Por favor, não me ponha para fora

Parte VI

Stiles

— Obrigado por ajudar o vovô. Agora vá embora. — Lipe disse friamente, enquanto fulminava Brien com seu olhar.

— Phelippe Alec! — o repreendi, fazendo ele se encolher.

Lipe veio para meu lado e segurou minha mão. O pequeno lobo enterrou o rosto no meu quadril. Suspirei antes de me virar para Brien.

— Eu sinto muito. Ele não quis dizer isso. Certo, Lipe? — Perguntei enquanto olhava-o. Lipe se recusou a olhar para cima.

Era óbvio que Lipe queria que Brien fosse embora. E pelo seu olhar, ele estava disposto a buscar seu pai alpha para fazer isso acontecer.

Mas ambos sabíamos que não era uma opção agora.

Scott estava no andar de cima com Derek, vigiando Laurine. Para converser Derek a ficar lá em cima, usei o pretexto de que quanto menos pessoas soubessem dessa "nova condição" dele, melhor seria.

— Está bem. — Brien deu um meio sorriso.

— Não, não está. Ele não deve ser rude. Eu prometo que vou ter uma conversa com ele. E obrigado por ajudar o meu pai, ele está ficando mais velhos, mas não tem nenhuma intenção de parar.

— Disponha. De qualquer forma, eu deveria voltar para minha cidade. É bom ver você de novo, Stiles. Você também Lipe. — Brien deu-nos uma saudação de dois dedos antes de sair.

Assisti ele ir embora e assim que fechei a porta suspirei, me ajoelhando na frente de Lipe. O pequeno lobo recusou-se a me olhar nos olhos, sabendo muito bem que ele estava em apuros.

— Lipe...

Ainda assim, ele ainda continuou a observar o chão.

— Phelippe Alec Stilinsk Hale. — coloquei todo meu tom autoritário.

Lipe apenas explodiu em lágrimas e abraçou-me com força.

— Eu sinto muito Tato!

Suspirei enquanto deslizava os dedos pelos cabelos dele.

— Eu sei... mas você não pode ser rude com as pessoas sem motivo.

— Mas eu tive um motivo! — Lipe exclamou, suas pequenas bochechas ficando vermelhas de raiva.

— Brien é um homem bom, Lipe. Ele trabalha igual ao vovô. Ele prende bandidos. Você sabe disso. Você gosta de policiais, lembra?

— Não ele! Ele cheira estranho quando está perto de você e... e... e... isso me deixa irritado por dentro e quero que ele fique longe e... e... e... você é nosso, Tato! Nosso!

Abracei Lipe com força, balançando-o e sussurrando para ele se acalmar

— Oh lobinho... Eu não vou embora. E eu sou casado com seu pai, lembra? Eu não vou a lugar nenhum. Nossas almas estão ligadas.

— É? — Lipe funga

Beijo a testa dele e o levo até o sofá. Pego um lenço da mesinha que fica os porta-retratos para ajudá-lo a soar o nariz enquanto tento acalma-lo.

— Sim. Seu pai e eu somos companheiros anima ou companheiros de alma equivalente a uma alma gêmea. Uma pessoa geneticamente tão compatível que seus corações batem em sintonia. É algo que não tem como ser explicado claramente. O cheiro de um para o outro é único e atrativo e quando misturado é algo harmônico.

— Igual ao seu e o do papai?

— Sim meu lobinho igual o nosso cheiro. Mas especial ainda por que eu sou um Vulpino. Como um compromisso eterno o seu pai ao me morder no ritual mudou a marca da minha casta.

Ao falar, subi a manga da minha camisa deixando meu antebraço amostra.

— Sempre que eu entrar em ligação com a energia vital da raposa que há dentro de mim. — após falar eu me concentrei e deixei minha energia vital se fundir com a energia vulpina. — eu estarei conectado com ele.

— Nossa. — Lipe falou ao perceber a marca que reluzia em minha pele e pelos meus olhos purpuras.

— Lembre-se meu pequeno lobinho, mesmo você sendo um Lupino como seu pai. Você tem uma parte da energia vital do tato.

Toquei o local do seu coração onde começou a fluir a energia púrpura de Lipe.

— Incrível.

— Agora vai chamar papai e tio Scott para podermos jantar.

~-~-~-

— Então... quem é Brien? — Derek perguntou despreocupadamente no jantar. Enquanto me lançava um olhar diretamente com uma cara que dissesse "posso ser jovem, mas não sou estúpido".

Alisson tinha chegado algum tempo depois de Brien ter ido embora. Ela trouxe queijo grelhado, juntamente com vários outros pratos.

Laurine estavam no cercadinho com seus brinquedos na sala de estar junto com Lipe, que estava colorindo seus livros. Eu sempre limitava o tempo de Tv deles.

Tinha um pedaço de queijo no meio do caminho em direção a boca quando Derek fez a pergunta.

— Ele é um xerife da cidade vizinha e também um alfa tigre que comanda o pack Taiga, onde tivemos que visitar para conseguir a permissão ficar com Phelippe por conta dos Anciões. — Respondi continuando a comer.

— Então, por que Lipe acha que ele quer te roubar de nós?

— Lipe só gosta do nosso pack, Der. Ele não é bom em socializar e está passando por estágios do ciúme. Ele também nunca ficou longe de mim por mais da metade de um dia desde que Laurine nasceu. Teve aquela fez que eu tive que viajar para me formar e ele não parava de berrar. Erica teve que ligar para mim escondido de você. Ele também é seu filho, ele herdou a sua possessividade por mim. — falei com um leve sorriso.

Derek deu um sorriso meio fraco, endireitando-se na cadeira e estufando o peito com orgulho.

Apenas revirei os olhos com carinho.

Alisson e Scott saíram depois de ver Laurine e Lipe mais uma vez. Brincamos um pouco com os meninos antes da hora do banho.

Eu estava com quatro meses de gravidez, mas ainda cansava muito. Estava pronto para dormir, segundos depois que havia colocado as crianças para dormir.

Mesmo que eu soubesse que iria acordar dentro de três horas para dar mamadeira a Laurine, me contentei em tirar um cochilo nos braços de Derek.

ar+R1