Então ela chorou. Todos compreenderam o seu choro. Ninguém teve coragem de indagar o por que de seu sofrimento. Apenas deixaram ela ali, com um coração aos pedaços e espalhados por ai. As lágrimas eram ácidas. Eram pesadas. As marcas ficaram pelo rosto, mostrando o caminho que percorreu. Precisava limpar a alma. Toda sua dor saia pelas portas que eram os olhos. Quem via, ficava com pena. Os olhos verdes estavam vermelhos e inchados.Ela então gritou. Colocou todo potencial de sua voz. Precisava desabafar. Era uma louca no meio de uma multidão, ninguém podia ajudar a carregar sua cruz. Gritava pelo o que não podia volta a traz. Então em um súbito ela se calou. Uma aparência sombria e vazia se apoderou de si. Ficou mais leve. Sem revolta. Ela então chorou, porem por dentro. Não ouve escândalos, seus ombros não tremiam, carregava a pior lágrima de todas. Aquela que não podia soltar. Nenhum som saia da sua garganta. Se sufocou pelo que não disse. Então sem ira ela aceitou aquilo que não podia mais voltar atraz. E fez um minuto de silêncio por aquilo que não poderia ser modificado.
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As confissões de um lápis surdo
PoesíaNesse livro vocês podem encontrar de tudo. Histórias, poemas e textos sobre os mais variados temas . Tudo é válido quando deixamos nossa imaginação e sentimentos falarem por nós. Espero que vocês gostem de cada capitulo, palavras e versos que nessas...