Capítulo 11

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Olá amores, como vocês estão?

Como há muitas pessoas pedindo um capítulo com o ponto de vista de Klaus sobre a história, devo informar que é um livro todo narrado pelo ponto de vista da protagonista, no caso a Savannah, pois mais adiante haverá uma trama que para funcionar não podemos saber quem nossa herói realmente é.  No entanto, para atender aos pedidos, ao finalizar o livro, farei um capítulo bônus com o ponto de vista dele de tudo o que está acontecendo agora. Vocês vão se surpreender (ou não rsrsrs).

Vamos ao capítulo. Espero que gostem. Boa leitura! 


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Antes de retornar ao transito, precisei respirar fundo diversas vezes para aplacar o desejo selvagem que jazia dentro de mim, tirando-me o controle sobre mim mesma, como jamais tinha acontecido antes.

Pouco tempo depois, encontrei Oliver no local combinado. Um restaurante discreto em Southwark, uma área neutra da cidade, propícia para um encontro secreto, afinal um dos primeiros aprendizados que Rachel me passara, fora o fato de que nunca se devia sequer passar perto de uma delegacia enquanto se trabalhava disfarçada, pois apesar de a cidade ser grande, os olhos eram muitos.

Tratava-se de um estabelecimento pequeno, porém bem organizado e limpo, com uma decoração tradicional inglesa, tinha as paredes escuras, os móveis rústicos de madeira e as garçonetes se vestiam com sobriedade.

Oliver ocupava uma mesa aos fundos, de frente para a saída e levantou-se ao me ver aproximar-me, examinando-me dos pés à cabeça, abrindo um sorriso amistoso.

— É impressão minha ou você está ficando mais bonita com o passar dos dias? — Ele cumprimentou-me com um rápido beijinho na face, como costumava fazer, antes de puxar-me uma cadeira à mesa.

— Deve ser impressão sua. — Ele voltou a ocupar seu lugar do outro lado da mesa, sem deixar de observar o meu rosto.

Oliver era um homem bonito, eu não compreendia porque ainda estava solteiro aos trinta anos de idade. Aquele dia ele usava terno azul claro, por sobre uma camisa vermelha. Uma combinação pouco convencional, que acentuava sua personalidade jovial.

— Pela sua cara, parece que há algo errado. — Ele me conhecia mesmo.

— Estou em uma fase decisiva de um caso e preciso de você.

— Ainda o caso de Klaus Mitchell? — Me espantei que ele se recordasse.

— Sim. Esse mesmo.

— Então você foi mesmo adiante com essa loucura?

— Sim. Estou me passando por uma milionária para fisgá-lo.

O rosto dele se iluminou com um sorriso quase angelical.

— Isso explica o cadilac e as roupas caras. — Ele abriu o cardápio. — Vamos pedir nosso almoço primeiro, depois você me diz em que posso ajudar.

— Claro.

Eram quase duas horas da tarde, obviamente ele estava tão faminto quanto eu.

Pedi vitela de cordeiro com molho cítrico, salada e purê, enquanto Oliver pedia filé de peixe com batas e salada. Optamos por beber água, já que ele estava de serviço.

Enquanto esperávamos a comida, abordei assuntos do cotidiano dele, para que não pensasse que eu me interessava apenas na ajuda que ele me prestava quando eu precisava, quando então ele me revelou, com evidente orgulho, que tinha sido promovido a chefe do departamento de entorpecentes, alcançando a extraordinária honra de ter uma sala somente sua dentro da delegacia, como todo jovem policial almejava ter.

Klaus: prenda-o, se for capazOnde histórias criam vida. Descubra agora