Feeling [JEMI]

Capítulo cinquenta.

- Bom, Demetria, você está com nove semanas de gestação. –Denise, a obstetra de Demi, falou assim que Demi terminou de se vestir e sentou em frente à mesa da doutora- Seu bebê está aproximadamente com 15 milímetros. –ela falou olhando uns papeis- É a sua primeira gestação, certo? –ela falou-

- Certo. –Demi falou como um suspiro-

- O doutor John já deve ter informado você que sua gravidez é de risco. –ela comentou e Demi assentiu- Por isso, é fundamental cuidar da alimentação, não ingerir bebidas alcoólicas, não tomar remédios que eu não consultar. E principalmente, tentar não sofrer fortes emoções. –ela falou e Demi assentiu novamente- Você acabou de entrar no segundo mês, por isso o corpo do seu bebê está começando a se formar. Os enjoos vão diminuir, mas a azia vai aumentar. –ela continuou-

- E para saber o sexo do bebê? –Demi perguntou, ansiosa e Denise sorriu-

- Vamos fazer uma ecografia no próximo mês, e talvez já podemos ver, mas tudo depende da posição do bebê. –ela falou e Demi assentiu- Há alguma outra dúvida? –ela perguntou e Demi pensou a respeito- Seus pais já sabem? –ela perguntou-

- Apenas a minha mãe. –Demi murmurou e Denise assentiu-

- E o pai do bebê? –ela perguntou e Demi olhou o tampo da mesa-

- Não. –ela sussurrou e Denise assentiu devagar-

- Entendo. –ela murmurou e Demi a olhou- Se não há mais nenhuma dúvida, você já pode ir. Você tem meu número, pode me ligar se houver algo diferente. Seus exames estão aqui. –ela alcançou uma pasta com todos os exames-

Demi assentiu e se levantou, pegando sua mochila e sua jaqueta de couro. Ela se despediu da doutora e saiu do consultório. Miley a esperava no estacionamento, fumando um cigarro, mas assim que viu Demi se aproximar, jogou o cigarro no chão.

- E então? –Miley perguntou assim que Demi parou ao seu lado, se encostando no capô do carro de Miley-

- É uma gravidez de risco. Tenho que cuidar tudo o que eu for comer, não posso beber nada com álcool, e não posso sofrer fortes emoções. –Demi falou e Miley assentiu-

- Você conseguiu vê-lo? –Miley perguntou e Demi negou com a cabeça-

- Ele é ainda muito pequeno. Só poderei vê-lo quando completar doze semanas. Estou com nove. –ela falou e Miley assentiu novamente-

As duas caminharam para o carro e entraram.

- Você já sabe o que vai fazer? –Miley perguntou e Demi suspirou-

- Eu vou fugir. –Demi murmurou e Miley, que ligava o carro, a olhou-

- Você o que? –Miley perguntou incrédula-

- Eu não posso ficar, Miley. –Demi deu de ombros- Meu pai vai me odiar, Charles vai me matar... –ela falou balançando a cabeça-

- E vai contar a Joseph? –Miley perguntou saindo do estacionamento-

- Pretendo. –ela falou e Miley assentiu- Mas eu não quero que ele vá comigo. Quero criar meu filho sozinha. –ela falou e Miley a olhou-

- Você sabe que a partir do momento em que contar a Joseph, ele vai amar essa criança, não sabe? –Miley falou e Demi gemeu-

- Miley, não me deixe mais confusa do que eu já estou. –ela resmungou- Como você está? –ela perguntou e Miley revirou os olhos-

- Estou ótima. –ela deu de ombros- No dia em que eu sofrer por homem, me matem. –ela falou e Demi riu-

Miley deixou Demi em sua casa e depois seguiu para a própria casa. Demi entrou, guardou os exames dentro de uma gaveta do seu closet e depois foi tomar banho. Quando saiu do banheiro, já vestida com um short de moletom e uma regata branca, deu de cara com seu pai sentado na cama. Ela franziu o cenho, mas seu pai sorriu para ela.

- O que faz em casa a essa hora? –ela perguntou caminhando até sua penteadeira e pegando uma escova de cabelo-

- Saí mais cedo do trabalho, não estou me sentindo bem. –ele deu de ombros e Demi sentou ao lado dele- E sabe o que eu notei? –ele perguntou e Demi sorriu negando com a cabeça- Que desde que você voltou, nós não passamos um momento apenas nós dois. De pai e filha. –ele falou e Demi riu-

- É verdade. –ela falou e Patrick sorriu-

- Miranda vai demorar no cabeleireiro... O que acha de assistirmos um filme?

- Como nos velhos tempos? –Demi perguntou sorrindo nostalgicamente-

- Como antigamente, filha. –ele falou e beijou a testa dela-

Se tudo fosse tão simples assim... Se Patrick fosse assim sempre...