Aqueles Seus Olhos Azuis (JohnDave)

Rose

Aqueles Seus Olhos Azuis

Capítulo VII - Rose

Ao chegar em casa, Dave evitou falar com o irmão, que o chamou para o jantar ("Não estou com fome, acabei de tomar sorvete", respondera o mais novo) e foi direto para seu quarto, arrancando os tênis já na porta. Ele planejava se jogar na cama e afundar a cara de vergonha até se tornar um só com o travesseiro, mas não teve tempo. Pois assim que entrou no quarto, seu computador produziu um bipe, anunciando que ele tinha novas mensagens.

Dave xingou metade de seu vocabulário no caminho da cama até a mesa. Sentou-se – ou melhor, jogou-se – na cadeira giratória que deu uma volta, e abriu o Pesterchum. Mas não era John que o chamava, mas sim, Terezi.

–-gallowsCallibrator [GC] began pestering turntechGodhead [TG] at 16:32—

GC: D4V3?

GC: D4V3, J4 CH3GOU 3M C4S4?

GC: QU4NDO CH3G4R, M3 R3SPOND4, POR F4VOR

TG: o que foi tz

GC: D4V3, M3 D3CULP3

TG: pelo o quê

TG: por não ter me avisado sobre o karkat, por isso?

TG: por não ter me falado que passou a manhã inteira com ele

TG: por ter estragado o plano

TG: ou pela confusão na sorveteria?

GC: M3 P3RDO3, POR F4VOR

GC: N4O BR1GU3 COM1GO :[

TG: não estou brigando, estou apontando fatos

TG: estou apontando o fato de ser um idiota por confiar em você pra esse plano

TG: e pro fato de tudo ter ido pelos ares por culpa sua

TG: e pro fato de ter passado vergonha na frente do cara de quem gosto, principalmente por culpa da sua memória de merda

GC: P4R3 B3M A1!

TG: me force

GC: C4L4 4 PORR4 D4 SU4 BOC4, D4V3

TG: wow rude

GC: 3U 3SQU3CI D3 T3 F4L4R SOBR3 3SS3 POSS1V3L BUR4CO NO PL4NO, S1M

GC: M4S NUNC4 4DVINH4RI4 QU3 O K4RK4T POD3R14 4P4R3C3R PR4 FOD3R COM TUDO

GC: 4L3M DO M41S, QU3M M4RCOU O 3NCONTRO NO LUG4R M41S CH31O D4 C1D4D3 FO1 VOC3, G3N1O

GC: N4O COLOQU3 4 CULP4 3M M1M POR SU4 PRÓPR14 F4LT4 D3 4T3NÇ4O

GC: 1SSO S3 CH4M4 BL4SF3M14 3 D4 C4D314, 1D1OT4 >:[

TG: ...

GC: V41 VOLT4R 4 M3 OF3ND3R?

.

Dave suspirou e colocou os cotovelos na mesa, enquanto segurava a cabeça baixa com as duas mãos. Mesmo que ele não quisesse admitir, Pyrope estava certa; não adiantava de nada irritar-se e sair culpando os outros, sendo que o erro fora dele. Terezi ajudara como pudera, e se o plano havia falhado tão miseravelmente, o culpado era o sardento que com aqueles óculos escuros sempre limitando sua visão, não vira os detalhes. Não deveria culpar a outra, pois poderia perder sua amizade. Com essa ideia, teclou: