conta de que ela foi viajar e voltará logo - Diz com voz gélida - Por que você está me seguindo? O que você quer de mim? Vai me prender por usar uma identidade falsa para entrar naquele estabelecimento? - diz apontando para a minha boate.

- Não! Eu vim atrás de você porque me interessei pela senhorita. - ela sorri... Não! Ela gargalha! Mas porque?

- Me desculpa, mas não acredito nas palavras de um homem lindo, gostoso, forte e casado - diz apontando para a minha aliança. Merda! Ela viu a porra da aliança mas será que ela se importa com isso?