As confissões de um amor não correspondido

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Já era tarde
Uma tarde chuvosa.
Era como se as dores das pessoas
Caíssem uma por uma
em forma de lágrimas.
Naquela praia
Seu nome
Eu perdi as contas
De quantas vezes
escrito foi na areia.
O sol devagar ia se pondo
A saudade incendiava meu coração.
E por mais que chovesse
Era dali que insistia em observar-te
Sem ao menos você saber.
Linda mulher dos olhos castanhos
Dona de todo meu amor
Seus olhos são como estrelas
Que por um descuido na Terra caiu
Pobre homem eu era
E em todo começo da noite
solitário, o balcão do bar me esperava
A caneta me chamava pra conversar
Rimando em um pedaço de Gurdanapo
Poemas que para você eu dedicava.
Pois é caro destino...
Eu imagino o grande, árduo, impetuoso trabalho que tu tens.
Como será que é passar a eternidade, sentado em uma mesa,
com seus trilhões de problemas para resolver?
Como será que você faz para juntar as pessoas que se amam?
Como é que você faz para juntar as pessoaas que nasceram um para outro?
E como é que você faz para colocar um amor na vida das pessoas, assim como eu?

As confissões de um lápis surdoOnde histórias criam vida. Descubra agora