•Waking up dead•

03-Valentine's day

Acordei ao som do despertador do rádio que tenho na minha mesa de cabeceira com uma melodia entediante e demasiado passada na rádio. O tipo de música que não gosto. Mas obviamente, hoje não posso ficar de mau humor afinal...hoje é o dia de São Valentim. E não me posso queixar tenho o melhor "valentine" que eu podia pedir, só penso em como será esta noite. Os meus pais não vão estar em casa vão a um retiro de fim-de-semana de casais para digamos "acentuar" a chama do seu amor? Acho que era isto que dizia no panfleto. Continuando,deste modo não tenho horário de recolha e posso passar mais tempo com o Ash. Eu gosto muito dele mesmo,espero que ele também goste de mim com a mesma intensidade. Depois de vestir umas jeans e uma blusa que até era gira fui buscar Elise como sempre. Ela hoje tinha um brilho diferente. Parecia que tinha acumulado o seu brilho todo e po-lo neste preciso dia.
No caminho para a escola não consegui evitar o anssunto, ela estava tão "radiante" que até me irritava.
-Qual é o motivo de tanta felicidade?-disse levantando uma sobrancelha.
-Ahhhhh-suspirou ela a sorrir- não amas o amor?
- É...okay eu suponho...-disse com uma cara confusa.
-Bem eu acho ma-gní-fico!Hihihi.
Okay mas que coisa é esta...até o "hihihi" foi mais irritante que o costume.
-Olha Elise, ou o cupido te acertou, ou foi o teu irmão que durante a noite te deu com um taco de beisebol na cabeça e agora estás neste estado. Va lá conta-me o que raio se está a passar.
Ela para de andar de repente olha-me na cara.
-O Trev é bem fixe...não é?
Epá, ya ele é fixe e bem querido mas...espera...
-Tu não me digas que...vocês namoram?
Ela tirou num flash o telemóvel cinza do bolso, mexeu nele durante literalmente cinco segundos e mostrou-me as mensagens.-Pode-se dizer que...sim!- ela conseguiu fazer um sorriso que mostrava todos os seus dentes e toda a sua alegria.
Abracei-a logo no instante e demos saltos de alegria e excitação.
As pessoas que passavam olhavam para nós, umas eram da nossa escola e outras simplesmente ficavam a observar-nos como se nunca tivessem visto duas pessoas felizes.
Depois de nos acalmarmos e largarmos os braços uma da outra eu disse:
-Eu nem sabia que gostavas dele!
-Er...desculpa mas eu de início também não sabes- recomeçámos a andar-mas acho que as coisas foram fluindo e tive a certeza que a maneira com que eu lhe olhava não era a mesma como a primeira vez que lhe pus a vista em cima.
-Isso é muito querido fico muito feliz por vocês-dei um sorriso honesto.
Falámos sobre esse e outros infinitos assuntos até chegarmos à porta da escola.
Lá estávamos nós...dia de São Valentim... Mal chegámos uma multidão imensa de rapazes mais novos,mais velhos e da nossa idade formaram um círculo à volta de Elise que nos separou. Muitos tinham cartas, outros caixas caras de chocolates e uns até traziam guitarras para possivelmente cantarem uma música típica e desafinada à Elise. Aposto que ninguém trouxe um piano e a partitura de "Fur Elise" para lhe tocar, isso sim era uma bomba.
Disse-lhe que eu ia andando com uns gestos atrapalhados e ela pediu socorro e eu só me ria. Afinal eu não podia fazer nada. Mesmo se lhes mostrasse os meus peitos eles contiuariam a dar atenção somente a Elise.
Dirigi-me a uma máquina de venda e retirei um mini-café. Encostei-me a uma parede a bebe-lo aproveitando cada gota quente, destraíme tanto com a bebida que fechei os olhos. Quando os abri para atirar o copo para o lixo deparei-me com Ash inclinado sobre mim e já com seus lábios colados aos meus. Num dia normal eu não aceitaria o beijo assim do nada mas hoje não é um dia normal por isso retribui-lhe o beijo com mais força ao que lhe pareceu estranho e fez uma cara de surpreendido. Mal nos separámos ele começou a sorrir de bochecha a bochecha.
-Heeeeeey consegues parecer menos idiota?-disse eu.
-Desculpa, tu afetas-me desta maneira.
Não consegui fazer nada a não ser sorrir. Ele também me afeta.
Fomos de mãos dadas para a sala e separámo-nos à porta.
-CHEGOU O CASAL DE FILMES TÍPICOS DE ADOLESCENTES !-anunciou Zach a alto e bom som.
Felizmente estavam poucas pessoas na sala e as que não pertenciam ao nosso grupo nunca ligavam a Zach.
Christa estava com os pés na mesa e simulou um vómito para entrar na piada de Zach. Gwen fingiu que chorava como se tivesse acabo de assistir a uma cena muito comovente.
-Já chega de circo, ah e bom dia para vocês também.-disse eu.
Riram-se em coro.
-Falando em circo, alguém viu o Trevor e a Elise?-disse Christa.
Zach retribui- Mas o que é que o circo tem a ver com a Elise e com o Trev?
-Não sei mas tinha de perguntar e esta pareceu-me uma pergunta bastante normal para as nossas conversas.
Gwen anuiu e deu-lhe toda a razão.
Todos disseram que não os viram, mas eles devem estar sozinhos em algjm sítio ou Elise ainda está a ser atacada.
No minuto após a campainha tocar vieram Elise e Trevor juntos à sala.
Todos lhes olharam com meios sorrisos nas caras. Eles já descobriram. Não sei como,mas já descobriram.
Hoje só tinhamos aulas de manhã por isso até passou bastante rápido.
Mal a campainha soou e o professor mandou arrumar os materiais levantei-me do meu lugar,despedi-me dos meus amigos, a todos com dois beijos nas bochechas e do meu namorado despedi-me com um beijo nos seus lábios adocicados.
Fui para casa a pé sozinha, porém perdida nos meus pensamentos.
O que vou usar? Saltos altos ou não? Batom vermelho berrante ou claro discreto?cabelo esticado ou encaracolado? Vestido ou saia?
As ruas por onde eu andava estavam vazias, mas a minha mente não.
Estava tão distraída que sem me aperceber, numa rua mais movimentada, esbarrei contra uma pessoa o que me fez recuar um bocado.
-Peço desculpa!-disse eu mesmo sem olhando para a pessoa.
-Não faz mal, não faz mal a culpa foi minha.
Olhei-lhe de relance e vi um rapaz provavelmente da minha idade e ao parecer muito tímido, envergonhado e sem um único sinal de felicidade na sua cara que, tenho de admitir era linda. Mesmo assim tinha mais que fazer, então continuei a andar.
Ele pareceu perceber-me e fez o mesmo. Quando passei por ele de novo cheirei algo muito...belo. Era um cheiro associado a uma imagem. Não a um campo de rosas, nem a lilases. Era um cheiro único, que me proporcionava uma imagem da lua em quarto minguante numa noite sem estrelas. Uma imagem triste mas bela. Era uma nova essência para mim, não era algo vulgar.
Era algo...característico.
Deixei de ter estes pensamentos inúteis e concentrei-me no que realmente importava, a noite de hoje.
Passado não muito tempo cheguei a casa. A minhã mãe tinha deixado as sobras do jantar de ontem de fora para eu almoçar. Depois de comer, decidi relaxar um bocado. Como estava sozinha em casa liguei o meu telemóvel a uma coluna portátil e pus música a dar. Distraí-me com a música e já eram 17:15, tinha de me apressar.
Despi-me e fui tomar banho sempre a pensar na noite de hoje. Envolvi o meu cabelo molhado numa toalha e fui decidir o que vestir. Haviam três opções. Uma saia que até era fofa com uma blusa fofa. Mas isso não é sexy o suficiente. Umas calças apertadas pretas e um top curto a mostrar demasiada pele para o meu gosto. Não quero parecer uma desesperada. O último conjunto era um vestido gluido,não muito curto beje-arrosado e com alças finas. E é este o vestido que vou usar hoje. Espero que ele goste. Quanto ao meu cabelo, depois de o secar fiz umas ligeiras ondas nas pontas e também na franja. Não abusei muito na maquilhagem, não estou assim tão habituada a usá-la.
Eram 20:15 quando recebi uma mensagem do Ashton
Já estou à porta ainda demoras?

