Capítulo 23

567 78 52
                                    

¡¡Happy Birthday to Neil, happy birthday to neil!!

Hoje é aniversário do niall e eu só sei chorar Kkkkkk, aqui está mais um capítulo, vou postar 2 hoje porque é uma data especial uhu.

bjs de luz

~●~

Assim que saiu da casa de Greg, Zayn foi para o centro da cidade e alugou um quarto numa pensãozinha barata. Não era nenhuma maravilha, mas era limpo e asseado.

Ajeitou suas coisas no armário velho e recostou-se na cama, angustiado com os últimos acontecimentos.

Ninguém mais do que ele lamentava a sorte do pequeno Theo. Como podiam pensar que foi ele o responsável por aquele ato abominável? Logo ele, que passou por situação semelhante?

Pensando nisso, não pôde deixar de sentir certa mágoa. Greg jamais deveria ter acreditado naquela infâmia.

Então não o conhecia? Não estava a par de tudo o que sofreu na vida? A mentira de Theo, até que podia entender. O menino estava assustado, com medo de ser castigado pelo tio. Sim, porque Zayn tinha certeza de que fora Niall quem fizera aquilo.

Lembrava-se de que, na noite anterior, estava dormindo quando pensou ter ouvido um barulho na porta.

Olhou, mas não viu nada, embora tivesse ficado com a sensação de que alguém entraou em seu quarto, procurando alguma coisa, e saiu sorrateiramente.

Só depois se deu conta de que Niall devia ter entrado na surdina, procurando algo incriminador, e, achando o embrulhinho em cima da mesinha-de-cabeceira, tirou sem que percebesse. Só isso justificava o fato de a miniatura ter sido encontrada perto da cama de Theo.

Mas como faria para provar sua inocência? Além da palavra de Theo e da pequena moto, Zayn era homossexual, o que, por si só, já parecia prova suficiente.

Ninguém hesitaria em acreditar que foi ele o culpado, porque um homossexual, na cabeça dos ignorantes, era alguém sem moral e sem caráter. Ele sabia que isso não era verdade. Era homossexual, sim, mas não era um cafajeste. Era um homem decente. Estudava, trabalhava e só saía com rapazes adultos, responsáveis por seus próprios atos.

Jamais se interessara por crianças. Não era tarado, e o corpo dos meninos não lhe despertava nenhum desejo. Como poderia? Eram crianças.

Theo, em especial, era seu amigo, o irmão mais novo que não teve.

Ao perder Doniya, Zayn sentia-se mais só do que nunca no mundo. Greg foi muito bom para ele, cuidara de sua educação, fora compreensivo e carinhoso. Mas Theo era mesmo seu amigo. Zayn sentia-se à vontade com o menino, nutria por ele uma afeição sincera e desinteressada, muito semelhante à que sentia por Doniya.

Como puderam pôr em dúvida seu afeto, conspurcar um sentimento que era puro e verdadeiro?

Apesar da decepção e do desgosto, precisava continuar vivendo. Faltavam poucos meses para se formar, e ele estava ansioso por começar a trabalhar.

Já estava providenciando residência num hospital municipal, onde poderia ingressar na pediatria. Só então lhe ocorreu que, se alguém soubesse do ocorrido, jamais confiaria nele para levar-lhe os filhos.

Diriam até que ele escolheu aquela profissão só para poder abusar dos meninos, o que seria uma infâmia.

Mas era o que diriam, e ele não teria chances como pediatra.

Começou a sentir-se inquieto, temendo por seu futuro. Embora não acreditasse que Greg fosse procurar a polícia, sabia que corria grande risco de aquela história vazar, ainda mais com Niall encarregando-se de espalhá-la para todo mundo.

different::z.m versionOnde histórias criam vida. Descubra agora