Scandal // L.S

Chapter 58: Nobody loves you, baby, the way I do.

NINA, PODE TER ATT DUPLA? PODE SIM SENHORAAAAA! COMENTEM BASTANTE QUE DAQUI 60 MINUTOS EU VOLTO COM OUTRO CAPÍTULO PRA VOCÊS <3

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Harry Pov

Não acordei com Louis naquela manhã. Aliás, mal consegui dormir por tanta ansiedade e confusão consumindo meu corpo por mais uma vez estar envolvendo seu corpo com meus braços. Ao contrário de mim, Louis aparentemente caiu num sono profundo e doce, com sua respiração leve, quase inaudível. Era de enlouquecer qualquer ser humano ver aquela mistura de perfeição de traços que formavam seu rosto numa expressão serena. Sendo um dos motivos pelo qual não consegui dormir. As únicas coisas que passavam pela minha cabeça eram "até quando?", ou "posso parar o tempo?". Eram de fato perguntas importantes, das quais eu não tinha nem um parecer de uma possível resposta. Então quando vi o relógio digital do criado-mudo marcar seis horas da manhã, apenas me afastei cuidadosamente, deixando Louis completamente imerso ao seu sono. Não era como se eu fosse um filho da puta, eu apenas não sabia como seria nosso "bom dia". Seria com um sorriso? Seria com um beijo como de costume? Ele me chamaria de amor? Ou simplesmente gaguejaria alguma coisa sem sentimento antes de correr para o banheiro? Vivendo essa dúvida nebulosa durante toda a madrugada não vi outra escolha a não ser uma fuga matinal para evitar mais decepções.

O Sol estava brilhando fraco, provavelmente por ser apenas seis e meia da manhã, uma brisa gelada arrepiava meus braços descobertos, não havia uma viva alma na praia a não ser eu e algumas gaivotas que sobrevoavam o mar. Eu adorava vir a praia essa hora da manhã, era calmo, uma conexão direta com a natureza, e o cheiro da maresia só me deixava mais em paz ainda. Eu gostava daqui, a casa dos pais de Camille era na beira da praia, uma arquitetura incrível onde a varanda terminava já na areia. Isso fez com que eu me escondesse dos meus verdadeiros problemas, ocupando meu cérebro com possibilidade de morar aqui. Claro que eram apenas possibilidades praticamente impossíveis, mas achei uma boa hora para fantasiar uma vida fictícia onde eu pudesse fazer o que eu bem quisesse, sem ter que questionar os agentes do meu pai, ou da permissão de minha família. Seria simplesmente perfeito.

No meio dos meus sonhos e devaneios senti algo fofo roçando meu braço arrepiado pelo frio, e logo envolvendo meus ombros, me protegendo do vento gelado. Olhei para o lado encontrando Louis com um meio sorriso, quase encabulado ao cobrir meus ombros com aquele cobertor cinza. Não dissemos nada, talvez nem fosse mesmo para dizer algo. Apenas apertei meus dedos na ponta esquerda do cobertor o trazendo mais perto do meu corpo, para que apenas o mínimo daquela brisa fria entrasse. De canto de olho observei Louis, que fez o mesmo com a outra ponta do cobertor, involuntariamente se aproximando mais de mim.

Então dividíamos um cobertor numa praia as seis e meia da manhã. Estamos sozinhos, olhando o Sol ainda fraco num tom alaranjado deixando o céu numa mistura de azul, roxo e rosa. O único som era do mar que fazia seu devido trabalho em ir e vir com ondas, que muitas vezes quebravam nas rochas enormes dos morros. A paisagem poderia ser considerada a mais bela de todas, poderia tirar o fôlego de qualquer ser humano, mas não no meu caso. Eu pouco me importava com aquela vista digna de uma pintura de arte, não me importava pelo simples fato de ter minha atenção completamente roubada apenas por sentir o braço de Louis encostar ao meu. Não era grande coisa para qualquer um que eu tentasse explicar a situação, mas a sensação de sentir sua pele encostar a minha por pura inocência, sem tensões, sem malícia, apenas por encostar, era tudo que eu precisava. Porque era exatamente assim que eu vivia imaginando nós dois. Desse jeito inocente, quietos, respirando na mesma profundidade, sem nem precisar nos encarar para saber que estamos pensando um no outro. Dividindo um cobertor que não foi oferecido, foi somente colocado em meu ombro, porque ele sabia que eu estava com frio, e talvez nem por realmente estar com frio, apenas por querer dividir algo comigo.