Bolas,atrasei-me okay só me faltam os sapatos e depois vou.

Então eu estou à espera, vens ou não?

Ughhhh isto é demasiada pressão!
Tinha de subir as escadas para is buscar os meus sapatos então fui a correr para as escadas. O meu coração palpitava fortemente e já estava a ficar vermelha, o stress faz-me isto.
E ainda por cima estpu super ansiosa.
Subo cada degrau descuidadosamente e às vezes até salto uns degraus. Estava nervosa e tinha de me apressar, tudo o que ouvia era o meu coração a bater.
Quando ia para o décimo segundo degrau, a minha perna fraquejou.

Não o alcancei.

O meu pé descalço escorregou e o degrau escapou do meu alcance.

Caí.

Foi uma queda demorada, como se eu estivesse a reviver cada momento da minha vida. Todas as caras, os momentos, todas as sencações e emoções que encontrei nestes curtos 16 anos e 6 meses. Foi uma queda demorada, porém aconteceu rapidamente.
Mal o meu corpo frágil embateu no chão com força, batendo primeiro a minha cabeça no chão frio e duro,
comecei a ter uma visão turva e soou um som muito agudo dentro da minha cabeça.
Depois adormeci rapidamente, num sono que só acordaria passado dois anos.

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Sooooooooo.... O que acharam hein? Eu sei, eu sei...larguei a bomba apartir deste capítulo a história vai melhorar e espero que gostem! Comentem o que acharam e as vossas reações.
Desculpem-me por qualquer erro ortográfico. E não copiem a história. Esta história veio da minha cabeça e plágio é crime. Respeitem o autor.
Beijos e até ao próximo capítulo.