Feeling [JEMI]

Capítulo trinta e quatro.

Demi sorriu de leve, vendo a naturalidade que Joe falava sobre aquilo. A ideia era tentadora, e Demi realmente pensou naquilo, mas no fundo sabia que nunca teria coragem de abrir mão de tudo na sua vida.

- Eu não posso. –ela murmurou, com a voz fraca e sentiu Joe beijar seu rosto, com uma delicadeza e devoção que ele só tinha com ela- Eu não sou como você, Joe. –ela sussurrou e sentiu outro beijo no rosto-

- Como assim? –ele perguntou com a voz calma, passando seu nariz pela mandíbula dela-

- Não sou corajosa. –ela respondeu e ele sorriu-

- Você é mais corajosa do que imagina, Dems. –ele murmurou e se afastou depois de dar um beijo na mandíbula dela- Eu preciso ir. –ele murmurou e pegou no celular no bolso- Imagino que seu pai não vai gostar de me ver aqui. –ele murmurou e Demi assentiu-

Joe se afastou um pouco e a observou, tão frágil, mas ao mesmo tempo tão forte. Se ela ao menos soubesse o quão valente ela pode ser, Joe pensou.

Ele suspirou e se aproximou dela novamente, lhe segurando o rosto e beijando sua testa.

- Se cuida, ok? –ele pediu acariciando o rosto de Demi que assentiu, olhando-o- Assim que der, a gente se fala. –ele falou e se afastou, saindo do quarto e a deixando ali-

Não demorou e Diana entrou, junto com Miley. As duas sentaram na beirada da cama, uma de cada lado, e ambas pegaram nas mãos de Demi.

- Liguei para seu pai. –Diana murmurou e Demi fez uma careta-Ele está vindo, meu amor. –ela murmurou acariciando a mão de Demi-

- Se a vaca da Miranda vier junto eu vou embora. –Miley murmurou e Demi riu, assim como Diana-

- Quando eu vou sair daqui? –Demi perguntou puxando Miley para que ela deitasse ali com ela, e Miley o fez, abraçando a amiga-

- Logo. –Diana respondeu e Demi assentiu- Você quer que eu ligue para Charles? –ela perguntou e Demi prendeu a respiração-

- Não. Não quero que ele se preocupe. –ela murmurou e sentiu Miley a apertar mais no abraço-

- Eu entendo. –Diana sorriu- Vejo que você e Joe estão melhorando a relação de vocês. –ela comentou e Demi revirando os olhos, vendo que Miley sorria também-

- Não há uma relação. –ela deu de ombros-

- Ainda. –Miley E Diana falaram ao mesmo tempo e depois gargalharam, fazendo Demi revirar os olhos, mas sorrindo-

As três ficaram conversando por mais um tempo. Miley queria distrair Demi, pois sabia que ela estava mal. Depois de um tempo, Patrick chegou, sozinho e ficou com elas. O clima era ameno, tranquilo, mas lá no fundo, Demi estava em pânico.

Joe, assim que saiu do hospital, foi para o apartamento de Kevin. Greg ainda estava lá.

- Como ela está? –Dani perguntou, ninando o pequeno Nicholas que estava tranquilo, mexendo em uma mecha do cabelo da mãe-

- Machucada. –Joe resmungou, sentando no sofá, ao lado de Greg e Kevin que jogavam videogame-

- Muito? –Kevin perguntou, focado no jogo, mas com a voz preocupada-

- O olho roxo, a sobrancelha cortada, o pescoço tem a marca dos dedos daquele filho da puta. A boca está cortada, e o corpo está todo roxo, até mesmo a barriga. Ele deve ter a estrangulado, e depois a chutou e a soqueou. –Joe falou com a voz fria, porém pesada-

Dani gemeu, com uma careta e sentou em uma poltrona, imaginando a cena. Só de imaginar, ela se arrepiou, se remexendo desconfortável.

- O que falaram no hospital, e para Diana? –Greg perguntou, com o jogo pausado. O clima de jogar havia passado, todos estavam pensando em Demi-

- Que foi um assalto. Que Demi reagiu e acabou apanhando, porém que o assaltante não levou o celular. Então ela ligou para Miley. –Joe murmurou, olhando o chão-

- Não era a oportunidade perfeita para contar a verdade? –Kevin perguntou e Joe negou com a cabeça, sem olhar para o irmão-

- É Demi quem tem que falar. –Joe respondeu e suspirou-

- Ele vai acabar a matando. –Dani resmungou e foi para o quarto, chorando pela desgraça da amiga-

- Eu o mato antes. –Joe sussurrou, olhando o chão, mesmo sabendo que a cunhada não lhe ouviria-

Joe tinha o olhar vazio, frio e sem brilho. Sesentia desarmado, cansado, desgastado, por não ter o que fazer. Não aguentavamais ver Demi sofrer, e não poder fazer nada a respeito. Ele tinha que fazeralgo a respeito.