POV CHRISTOPHER
Ela tinha os olhos cor mel arregalados, me encarando assustada. Eu estava atónito, o que faço agora?
Rapidamente, tirei o edredom que estava em minhas pernas e o joguei de lado, me levantando apressado. A encarei e fui me aproximando com as mãos erguidas como se a pedisse calma. Mas, quanto mais eu me aproximava, ela recuava.
- n.não chega pe.erto. - ela disse com a voz tremula.
- calma, eu não vou te machucar. - falei tentado lhe passar confiança, mais foi em vão. Em um reflexo, ela entrou no banheiro e trancou a porta antes que eu a alcançasse. - abre aqui. - falei alto, para que ela me escutasse. - não vou te fazer mal algum.
Nenhuma resposta. Apenas soluços, vindos do banheiro. O melhor era esperar a garota se acalmar. Me sentei ao pé da porta, inclinado a cabeça para trás, fechei os olhos com força enquanto ouvia os soluços da tal garota. Era algo agoniante ouvi-la chorar e não conseguir fazer nada.
Cinco, dez, quinze, vinte minutos se passaram e ela continuava a chorar, só que agora baixinho, mais ainda sim conseguia escutar o choro doloroso.
- tá melhor? - perguntei quebrando o vasto silêncio que havia se estalado no ar. A ouvi fungar. - por favor, eu não irei te causa mal algum, abra a porta. - disse cauteloso.
Ouvi a tranca da porta ser destravada. Ela abriu e porta, me encarando com os olhos e o nariz vermelhos. Ainda assustada.
- quem é você? - murmurou, quase inauditivel.
- eu sou Christopher. - falei um pouco devagar.
Ela ficou me olhando por um tempo e logo virou a cabeça encarando a parede, eu pude ver seus olhos vermelhos ficarem mareados, me encarou novamente.
- e quem sou eu? - ela perguntou com a voz embargada. Merda! Ela não sabia quem ela era, oque eu podia fazer? Dizer que eu não a conheço, vi ela jogada na praia, e que sou um completo estranho? A garota iria se desesperar. Foi quando eu lembrei do nome que tinha na etiqueta do colete. Dulce.
- você é a Dulce. - falei um pouco hesitante. Afinal aquele nome podia ser de um barco, uma empresa ou sei lá.
- hum. - ela pressionou os lábios um contra o outro. -Christopher... - respirou fundo. - será que você pode me explicar o que tá acontecendo? - perguntou chorosa. - porque eu não lembro de você? Porque eu não lembro de mim mesma?
Agora foi a minha vez de respirar fundo. Fudeu! Oque eu faço? Não posso falar a verdade para ela. Não tenho outra saída, à não ser mentir.
- okay, vou te explicar. Mais antes você não bebe água ou comer alguma coisa para acalmar os ânimos? - ela olhou para o teto, parecendo pensar, então me olhou de novo e assentiu com um sorrisinho de lado. Parecia mais tranquila, ainda bem. - vem. - peguei sua mão e a levei para a cozinha.
Durante todo o percurso, ela ficava olhando a casa, desde do meu quarto até a cozinha.
- senta aqui. - puxei um banquinho da bancada e ela se sentou. - você quer só água ou quer que eu prepare alguma coisa para você comer?
- é, eu estou com fome. - disse envergonhada e eu vi suas bochechas mudarem de tonalidade, ficando vermelhas realçando umas sardinhas que ela tinha.
- e que vai querer comer? - perguntei deixando suas bochechas de lado e abrindo a geladeira.
- me diz você. - ela falou e eu a encarei torto. - o que eu mais gostava de comer? - eu gelei. E se eu dissesse algo e ela não gostasse, iria saber na hora, que eu não sei nada sobre ela.
- ham... - pensei. - pão com queijo. - disse rápido. Todo mundo ama pão com queijo.
- então ta, pão com queijo. - ela confirmou.
- ah lembrei, tenho que ligar para o Christian. - disse lembrando que ela me pedirá para avisá-lo quando a garota acordasse.
- quem é Christian?
- me.. Nosso amigo. - disse. - ele é médico, vou avisá-lo que você já acordou.
- oque? Porque?
- relaxa, ele só vai te examinar para ver se tá tudo bem contigo.
- ah sim. - respirou aliviada.
- já, já faço seu pão, deixar eu ir pegar só meu celular, que tá lá no quarto, tá? - ela assentiu e eu fui para o quarto.
Peguei o celular e procurei seu número no registro de chamadas. O telefone estava desligado, procurei o número do hospital, no segundo toque sua secretária atendeu.
- hospital Villa Sales. Elena, em que posso ajudar?
- oi Elena, aqui é o Christopher, será que posso falar com o Christian? - perguntei.
- sinto muito Sr. Uckermann, Sr. Chavez está no meio de uma consulta. - informou e eu rolei os olhos, aquela velha morria e não parava com as formalidades, já havia perdido a conta de quantas vezes à pediu para me chamar Christopher, mais ela continuava com o Uckermann. - gostaria de deixar algum recado?
- sim, diga a ele que eu liguei e que ela acordou. - disse eu, enfadado.
- como? Ela quem?
- apenas diga: o Christopher disse que ela acordou. Por favor.
- está bem. Tenha um bom dia senhor Uckermann. - disse e desligou.
- Christopher? - escutei a voz de "Dulce".
- estou indo. - joguei o celular na cama e fui para a cozinha.
- então? - ela perguntou, curiosa.
- ela está com um paciente, mais logo, logo retornará a ligação. - falei. - vou fazer seu sanduíche.
- okay. Mais agora será que pode responder minhas perguntas?
Respondendo comentários:
Eduaarda23: demorei, né? :( só tenho desculpas a pedir. Mais o cap tá ai espero que goste. Obrigado pelo coment s2
amandha100s2: continuando... Perdão pela demora. Obrigado pelo coment S2.
lary_vondy_siempre: continuando. Te matar do coração. Eu?não, não. Sou praticamente um anjo, busco o bem da humanidade. Rsrs. Obrigado pelo coment S2.
Kah_Uckermann: continuando. Obrigado pelo coment S2.
Gatinhas desculpa pela demora, okay? Juro perante meu celular que tentareis não fazer mais isso. Rsrs
Aí esta o capítulo. Ficou até grandinho né? Mais eu queria que ficasse maior. Depois recompenso.Ah é. Surpresa lá na midia, é meio óbvio - eu sei - mais eu sou "divulgar" mais para frente.
Bjjs na bunda!
Las amo!
Até o próximo!
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Vida Dupla - Vondy
FanfictionVocê acharia possível se uma pessoa sofresse um acidente, causando a perda de sua memória e com o apoio de desconhecidos ela recontruísse uma nova vida, com amigos e um noivo? Sim, isso poderia acontecer, mas... Como era a sua vida antes, antes do...