Por favor, não me ponha para fora

Parte VII

Derek

— Olha papai! — Lipe exclamou, enquanto ele andava em sua bicicleta com rodinhas de apoio.

— Eu estou vendo, campeão. — Falei sorrindo e o incentivando.

O enjoo de Stiles estava pior hoje de manhã. Quando ele finalmente melhorou um pouco, voltou a dormir. Laurine estava no cercadinho na sala enquanto CD da Disney clássica tocava em um tom suave. Stiles estava cochilando no sofá, já que havia se recusado a ficar na cama durante o dia e queria estar perto de Laurine. Lipe estava agitado e agindo parecido com um animal enjaulado.

Quando Lipe perguntou se ele poderia ir para fora andar de bicicleta, fiquei receoso. Eu sabia que era o pai de Lipe como Stiles, mas estava ciente de que a situação não era a mesma que era antes. Estar no corpo adolescente fez com que eu perdesse um pouco da autoridade parental.

Mas vendo Stiles realmente cansado, pensei que estava tudo bem sair por uma ou duas horas. Além disso, uma vez que Lipe era um lobo ele precisava sair um pouco.

Então, novamente, minha atenção foi totalmente para Lipe. Ele montou sua bicicleta por um tempo e então jogamos bola. Quando Lipe marcava um gol ele gritava com risos e em seguida, eu corria atrás para abraçá-lo e marcá-lo com meu cheiro. Toda essa interação com ele fazia o meu coração inchar com emoção.

Então Lipe queria montar sua bicicleta mais uma vez.

Foi enquanto Lipe estava pedalando de volta a partir do ponto que eu tinha dito que era limite encostou um carro especifico. Um carro da polícia.

Por um momento, uma onda de ciúme me percorreu, pois acabei pensando que poderia ser o tal Brien novamente. Não sabia a história completa, mas já não gostei desse cara. Se Lipe tinha um motivo para não gostar dele, então para mim já era o suficiente. Ele podia ser uma criança de cinco anos, mas ele não era ingênuo também. Apenas sabia que teve uma briga entre eu e ele por Stiles.

Mas o ciúme desapareceu quando Lipe gritou

— Vovô!

Rapidamente a onda de ciúme se tornou um frio na barrica, que também trazia medo e nervosismo.

Lembrava vagamente dele nas minhas memorias no dia que salvei Stiles na floresta. Mas esta vez é diferente. Eu estava para conhecer ele como meu sogro.

Senti um frio na barriga e passei os dedos pelo pescoço. Observei que já era tarde para ir embora.

Ouço a porta do caro bater e logo passos tomam conta da minha audição. Lipe estava alheio ao meu sofrimento quando ele saiu em disparada da bicicleta e abordou seu avô. Novamente, passei a mão pelo meu cabelo enquanto ele endireitava em postura perfeita.

O xerife me olhou. Houve choque ali.

— Derek?

Quando Lipe não conseguiu obter a atenção do xerife que ele normalmente tinha, ele começou a puxar o uniforme de seu avô.

— Vovô!

Olhando para seu neto, o xerife sorriu e pegou nos braços. Lipe sorriu e abraçou seu avô.

— Vovô, paizinho raspou a barba e teve um acidente!

— Sim... sim, eu vejo isso. — O xerife respondeu. Ele beijou o topo da cabeça de Lipe antes de caminhar até mim. — Então, uh... o que exatamente estão envolvidos em alguma máquina do tempo?

— Não, algumas ervas que Deaton pediu para pegar me fez isso.

— Você lembra de tudo?

— As coisas importantes, senhor. Eu sei o que aconteceu com a minha família, a insanidade de Peter. Eu sei que esta é a minha nova família. — Respondi.