Capítulo 2

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Olá, tudo bem?

Estou aqui exultante com as quase mil leituras no primeiro capítulo do nosso Klaus. Só tenho a agradecer.

Agradeço também por cada estrelinha e cada comentário de vocês.

Um abraço. Tenham uma boa leitura.


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Atravessamos outra sala ainda maior que a primeira, decorada com móveis antigos restaurados, adornada com objetos que pareciam tirados de uma aldeia africana. Era mais uma sala de estar na qual havia uma imensa lareira diante do jogo de estofados escuros, de onde partia uma larga escadaria, com duplo destino, por onde seguimos, Amélia na frente, usando seu celular para solicitar a presença de alguém em sua casa imediatamente. Até onde entendi, se tratava de um cabeleireiro.

No segundo andar, adentramos um quarto que parecia tirado dos contos de fadas. Era imenso como os outros cômodos, com paredes cor de rosa claro, uma grande cama de casal com dossel ao centro, jardim artificial, sacada com vista para uma piscina e um grande quadro do rosto de Amélia, um pouco mais jovem, pendurado na parede.

Foi naquele instante que deduzi que ela já fora modelo, famosa por sinal.

Ela sentou-se diante de uma escrivaninha onde havia um moderno computador, gesticulando para que eu ocupasse a cadeira ao lado. Assim que o ligou, abriu uma pasta com fotografias de um homem muito musculoso.

— É esse o canalha. Klaus Mitchell. — Os olhos dela reluziram um ódio mortal e algo mais que não consegui decifrar, ao observar as fotografias do homem na tela do monitor.

Examinei-o atentamente. A mim pareceu uma pessoa comum, diferente do homem sofisticado que eu imaginara. Tinha a pele clara, ligeiramente bronzeada, os cabelos escuros, os olhos verdes. Como havia muitas fotos dele sem camisa, não pude deixar de notar o quanto era musculoso, o corpo bem definido de um atleta que impressionaria uma mulher carente de sexo, o que não era o meu caso. Outro traço marcante nele era sua fisionomia contraída, fechada, sendo que em nenhuma das fotografias se mostrava sorrindo.

O que levaria uma mulher a entregar um documento consentindo a retirada de dinheiro da sua conta bancária a alguém que parecia tão carrancudo como aquele homem?

— É diferente do que eu tinha imaginado. — Como quase sempre, expressei meus pensamentos em voz alta. Um velho hábito que se recusava a me deixar.

— Não se engane pela aparência. Ele é muito mais sedutor do que parece.

Como uma montanha de músculos ambulante como aquela podia ser sedutor?

— Quanto tempo vocês ficaram juntos?

— Seis meses. Fora o mês que passamos nos relacionando pela internet.

Puta que pariu! Ela entregou sua conta bancaria a alguém que conhecia há apenas sete meses? Eu estava boquiaberta.

— Em nenhum momento passou pela sua cabeça que ele pretendia te aplicar um golpe?

— Não. Ele sabe fingir muito bem.

— Há quanto tempo isso aconteceu?

— Há um mês.

— Por que esperou todo esse tempo para pedir ajuda?

— Porque eu não conhecia nenhuma caçadora de recompensas do sexo feminino e a única forma de pegá-lo será armando para ele.

Klaus: prenda-o, se for capazOnde histórias criam vida. Descubra agora